A frase é do livro os Cúmplices. Gostei muito do livro e me identifiquei com ele mesmo sabendo que muitas passagens são inverossímeis, principalmente as que citam mulheres audaciosas erótica e sexualmente, ainda mais que o livro se passa na década de 50 e 60. Bem mais instrutivas são as passagens sobre as artes e o despertar do artista. Muitos artistas são revolucionários, criativos e inovadores. São o farol da humanidade, aqueles que estão na vanguarda e por isso mesmo incompreendidos pela maior parte das pessoas comuns. Posso me considerar um desses artistas inconformado, que viveu paixões e aventuras como os heróis. Aquilo que Jung chamava de processo de individualização. As paixões foram pelo menos duas: uma correspondida e outra platônica. Os romances foram vários. As aventuras muitas, assim como os desafios a ordem estabelecida e ao autoritarismo. O para ser um libertário é necessário também ser um anarquista. Mulheres libertárias seriam donas do seu corpo e de suas atitudes e teriam de abrir caminho por conta própria, sendo empreendedoras, cultivando suas ou seus clientes. Mulheres audazes, destemidas, seguras de si e auto-confiantes. Mulheres apaixonantes . . .
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7 comentários:
O prazer de transgredir regras de todo tipo é muito bom. Nos faz sentirmos vivos e audazes, principalmente quando essas regras não tem mais razão de ser, sendo fruto de falsas crenças que não se justificam mais. Mulheres independentes e ousadas, que buscam o prazer sempre me fascinaram . . .
Lembro do pessoal da Faculdade de Comunicação e Artes. Imaginava aqueles jovens como sendo libertários, conforme ouvi relatos. Hippies tardios, homens barbudos, mulheres desencanadas. Sabia de todos os cursos que lá eram ministrados e até pensei em seguir um deles mas minha irreverência e coragem não era para tanto e segui as normas do sistema, buscando a possível segurança em uma carreira pra lá de tradicional.
Não sem razão artistas costumam formar casais entre si, principalmente quando o homem é um artista sensível. Ele buscará na mulher bonita sua inspiração. Já quando a mulher é a artista do casal, muitas vezes ela irá até abandonar a carreira se encontrar um homem rico e poderoso para protegê-la e mantê-la. Temos um caso curioso onde o artista encontrou na sua mulher a mecenas que precisava: Lasar Segall.
Interessante que a USP agrupou as Artes junto com a Comunicação, reconhecendo que a comunicação também é uma arte. Lembro do título do meu livro de português: Comunicação e Expressão. Escrever é também exprimir sentimentos, pensamentos e emoções. Os cursos são em todas as áreas do conhecimento: Música, Artes Plásticas (visuais), Teatro, Comunicação Social, Turismo, Educação Artística.
Infelizmente ser jornalista no Brasil é uma decisão de alto risco, uma vez que o mercado está saturado. Mercado saturado significa que as oportunidades serão poucas e poucos serão os eleitos. A não ser que você trabalhe por amor a arte, sendo um diletante, a coisa pode ficar preta para você.
Na década de 80 eu nem pensava em ser jornalista mas publicitário. Dentro da publicidade temos o redator também. Publicidade sempre me fascinou como sendo algo "mágico", devido a sua capacidade de transformar qualquer coisa em algo útil ou desejável. Acho que estava escrito até no meu mapa astral . . .
Sempre senti atração por contraventoras sociais: gostava de ver as estudantes de psicologia da USP com seu tipo hippie. O contraste cria a contradição e o mistério a ser desvendado. Também gostava das executivas e das mulheres que tinham coragem de andar de vestido florido, livres leves e soltas . . .
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