O caminho dos estudos superiores aqui no Brasil sempre teve um viés acadêmico. As pessoas com nível superior eram chamadas de "letradas" e o Brasil era o país dos bacharéis em Direito, porque Portugal quando instituiu o ensino superior aqui o fez através de Faculdades de Direito, justamente porque essas faculdades tinham o objetivo principal de formar burocratas para administrar a colônia. Depois vieram a faculdade de Medicina e a de Engenharia. Imagino como seria a medicina naquela época. Já a engenharia era a construção de fortes e alguns prédios públicos. Com o passar do tempo as coisas foram melhorando e sofisticando-se. Hoje a tradição ainda é muito grande em certas profissões porque determinadas faculdades recebem os melhores alunos e assim podem ir mais longe nos ensinamentos. Uma medida da eficiência do estudo praticado é o quanto um aluno sabe ao entrar no curso superior e quanto ele sabe ao sair. Teoricamente um curso é melhor quanto mais consegue fazer seus alunos avançarem. Conheci ótimos alunos que migraram da área acadêmica para o mercado e ótimos alunos que ficaram na área acadêmica e seguiram carreira. Também conheci alunos que não eram tão bons academicamente e que mesmo assim fizeram carreira acadêmica, abordando em suas teses assuntos menos complexos. Existem pessoas que se iludem, fazendo cursos e mais cursos e adiando sua entrada no mercado de trabalho e existem pessoas que entram no mercado de trabalho sem estarem minimamente preparadas, achando que aprenderão tudo na prática. O melhor resultado é o caminho do meio: o equilíbrio entre teoria e prática. Ser um bom aluno e também um bom aprendiz de coisas práticas da profissão. Caso você escolha apenas um dos caminhos ficará sempre em desvantagens com quem fizer a lição de casa direito.
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