Para algumas pessoas o primeiro carro é dado pelos pais. Para outras é necessário trabalhar para comprar o primeiro carro ou então comprá-lo a prazo. Quando começava-se a trabalhar aos 14 anos era provável que alguns conseguissem comprar o carro com seus 20 anos. Existem jovens de classe média e alta que entram na universidade e muitas vezes em cursos integrais, que impossibilitam qualquer possibilidade de trabalhar efetivamente. Alguns entram em universidades próximas de estações de metrô ou de linhas de ônibus e podem prescindir do uso do carro. Outros vão estudar na USP na zona oeste e lá o carro é fundamental. E agora temos a questão de qual carro seu pai vai lhe fornecer. Um carro velho, que custa pouco e que significa um pequeno esforço por parte dele ou um carro novo, com todo o status que significa. Quando estudei na USP quase todos tinham carro mas carros simples, muitos velhos, em geral o segundo carro da casa, que foi destinado aos filhos após a sua substituição por um modelo mais novo ou novo. Alguns ganharam carros novos mas de modelos mais simples, de entrada. E somente um ganhou um carro realmente chamativo, acima da média. Muitos desconhecem a realidade da USP e pensam que todos que estudam ali são milionários, o que não é verdade. Milionários mandam seus filhos estudar no exterior a pagamento. Na USP meus colegas eram basicamente de classe média, sendo vários relativamente pobres, que tentavam ascender através do estudo em uma Universidade de ponta. Não posso negar que receber um carro zero aos 18 anos tornava a pessoa muito distinta naquela época, coisa que hoje em dia significa muito menos status.
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2 comentários:
Existem aqueles que defendem que os filhos trabalhem para comprar seu primeiro carro sempre, mesmo o pai sendo milionário. Essas pessoas dizem que o que vem de graça não é valorizado. Eu acho que tanto um pai desses quando seu filho tem de ser dois animais: o pai um animal egoísta que não se importa com o sofrimento do filho, que muitas vezes terá problemas com o transporte público e o filho que não dá valor ao que lhe favorece de graça também é um animal em termos de evolução humana.
Todo problema das relações humanas se resume ao encontro de animais com pessoas evoluídas. Quando animais encontram-se com animais o chumbo trocado não dói e quando pessoas evoluídas encontram-se com pessoas evoluídas também não acontecem conflitos.
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