Kant se preocupou com os juízos. Para o leigo o juiz de direito é quem faz "juízos". Na prática quase todos vivem fazendo juízos por ai e como não leram nem entenderam Kant erram. Cansei de ser julgado de forma injusta por quase todos com quem convivi. Quem é diferente será sempre execrado pela plebe rude. Os ignorantes não dão chance de sua vítima ser ouvida. É assim com a média do povo: julgam pelas aparências e não sabem nem articular as perguntas certas para fazer uma análise mais profunda. São quase todos superficiais e parciais. Na minha profissão eu era pago para investigar, fazer juízos e promulgar libelos. Por isso aprendi muito ao exercer a profissão de Auditor. Não posso querer que os outros, na sua ignorância, vejam o mundo como eu vejo. É querer demais.
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5 comentários:
Todas as pesquisas aqui no Brasil apontam para isso como aquela que considera ter bens materiais como prova de felicidade por 49% dos entrevistados. Pessoas julgam que todos os gordos são preguiçosos, que aqueles que não trabalham não servem para namorado, que não existe quem viva de renda (afinal são apenas 0,7% da população brasileira) e todos os demais índices que giram em torno de 3% ou menos.
Não te dão nem chance de falar e mesmo que você mostre um acórdão continuam a não acreditar. Vários sábios já haviam percebido isso e deixaram frases célebres na história relatando sua indignação.
Praticamente todas as pessoas com quem interajo são assim exceto talvez o Luis, que é reflexivo. Todos os outros adoram subsumir para poderem avaliar uma situação e nesse processo erram feio.
É assim quando os ignorantes acham que o síndico é empregado deles por exemplo. É assim quando o pobre quer exigir seus direitos porque "está pagando" por algo. É assim quando o povo vota em promessas e não avalia o passado do candidato: prefere sonhar a verificar o que realmente foi feito. E tantos outros exemplos de juízos mal feitos e errados.
Fazemos juízos quando investimos. Quando compramos algo. Ou seja, a cada decisão que tomamos estamos fazendo algum juízo. Quanto mais acertarmos melhor será nossa vida. Quando escolhemos um médico do convênio, quando decidimos que alimento ingerir, que livros ler, que programas assistir, que posição política adotar bem como que religião seguir. Quando escolhemos com quem casar ou que profissão seguir. E também quando divorciar e mudar de profissão.
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