As vagas de residência obedecem os interesses do governo. É o governo que decide que tipo de especialista o Brasil precisa. Acontece que o mundo muda: não existem tantos filhos nem tantos formandos interessados em serem pediatras mas as vagas de residência podem estar lá. Os médicos muitas vezes tem interesse naquelas especialidades que dão maior retorno financeiro e essas modalidades são obviamente as que tem maior demanda de pessoas pagantes. É o caso de cirurgia plástica, por exemplo. Quando estudei engenharia na escola politécnica, haviam muitas vagas para engenharia civil, em função do passado em que engenheiros formados na Poli eram contratados pelas grandes empreiteiras para realizar obras públicas. Não haviam muitas vagas em engenharia eletrônica, pois sempre fora uma área com pouca demanda. Com a revolução da micro eletrônica houve um aumento de interesse por parte dos estudantes e com o tempo as vagas foram aumentadas em uma especialidade e diminuída na outra. É exatamente o que irá acontecer de uma forma ou de outra com a medicina, com a ressalva de que existem especialidades que nunca serão muito procuradas, por preconceito, falta de massa crítica, etc.
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