sábado, 16 de junho de 2012

Mulheres da minha juventude

Considero a juventude o período entre 18 e 26 anos, exatamente como os organismos internacionais. Esse período para mim correspondeu aos anos de 1982 há 1990. E aconteceu no Brasil. Como os homens da minha geração, eu não sabia quase nada sobre as mulheres, muito menos sobre as pressões que seus pais medievais exerciam sobre elas, em conjunto com a sociedade e a igreja (sem contar a lei). O resultado é que não existia acordo entre o que eu pensava e o que as mulheres pensavam. Diferenças fisiológicas, culturais, individuais, ideológicas eram enormes. Eu precisava de uma mulher muito a frente das que eu conhecia e que estavam ao meu redor. Eu tinha o pensamento 20 anos a frente da minha época e não havia mulheres prontas compatíveis. E vender uma ideia nova a uma mulher daquela época era exatamente como disse o Peter: um corpo estranho que era rejeitado pelo organismo dela. O indivíduo não tinha valor nenhum. O fascismo era dominante e não a democracia. Muito triste viver nessa época conforme já relatei no artigo "Ser jovem no Brasil da década de 80". Não existia internet nem sites de relacionamento com 30 milhões de cadastros ativos. Percebe-se hoje que a negociação é muito mais aberta assim como a democracia, graças ao acesso a informação. Você pode testar seu potencial, testar o "mercado" de uma forma muito mais prática e barata, coisa impensável antigamente. Para os indivíduos que sabem o que querem e que se conhecem o mundo está disponível. 

Nenhum comentário: