sexta-feira, 29 de junho de 2012

A baixa competitividade do Brasil

O Brasil não é competitivo por várias razões todas conhecidas: alta carga de impostos, baixo investimento em infra-estrutura, baixo nível educacional dos trabalhadores e pouca ou nenhuma inovação. Dizem que identificar o problema é meio caminho andado para a solução. Será ? Então vejamos: alta carga de impostos para pagar propinas e funcionários ineficientes e improdutivos. A consequência é que sobra muito pouco para investir em infra estrutura. Baixo nível educacional: 85% dos alunos estudam em escola pública, que é de péssima qualidade, porque é mantida por um governo ineficiente. Pouca ou nenhuma inovação: a pesquisa no Brasil está nas Universidades Públicas e ela é basicamente em ciências humanas e não em tecnologia. A empresa privada não faz investimento em pesquisa e desenvolvimento por diversas razões. As multinacionais trazem a tecnologia da matriz. Podemos ver que o governo está por trás de tudo aqui no Brasil como sempre e que nossa tradição fascista vem de longe. Multinacionais são o que de melhor o capitalismo produziu e elas não são perfeitas. Uma decepção para quem é idealista . . . 

Infância Feliz

Existe uma época na vida em que tudo pode ser lindo e maravilhoso. Essa época é a infância nos dias de hoje, onde muitos nascimentos são programados e o número de filhos limitado. Crianças de classes ricas ou media-altas podem tem tudo o que se imagina: boas escolas, boa alimentação, bons presentes, bons passeios. Talvez nunca antes na história da humanidade crianças foram tão bem tratadas em termos relativos. Acontece que as crianças crescem e ai o mundo irá lhes mostrar o seu lugar. O primeiro desafio aqui no Brasil é o vestibular. Outros virão e muitos serão os obstáculos a serem transpostos. Como sempre os mais adaptados vencerão. Entre eles os mais inteligentes e mais bem informados. Quantos conseguirão se manter felizes na idade adulta ? Provavelmente 5% e não existe garantia a que classe social pertençam, embora em teoria possamos imaginar que os que receberam mais cuidados possam se sair melhor.

Quando não existe acordo: imposições

Pessoas estúpidas impõe sofrimentos aos outros. São estúpidas porque não entendem como as coisas funcionam e não conseguem prever as consequências de suas ações. A quase totalidade dos negócios é consensual: é preciso a chegar a um denominador comum, que permita ambos os lados ficarem satisfeitos. A isso se chama bom senso. Caso uma pessoa não esteja satisfeita com algo, cabe a ela ponderar, refletir, questionar e decidir, se muda ou não de fornecedor. Vale para tudo em condições normais. Acontece que existem momentos em que acontecem "golpes": o que foi previamente combinado não é cumprido de forma deliberada, porque a outra parte resolveu que levaria vantagem agindo dessa maneira. Com o intuito de diminuir os golpes os negócios criaram as garantias. Uma garantia é basicamente algo que poderá usado para ressarcir o prejuízo causado pelo não cumprimento do contrato. Outra hipótese é a retaliação, ou seja, usar a Lei de Talião, do olho por olho e do dente por dente: você fez algo e o outro irá se vingar de você de alguma forma. A Lei de Talião é muito primitiva e foi substituída no mundo civilizado por penas de prisão ou multas e outras punições pecuniárias. O comportamento traidor existe em muitas espécies animais, sinal de que ele foi selecionado de alguma forma. O equilíbrio entre traidores e fieis pode ser determinado por fórmulas matemáticas segundo alguns estudiosos e isso depende das condições ambientais. Acontece o mesmo com os humanos provavelmente. A confiança pode trazer benefícios mas também riscos. A desconfiança pode trazer benefícios mas também custos elevados. Sempre existirá um ponto de equilíbrio que será o fiel da balança.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Correlações

Será que em tudo existe uma correlação ? Aparentemente sim. Quem é inteligente tem certos comportamentos que refletem a sua inteligência. A mulher que é bonita com certeza tem seus rituais de beleza. Quem é rico com certeza sabe como ganhar dinheiro e mantê-lo. E quem se mantém eternamente jovem sabe como envelhecer mais lentamente, provavelmente tem uma vida saudável em todos os aspectos e uma genética favorável. Bonito, rico, inteligente e jovem. Todas as qualidades com seus segredos e com sua genética favorável ou não. Quem tem genética favorável e inteligência gasta menos e consegue mais. E as neuroses ? Gente que gasta muito e obtém pouco ou nenhum resultado expressivo ? A maioria estará na média e pertencerá aos grandes números.

A relação entre beleza feminina e o dinheiro

Cerca de 5 anos atrás fiz uma planilha de algumas ex namoradas e pretendentes que conheci. Um dos quesitos avaliados era a beleza física das moçoilas. Até hoje eu não havia percebido a correlação mas uma nova olhada na planilha revelou o obvio: Mulheres solteiras, sem filhos e que trabalham eram mais bonitas que as demais. Esse tipo de mulher tem mais tempo e mais dinheiro para ficar bonita. Não precisa desviar recursos de qualquer tipo para os filhos, família ou marido. Podem usar o dinheiro para o que lhes dá prazer,   no caso, para embelezar-se. Não tiveram os problemas que muitas vezes surgem nas mulheres quanto elas tem filhos. Em geral tem profissões onde a beleza das mulheres é uma quase exigência, como vendas ou secretariado. Existe portanto um casamento entre o que as mulheres querem e o que o mercado exige. Bem casado que mal tem ?

Falhas de comunicação

Uma das maiores dificuldades na comunicação é quando por desconhecimento ou inexperiência não somos capazes nem de formular a pergunta. Nosso desconhecimento pode ser tamanho sobre um assunto em particular que nem temos a capacidade de questionar, quanto mais de ponderar ou refletir. Quando eu era jovem o volume de informação disponível era muito pequeno se comparado a hoje em dia. Eu imaginava que os outros eram como eu e pensavam mais ou menos da mesma forma que eu. Só que eu não perguntava  para eles. Eu assumia que era assim. O mesmo problema ocorreu com relação as mulheres: eu assumia que elas tinham os mesmos objetivos que eu. Ledo engano. Eu não sabia nada sobre a educação e as ideias que as mulheres tinham. Não existiam pesquisas confiáveis a esse respeito e se existissem eu não tinha acesso a elas. A convivência com as mulheres poderia ter-me feito bem. Algum conselheiro ou guru também. A verdade é que minha fonte primária de conhecimento era o que os amigos mais velhos me contavam e eles não eram os "mestres" no assunto também. Com a maturidade consigo conversar e descobrir o que me interessa rapidamente. Estou treinado e sou questionador, ponderado e reflexivo, como convém a quem atingiu em plenitude a idade adulta.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O caminho dos estudos superiores e o mercado

O caminho dos estudos superiores aqui no Brasil sempre teve um viés acadêmico. As pessoas com nível superior eram chamadas de "letradas" e o Brasil era o país dos bacharéis em Direito, porque Portugal quando instituiu o ensino superior aqui o fez através de Faculdades de Direito, justamente porque essas faculdades tinham o objetivo principal de formar burocratas para administrar a colônia. Depois vieram a faculdade de Medicina e a de Engenharia. Imagino como seria a medicina naquela época. Já a engenharia era a construção de fortes e alguns prédios públicos. Com o passar do tempo as coisas foram melhorando e sofisticando-se. Hoje a tradição ainda é muito grande em certas profissões porque determinadas faculdades recebem os melhores alunos e assim podem ir mais longe nos ensinamentos. Uma medida da eficiência do estudo praticado é o quanto um aluno sabe ao entrar no curso superior e quanto ele sabe ao sair. Teoricamente um curso é melhor quanto mais consegue fazer seus alunos avançarem. Conheci ótimos alunos que migraram da área acadêmica para o mercado e ótimos alunos que ficaram na área acadêmica e seguiram carreira. Também conheci alunos que não eram tão bons academicamente e que mesmo assim fizeram carreira acadêmica, abordando em suas teses assuntos menos complexos. Existem pessoas que se iludem, fazendo cursos e mais cursos e adiando sua entrada no mercado de trabalho e existem pessoas que entram no mercado de trabalho sem estarem minimamente preparadas, achando que aprenderão tudo na prática. O melhor resultado é o caminho do meio: o equilíbrio entre teoria e prática. Ser um bom aluno e também um bom aprendiz de coisas práticas da profissão. Caso você escolha apenas um dos caminhos ficará sempre em desvantagens com quem fizer a lição de casa direito.

A inadimplência no Brasil e nos Estados Unidos

A inadimplência nos Estados Unidos é bem mais baixa que no Brasil. O que precisamos fazer para melhorar ?  Ir até os Estados Unidos e verificar o que eles fazem para conseguir resultados melhores. A solução é o cadastro positivo e a explicação é simples: quando alguém toma crédito é necessário fazer algumas continhas pela pessoa mas de forma aproximada, o que se mostra ruim em muitos casos, com o "cliente" dando um calote mais ou menos previsível, caso pudéssemos ter acesso a mais dados da sua vida financeira. Sabendo da renda total da pessoa e do valor das dívidas que ela já assumiu, é possível fazer a conta por ela e verificar se ela terá caixa para pagar a nova prestação.Ou seja, tiramos do "cliente" qualquer responsabilidade por assumir uma nova prestação. Essa medida visa melhorar a concessão de crédito para aqueles que são fracos da cabeça, por terem mais desejos do que seu bolso pode suportar ou então por não saberem o mínimo de matemática e estatística, para avaliarem se são capazes de honrar mais um compromisso ou não. O dinheiro é do banco portanto nada mais justo que o banco estabeleça o que ele acha ser o melhor para seus negócios.

Mulheres brasileiras da década de 80

As mulheres jovens brasileiras da década de 80 eram muito fracas em termos eróticos. Não conheciam seus corpos e suas reações, porque não foram instruídas nem pela família nem pela escola. Como não sabiam nem delas mesmas o que poderíamos esperar do conhecimento do corpo do outro ? Absolutamente nada. Um aspecto tão importante como a sexualidade sadia, segura e feliz ficava obscurecido por um manto de ignorância. Hoje a informação está disponível mas poucas vão atrás. Preferem seguir com suas ideias infantis a enfrentar a verdade dos fatos. É . . . a felicidade é para poucos !

segunda-feira, 25 de junho de 2012

As mães e o Gikovate

Já percebi que as mães em geral se acham as melhores do mundo em termos de educação dos filhos, porque não querem a culpa caso tenham errado. Agora o Gikovate diz que ocorre o mesmo com relação os filhos e suas mães: os filhos elogiam suas mães e dizem que elas são as melhores do mundo, mesmo que visivelmente elas não sejam. Acho que isso ocorre porque muitas mães usam do golpe baixo de reforçarem cada pequena coisa que fazem para seus filhos. E esses filhos, bobos que são, acreditam nas suas mães megeras, já que não conhecem parâmetro de comparação. Para fazer uma avaliação isenta a pessoa precisa ser muito inteligente e pouco envolvida emocionalmente. Ou seja, é para poucos. Muito poucos.

sábado, 23 de junho de 2012

A migração para a área administrativa

Durante as décadas de 1980 e 1990 o Brasil não foi um país muito simpático para os engenheiros. Engenheiros formados na Escola Politécnica da USP, principalmente aqueles que não eram tão obstinadamente adaptados a área técnica de projetos, migraram para outras áreas. Eu mesmo entrei na graduação em administração da USP. Era portanto um precursor dessa tendência. Hoje pesquisando na internet vejo que outros migraram para a área de ensino e seguiram carreira acadêmica. Eu migrei dentro das empresas em que trabalhei e provavelmente devo ser um caso único, junto com mais um ou outro. Muitos buscam a área de administração para serem consultores e professores de pós-graduação, em cursos lato sensu. Para aqueles que fizeram todo o caminho acadêmico, ou seja, mestrado, doutorado, pós-doutorado, a graduação em engenharia eletrônica ficou no currículo como uma curiosidade. Essas pessoas re-inventaram suas carreiras em uma área que cresceu muito no Brasil, que foi o ensino superior. Interessante é que dois ex-colegas que seguiram esse caminho são de origem judaica. Soube de um outro caso de uma colega que virou professora da Escola de Comunicações e Artes. A conclusão é a de que aquelas pessoas eram ecléticas, suficientemente inteligentes e com reservas, inclusive financeiras, para escolherem outro caminho, persistirem e obterem algum sucesso. Provavelmente fruto de alguém que as suportavam, geralmente a família. 

Só não erra quem não faz nada

Quem se atrever a tomar decisões terá sempre que lidar com erros. É por isso que a informação e o conhecimento é importante para tomar decisões com menor probabilidade de errar. Observando a vida das pessoas que me rodeiam, percebo erros maiores ou menores. Perdas financeiras quase todos tiveram. Perdas afetivas nem todos. Perdas de saúde quase ninguém. Observe que as perdas dependem do ambiente: quanto mais hostil maior a probabilidade de perdas. Aqui no Brasil temos um ambiente particularmente hostil, conforme foi observado por um psicólogo australiano: ". . . habitantes de sociedades desiguais são menos saudáveis física e mentalmente, mais desconfiados, mais violentos, e mais propensos a usarem drogas."
Como o tempo a pessoa tem uma de duas atitudes: ou desiste de fazer novas incursões nos universos financeiros, afetivos ou de saúde    
ou então aprende com a correção dos erros, fica mais experiente e em uma nova incursão acerta, fazendo bons negócios, encontrando parceiros afetivos adequados e preservando a saúde que lhe resta. O que muda é a atitude frente ao fracasso.

O imponderável

Diz a minha médica que não podemos ignorar o imponderável, que alguns chamam de destino. São os fatores imprevisíveis que não controlamos. A obsessão do engenheiro, por ser perfeccionista é controlar todas as variáveis, ou pelo menos as mais significativas e que deverão levar ao resultado desejado. Na astrologia árabe temos o imponderável representado pelo número da sorte. A realidade está representada pela profissão dos pais e pelo tamanho da cidade de nascimento e onde a pessoa se desenvolveu. Na minha vida controlei o que pude, sofri as agruras do destino mas sempre aprendi com tudo. Lembro-me quando as variáveis externos não eram propícias e ouvi o conselho de fazer a minha parte e deixar o barco rolar. A mesma ideia foi-me passada com a frase: ante as dificuldades fazei o melhor possível e segue em frente. Mesmo em processos de escolha muitas influências podem existir e não é possível esgotar todas as possibilidades antes de decidir, porque o tempo necessário para isso inviabilizaria a efetividade da escolha.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

As pessoas "normais"

As pessoas "normais" aqui no Brasil simplesmente não conseguem juntar dinheiro. Não conseguem comprar a vista. Não conseguem uma formação de qualidade na escola. Não nascem em famílias progressistas e modernas. As pessoas "normais" vão vivendo conforme podem e não como querem: compram carros, casas e eletrodomésticos a prazo. Tem filhos porque todo mundo tem. Casam por que todo mundo casa. Seguem o que o meio lhes manda seguir porque não são muito inteligentes. As pessoas normais se aposentam por idade e ai tem uma velhice infeliz, confiando nos filhos para socorrê-las caso seja necessário. Essas são as pessoas "normais" aqui no Brasil e essa é a vida que levam.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O artista - um gênio incompreendido

O artista é em geral um criativo. Para criar é preciso ser diferente, inovador. Só que não adianta criar algo que ninguém compreende porque essa pessoa não irá comprar esse produto ou esse serviço. Portanto é preciso ser criativo mas também é necessário entreter quem vai comprar de algum modo. Para isso é preciso se colocar no lugar do outro e imaginar suas aspirações, aquilo que ele deseja e está disposto a comprar. Aqui temos um caminho de duas vias: a via do bem, com produtos para melhorar a vida das pessoas ou a via do mal, que é a das compensações e dos recalques que Freud descreveu. Ambas vendem mas para públicos diferentes. Alguns realmente vivem felizes e outros somente podem ficar com as migalhas de felicidade. Ambos são potenciais compradores: um pelo lado do amor e outro pelo lado da dor.

Como sonegar na medida certa

Todos sonegadores tem uma parte do dinheiro "quente" porque precisam justificar despesas reais. O ideal é manter os ganhos tributáveis exatamente no limite dessas despesas comprováveis pelos que registram e pagam os impostos legalmente. Imagine que alguém recebe R$ 5.000,00 e tem despesas comprováveis de R$ 3.000,00. Todo mês essa pessoa leva para casa R$ 2.000,00 "frios". Caso ela não gaste esse dinheiro nem o distribua para laranjas nem o esquente ela acumulará dinheiro em casa. Recentemente apareceu uma mulher que tinha mais de um milhão em joias. Com certeza mercados de arte e joias são usados para lavagem de dinheiro mais do que tudo. Os cofres dos bancos também tem essa finalidade. Dinheiro frio perde seu valor todo ano por conta da inflação. Na época da inflação, o dinheiro ilegal servia para comprar dólares, que mantinham teoricamente seu valor. A conta do sonegador é simples: o governo me cobra 27,5% . Caso perca 5% ao ano, vai demorar 5 anos e meio para chegar ao mesmo nível do governo. Nesse caso fica óbvio que quanto mais o governo cobra mais incentivo o sonegador tem para sonegar.

O modo eros de amor e seus problemas

John Alan Lee tipificou o amor em 6 sub-tipos: eros, storge, pragma, ludus, mania e ágape. Os homens seriam mais lúdicos e maníacos e as mulheres mais storgicas e pragmáticas. Observe que eros é onde o aspecto erótico predomina. Nos outros 5 sub-tipos o aspecto erótico está a serviço de outros interesses: no storge é uma consequência do "andamento da carruagem". No pragma é moeda de troca. No mania é motivo de loucura, já que estamos falando de ciumentos doentios em geral. No ágape é o que menos importa e no ludus é uma "brincadeira" sem compromisso. O homem do tipo eros precisa idealmente de uma mulher do mesmo tipo, o que será muito raro. Quando o relacionamento é originado da busca sexual muitos problemas podem acontecer, já que existe um componente de agressividade muito grande nesse contexto. A vida das pessoas é em geral muito chata e monótona, não existindo muito espaço para a paixão e o domínio do erótico. Aspecto pragmáticos se impõe ao ideal. A própria realidade provavelmente impõe uma limitação ao tipo erótico, principalmente por falta de dinheiro/tempo/disposição. O erótico é um sujeito que a maior parte do tempo estará feliz, pois o orgasmo é o momento de maior prazer físico acessível ao homem comum. Por isso o tipo eros deve ser altamente invejado no nosso meio.

A influência do meio

Tudo na vida pode ser resumido em fazer o que os outros querem que façamos ou fazer o que nós queremos fazer. Para que a vida em sociedade seja possível, alguns limites tem de ser fixados para as liberdades individuais. A civilização surgiu quando foi posto um limite a barbárie. Sabemos que na formação de uma criança temos a influência do meio em que ela vive mas temos também a sua individualidade. Quando a criança é muito inteligente, ela aprende como o seu "meio" funciona e então pode, usando sua inteligência, fazer o que é melhor para ela. Crianças mais limitadas serão conduzidas por terceiros por muito tempo: No principio por seus pais e irmãos mais velhos, depois pelo professor ou pelo padre e finalmente pelo patrão. Olhando para trás vejo como eu era muito inteligente já como criança e vejo como minha filha não é. Pessoas inteligentes são em geral escolhidas para os melhores empregos por que as empresas querem  que seus gestores sejam os melhores preparados para enfrentar situações novas e inesperadas. Conclui-se que aqueles que são mais influenciados pelo meio são os mais burros e que a tradição por ser uma fonte de burrice, principalmente quando fica obsoleta e não se presta mais a realidade. Os mais burros sempre irão usar no seu discurso a tradição, as raízes históricas, etc, etc, etc . Das três grandes fontes de poder, duas são retrógradas: tradição e governo. Apenas uma é progressista: o mercado. É por isso que aqui no Brasil vivemos em um país extremamente conservador.

domingo, 17 de junho de 2012

A capacidade de trabalhar em equipe

Infelizmente são poucas as pessoas que são capazes de trabalhar em equipe. Para trabalhar em equipe a pessoa precisa ter desenvolvido a noção de que o outro existe e que ele pode influenciar a vida da pessoa, para o bem e para o mal. Isso exige capacidade intelectual. Quando não se consegue um consenso, vem alguém decidir por você. E quando não existe alguém para decidir por você chegasse a um impasse, onde em geral todos perdem. Ainda me lembro do processo de melhoria contínua da Kodak: liderança gerencial, trabalho em equipe e melhoria contínua. O trabalho em equipe gera mais riqueza, mais conforto, melhor qualidade de vida mais resultados e portanto mais felicidade. Temos exemplos de trabalho em equipe quando vamos ao médico, quando contratamos um advogado ou engenheiro, quando vivemos em condomínio, quando temos bons amigos ou pessoas que nos querem bem e nos aconselham. Uma família pode trabalhar em equipe ou não. Vale para uma cidade, para um país, para um continente. Questões importantes devem em geral ser tratadas por uma equipe. Os médicos formam uma junta médica quando tem de tomar alguma decisão complexa e difícil. Isso acontece porque ninguém é o super homem ou a mulher maravilha. Quando pessoas inteligentes unem seus esforços em função de um objetivo comum o melhor resultado é obtido. Quando pessoas de diferentes culturas, educação, instrução tem de decidir algo, o melhor resultado ocorre quando existe um líder naturalmente aceito por todos. Nas brigas no judiciários acontece isso: cada um tem seu perito e o juiz escolhe um terceiro perito para dar o parecer final ou então ambas as partes concordam em escolher um perito comum. Em famílias com muitos irmãos é normal existirem muitas diferenças, rancores, invejas. É por isso que muitos inventários não chegam ao fim. O mesmo acontece algumas vezes com negócios e sócios e até em casamentos. Nas empresas existe uma hierarquia que resolve a maior parte dos problemas de uma forma ou de outra. Nas famílias essa hierarquia é muitas vezes é contestada e modificada pela sociedade, pela mão do estado nas separações ou pela Igreja. 

sábado, 16 de junho de 2012

Velhos são inflexíveis

Mais um defeito da velhice é que os velhos são inflexíveis em geral. Não tem nenhum jogo de cintura nem admitem mudar sua rotina. Ou seja, não suportam qualquer mudança nos seus hábitos e são sempre os primeiros a reclamar de tudo e de todos. Já vi uma definição da velhice que é justamente a incapacidade de adaptar-se a mudanças. Talvez por isso minha médica tenha me dito que psicoterapia não funciona com idosos. O velho não está aberto para o novo. Muitos vivem no passado e assim são as casas em que moram. Não fazem novas amizades. Não desenvolvem novos interesses. Muitos tem problemas de locomoção e por isso não se afastam de onde moram. Não experimentam coisas novas nem novas sensações. Os sentidos podem estar prejudicados e por isso não percebem o mundo com toda sua exuberância. Não percebem nuanças nem em si quanto mais nos outros. Não aprendem nada novo. E ainda tem os espertos que chamam a velhice de melhor idade . . . 

Não vejo Mercedez Benz ou BMW abandonadas

É comum ver pelas ruas de São Paulo automóveis importados abandonados. A maioria é de modelos que venderam muito pouco, não justificando o investimento no pós venda, na manutenção de um estoque ou na permanecia da marca no Brasil. Audi eu vi uma vez só abandonado. Mercedes Benz e BMW nunca. Aparentemente essas marcas tem um mercado que justifica manter esses carros por anos a fio. Passo em frente um mecânico que conserta Mercedes Benz velhos na Chácara Santo Antonio. Um amigo me disse que a mecânica desses carros é muito superior e dura muito mesmo. Talvez por isso não sejam abandonados: não quebram. E quando quebram tem conserto. Os alemães tem fama e a BMW foi considerada recentemente uma das empresas mais confiáveis do mundo. 

Relacionamentos pragmáticos

Assim como existe o comprador de carro pragmático também existe o relacionamento pragmático: ele em geral é praticado pelos mais pobres economicamente. Já os oriundos da classe média poderão se dão ao luxo de escolher um pouco. Um pouco mas não muito, caso queiram casar e procriar dentro das normas sociais vigentes. Já os ricos em teoria poderão fazer o que quiserem, escolhendo quem quiserem, mesmo sabendo que essa pessoa pode estar dissimulando para ficar com eles. O espectro de escolhas possíveis aumenta para o homem na proporção do dinheiro que ele tem e para a mulher na proporção da beleza e juventude que ela possui. Só que a mulher rica pode fazer tantos procedimentos de beleza que poderá melhorar muito suas condições nessa disputa. 

Direção hidráulica e ar condicionado

Na hora da revenda, o comprador é muito mais pragmático. Ele quer aquilo em que ele pode por a mão e sentir, ou seja, a direção hidráulica e o ar condicionado. O ABS, o EBD, o air bag nada disso importa, embora na hora de comprar o carro novo seja cobrado e também seja argumento de venda. Quem compra o carro novo pode ser um idealista, desejoso de um modernidade, sofisticações e outros penduricalhos. Quem compra o carro usado tem outros objetivos e em geral é "pragmático". Interessante que o comprador pragmático de carro novo sempre comprará um gol prata e todo ano irá na concessionária trocá-lo por um outro gol prata. O pragmático pensa na revenda. Ele tem pouco dinheiro em geral, não pode se dar ao luxo de escolher o que realmente gosta, tem de se submeter ao que o futuro comprador valoriza. 

Mulheres da minha juventude

Considero a juventude o período entre 18 e 26 anos, exatamente como os organismos internacionais. Esse período para mim correspondeu aos anos de 1982 há 1990. E aconteceu no Brasil. Como os homens da minha geração, eu não sabia quase nada sobre as mulheres, muito menos sobre as pressões que seus pais medievais exerciam sobre elas, em conjunto com a sociedade e a igreja (sem contar a lei). O resultado é que não existia acordo entre o que eu pensava e o que as mulheres pensavam. Diferenças fisiológicas, culturais, individuais, ideológicas eram enormes. Eu precisava de uma mulher muito a frente das que eu conhecia e que estavam ao meu redor. Eu tinha o pensamento 20 anos a frente da minha época e não havia mulheres prontas compatíveis. E vender uma ideia nova a uma mulher daquela época era exatamente como disse o Peter: um corpo estranho que era rejeitado pelo organismo dela. O indivíduo não tinha valor nenhum. O fascismo era dominante e não a democracia. Muito triste viver nessa época conforme já relatei no artigo "Ser jovem no Brasil da década de 80". Não existia internet nem sites de relacionamento com 30 milhões de cadastros ativos. Percebe-se hoje que a negociação é muito mais aberta assim como a democracia, graças ao acesso a informação. Você pode testar seu potencial, testar o "mercado" de uma forma muito mais prática e barata, coisa impensável antigamente. Para os indivíduos que sabem o que querem e que se conhecem o mundo está disponível. 

Um certo amigo meu . . .

Amigos exercem influência recíproca. Uma amizade verdadeira é uma rua de mão dupla. Trocam informações importantes para ambos. Amigos ajudam-se mutualmente. A experiência de um pode servir para o outro. Os contatos de um podem servir para o outro. O respeito é fundamental mas amigos de verdade tem a liberdade de serem sinceros para falar o que pensam. Existe uma afinidade de pensamento entre amigos. Ambos veem o mundo mais ou menos da mesma forma. As afinidades vão além do óbvio, que é gostar de praia e de pizza. Amigos ouvem o que cada um fala. Amigos dão conselhos. Mais do que conselhos, dão soluções. Dizem: faça isso por causa disso ou daquilo. Ou então: não faça isso ou não faça aquilo. Amigos não são omissos. São voluntariosos. E quando existem divergências deixam o tempo mostrar quem tinha razão e dão boas risadas, tirando sarro um do outro. Amigos compartilham a vida, seus revezes e seus momentos felizes. As vezes podem até virarem sócios em outros negócios. Amigos se amam . . .  

O trabalho

Hoje, olhando para trás, me lembro da minha adolescência, quando ouvia os mais velhos da família me lembrar continuamente que eles tinha começado a trabalhar cedo, por volta dos 14 anos. Falavam como se eles tivessem feito um sacrifício sobre-humano, algo que havia lhes caudado extremo sofrimento. Refletindo sobre esse fato vejo que trabalhavam porque não era necessário estudar para exercer atividades simples que estavam disponíveis naquela época. Ninguém assumia grandes responsabilidades aos 14 anos. Os empregos eram de office boy ou algo semelhante. Ninguém tinha expectativa de continuar estudando até chegar ao nível superior como regra geral. Os pais tinham muitos filhos e esses filhos estavam na mão desses pais. Não havia conselho tutelar ou a intromissão do estado na vida familiar. Advogado então deveria ser um ET na vida das pessoas. Engenheiro ? Médico ? Outras profissões de nível superior ? Muito poucas pessoas atingiam esse nível e muito poucas tinham contato com elas. Basta lembrar que os cursos superiores surgiram no Brasil para formar burocratas para o governo e eram de direito. Percebo que para meus parentes a diferença era entre ficar brincando e entre trabalhar e não entre estudar com afinco e dedicação e trabalhar. O estudo com afinco e dedicação é tão custoso quanto o trabalho mas não é reconhecido por muitos dessa geração porque não trazia retorno imediato. Coitados . . . 

Quase toda empresa usa dinheiro de terceiros

Quase toda empresa e quase toda pessoa usa dinheiro de terceiros. A regra é controlar o endividamento, mantendo-o em níveis adequados. Na hora de conceder o crédito o que se faz é uma "análise" de crédito: ou seja, o cliente é submetido ao escrutínio de alguém: ele é "julgado" merecedor de crédito ou não. Curioso é saber que mais de um presidente americano tenha em seu histórico a profissão de analista de crédito. Em inglês temos a palavra "concessão" de crédito ou então as palavras "fazer jus ao crédito". Crédito tem a ver com fazer por merecer. Ser merecedor de crédito. É assim com o estudante esforçado que consegue passar em um vestibular concorrido. Um profissional competente e que dá resultado para a empresa. Perceba que é sempre pelo lado do bem. O crédito tem a ver com o bem, a virtude, a correição. Em inglês, quem não cumpre o acordado é chamado de delinquente. Acho a palavra ótima. Vejo filhos "delinquentes", não no sentido social, de serem partícipes de crimes previstos na legislação mas no sentido de não fazerem jus aos esforços e dedicação de seus pais por eles.

Idealista, um sonhador ?

Eu sou um idealista nato com relação a criação de filhos: imagino que pais extremamente preparados, com recursos de todo tipo: financeiros, emocionais, intelectuais e espirituais poderiam fazer um trabalho perfeito, fazendo de seus filhos pessoas produtivas, felizes, realizadas e reprodutoras de pessoas de bem para o mundo. Nas demais relações procuro o melhor custo benefício. Determino prioridades e vou atrás delas. Minha prioridade é ser feliz, fazendo aquilo que me dá prazer principalmente. O ser humano busca o prazer e foge da dor, sempre. Busco o conforto e a qualidade de vida, o convívio com pessoas agradáveis e verdadeiras, o melhor aproveitamento do meu tempo aqui na terra. 

Nos relacionamentos a emoção pode superar a razão

Nas empresas também pode acontecer mas, devido ao processo de medir que inerente a administração moderna, em algum momento é corrigido. Nos relacionamentos a regra, segundo o Gikovate, a maioria dos casamentos é entre um bonzinho (generoso) e um malvado (o egoísta). As consequências são que os casais se separam e em uma segunda tentativa o bonzinho pode acertar e o malvado fica sozinho. As empresas também erram e o sucesso é sempre em zigue-zague: com avanços e retrocessos. As empresas tentam sempre acertar e as pessoas também. Ninguém quer o fracasso, a derrota, a perda de dinheiro, de energia, de esforço e de trabalho. Infelizmente a perfeição não existe . . .

As melhores empresas devem ter os melhores profissionais

Tudo de bom costuma andar junto. É assim com um país, com uma família e com uma empresa. As melhores empresas costumam ser as mais lucrativas e as que contratam os melhores profissionais, pagando os melhores salários, criando os melhores ambientes de trabalho e concedendo os melhores benefícios. Quando você tem informação confiável você pode fazer a melhor escolha. Isso vale para tudo, inclusive para selecionar seus fornecedores. Trabalhar em grandes empresas multinacionais é o ápice desse processo. Exceções podem acontecer em nichos criados artificialmente por alguma imposição do mercado, da tradição ou do governo. Assim é com certos cargos no governo por exemplo. Geralmente o aumento do salário vem com o aumento da responsabilidade, com o prejuízo potencial que a empresa pode sofrer no caso de decisões erradas daquele empregado. Não tem jeito: bons profissionais tem boa formação técnica e gerencial. Aqueles que não conseguirem bons resultados serão eliminados das boas empresas, exceto se forem protegidos de alguma forma.

As empresas que eu escolho

As empresas e os profissionais que eu escolho são muito bons porque eu sou exigente. Exigente mas não chato. Sou exigente porque sei o que posso exigir e o que posso fazer caso não esteja satisfeito. O chato é aquele que quer mais do que merece ou é humanamente possível exigir. Você precisa ver o custo benefício dos produtos e serviços. Quando você está pagando bem tem o direito de ser exigente o que não significa que quando você não está pagando bem não deva ser bem atendido. A diferença está na qualidade. Como escolho bem os meus fornecedores, dificilmente preciso trocá-los. Conheço pessoas que vão atrás somente de bons preços e vivem tendo aborrecimentos e desgaste tendo de trocar de fornecedores com frequência. Quando confio em um fornecedor nem me dou ao trabalho de ficar procurando picuinhas. Assino logo o contrato para receber o produto ou serviço. Meus fornecedores são em geral grandes empresas, muitas vezes multinacionais. Nas pequenas procuro nichos de excelência. Quando o produto ou serviço fica caro procuro negociar um upgrade e normalmente consigo. Quando não consigo em geral tenho outras alternativas mais interessantes e cancelo o serviço. Com relação aos produtos sei que tenho de contar as vezes com a sorte. Minha maior preocupação é com a honestidade dos que estão fazendo negócio comigo. Sendo empresas idôneas tudo se resolve porque a parte do consumidor é em geral apenas pagar o contratado em dia. Só isso . . . 

As empresas e as crises

Sua empresa está em crise quando você atrasa o pagamento dos impostos, dos fornecedores ou dos empregados ou então aumenta seu endividamento de forma agressiva e expressiva. Quando a empresa entra em crise ? Em geral quando usa o capital de giro para fazer alguma coisa como por exemplo comprar a sede própria ou fazer algum novo investimento produtivo. Analisando por esse viés a empresa do meu amigo está muito bem e é por isso que ela já dura 57 anos. Meu amigo é competente no que faz e se aprimora sempre, com o aprendizado que a experiência lhe dá. Ele é o típico "self made man" que os americanos falam.

Quanto mais pobre mais pragmático em geral

Tem sua lógica e está previsto na pirâmide de Maslow: enquanto você está lutando para sobreviver fisicamente você não terá energia ou tempo de pensar em auto realizar-se. Isso não impede que alguém idealista tenha seus rompantes de pragmatismo. Vale o mesmo para as empresas: quanto mais rica e idealista  mais sofisticada a empresa será. E pode ser estendido também para a família: quanto mais rica provavelmente mais envolvida com cultura por exemplo. Conheço exceções: famílias ricas que tiveram origem pobre e que não conseguem se livrar do seu passado. A sede das empresas diz muito sobre o que elas pretendem: os melhores prédios serão ocupados pelas melhores empresas, em geral através do aluguel, já que uma empresa costuma não imobilizar capital em prédios, que não são o objetivo do negócio. A regra vale para escolher escola ou serviços de saúde: pobre não escolhe. Eles vão na escola do bairro e no posto de saúde do governo. Vale também para a escolha da profissão: pobre escolhe aquilo que ele conhece e que para ele tem visibilidade obvia. Rico pode se dar ao luxo de escolher profissões etéreas, como por exemplo artes plásticas. Minha irmã chama todas essas escolhas de "cultura". Teríamos portanto uma "cultura" de pobre, de classe média e de ricos. Eu sou idealista e pragmático conforme a situação. No entanto percebo que a realidade é de pragmáticos, porque a maioria das pessoas aqui no Brasil são pobres, não só financeiramente como também espiritualmente e moralmente.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Uma boa escola é essencial

Para você ter estrutura e desenvoltura é fundamental frequentar boas escolas e tirar boas notas. O mundo reprova quem passa com 5, ou seja, teoricamente deixou de aprender 50% do conteúdo proposto. Uma boa formação habilita a pessoa a enfrentar os desafios da vida muito melhor preparada. Quem não estiver preparado nunca assumirá um cargo de importância social e se assumir, via voto, será defenestrado pelo sistema. Posso dizer que eu estudei nas melhores escolas do Brasil. Sou um privilegiado. Nem por isso consegui o sucesso que eu pretendia. As variáveis são muitas e você não as controla todas. Você deve estudar na melhor escola possível e não na mais conveniente. Você deve se esforçar o máximo possível para aprender todos os conteúdos. Não podemos perder nenhuma oportunidade de aprender, pois a vida é muito curta. 

Novas ideias

A mente trata uma nova ideia da mesma forma que o corpo trata um corpo estranho, ele a rejeita. Peter Medewar
Ideia nova é tudo aquilo que a pessoa não faz por costume. Ideia nova pode ser ler o jornal por exemplo. A pessoa nunca leu o jornal e portanto acha que não precisa. Vale para tudo: ir ao cinema, namorar, casar, aprender uma nova profissão ou novas técnicas na profissão velha. A verdade é que ideias novas muitas vezes vem para prejudicar a pessoa, geralmente no trabalho. As empresas inventam todo tipo de ideia nova para aumentarem seu lucro. Cada departamento e cada empregado precisa justificar a sua existência. Para que isso ocorra são feitas medições, que são a especialidade do administrador de empresas. Outra maneira de justificar um empregado é por exigência legal. Ai a empresa é obrigada a ter aquele empregado, geralmente por uma razão social válida. Assim é na vida das pessoas, onde a rotina é a regra, já que as mudanças são lentas e graduais. Você demora 16 anos estudando para entrar no mercado de trabalho caso queira ter um nível superior. E depois demora mais 35 anos trabalhando e se aprimorando para conseguir ganhar melhor ou fazer uma carteira de clientes. Demora 35 anos pagando uma casa para morar. Demora 25 anos pagando pensão para filhos de casamentos falidos. Um país demora 20 anos para sair de uma recessão como aconteceu no Brasil, entre 1982 e 2002. Ideias mirabolantes. Invenções. É assim que muitas pessoas falam das ideias novas. Foi assim com a invenção da Xerox, com os Beatles e com tantos outros. O espaço para novas ideias é em geral limitado pelo peso das "tradições": o velho saturno cobrando o seu preço.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Certos homens gostam de mulheres fogosas

Não é todo homem que gosta de mulher mesmo sem ser homossexual. Muitos tem raiva das mulheres pelas humilhações que sofreram nas mãos delas. Além disso existem muitas mulheres (a maioria) que não gosta de homem. Elas gostam do que os homens podem lhes proporcionar: filhos, amor, dinheiro, status, etc. Algumas mulheres são vulgares e atraem homens de todo tipo só que muitas vezes são frigidas. Vale o mesmo para algumas mulheres bonitas. Ser boa de cama, sensual sem ser vulgar e fogosa são algumas qualidades que não aparecem juntas em qualquer mulher. A mulher que está a vontade com seu amante, que tem a anatomia propícia e a cabeça boa poderá atingir esse estado, que é reservado a poucas eleitas . . . 

Retaliação

Por falar a verdade e o que eu penso sempre arrumei muitos inimigos. Como disse Martin Luther King: não é preciso declarar guerra para arrumar inimigos. Basta falar o que pensa. E por ter muitos inimigos sofri muitas retaliações. A retaliação é algo muito comum entre países nas suas relações comerciais. É muito comum entre as pessoas próximas: mulheres desprezíveis muitas vezes fazem retaliação contra seus maridos e filhos. a retaliação é em geral a reação do fraco, uma espécie de vingança. Você me fez isso então vou te fazer aquilo. É por isso que muitos preferem viver nas sombras, nunca manifestando sua opinião e não colaborando em nada para resolver problemas coletivos. Tenho um parente próximo que é assim: ele somente se preocupa com ele mesmo e com seus problemas. Como sua profissão permite que ele seja assim, sua estratégia sempre seu certo. Não adianta contar com esse tipo de pessoa para nada além do que ele se dispõe a fazer.

A mais nobre das ciências

Li um texto de um advogado citanto o direito como a mais nobre das ciências. Será o direito uma ciência ? Ciência é aquilo que pode ser reproduzido experimentalmente. Mantidas as condições físicas sempre obtemos o mesmo resultado. O direito não é assim. O direito é está na área das ciências humanas. Ele muda com as mudanças da sociedade e das ciências chamadas duras (medicina ou engenharia), desde que possibilitem provas mais adequadas. O direito de um país não tem muito a ver com o de outro, porque são povos diferentes com costumes diferentes. Sabemos também das falhas do direito, que muitas vezes punem inocentes e que dão ganho de causa a culpados. Advogados são mestres das palavras e da indução das pessoas a erro. Não deixa de ser curioso ler as declarações de um mestre deles . . . 

A sociedade, a Igreja e a Lei

Todas essas "entidades" adoram se meter na vida das pessoas e ditar regras. Nem todas as regras da sociedade são aceitáveis por pessoas inteligentes. Nem todas as regras da Igreja são seguidas pelos "fieis". Nem todas as leis são obedecidas pelos cidadãos. E temos as pessoas que lideram essas instituições e que criam as regras para os outros obedecerem. Todos que desobedecem as regras estão sujeitos a punições diversas: na sociedade você pode ser excluído das festas, comemorações e dos negócios. Na Igreja você pode ser excomungado e execrado perante a comunidade. No judiciário você pode preso e portanto afastado do convívio social e colocado no convívio com o rebotalho da sociedade ou então você pode privado dos seus bens, o que também te causará sofrimento. Perceba que aqui temos a dinâmica que move a humanidade: o querer fazer parte da turma e ser bem quisto por ela (participar da sociedade, da comunidade da igreja e ser um cidadão do bem) e por outro lado o medo da punição, de ser excluído, ser confinado ou ser despojado dos seus bens. 

As duas correntes do judiciário

O judiciário tem apenas dois grandes processos: o primeiro é quando algo do mundo real é trazido ao conhecimento do juiz: nessa fase o judiciário toma conhecimento de algo. É a fase que cabe ao autor provar o que diz, através de todos os meios de prova existentes e válidos em juízo. Nessa fase, tudo pode ser discutido e é preciso verificar se o que se alega é assunto de avaliação pelo "direito". É aqui que quem é mais esperto e conhece como o judiciário funciona leva vantagem. Na prática existem pessoas mal intencionadas, que procuram tirar vantagem das fraquezas do sistema, justamente porque as conhecem. O final dessa fase é a sentença. Conseguida a sentença é necessário iniciar o outro processo, que é o de ter um direito e fazê-lo valer. Podemos resumir a aplicação da sentença em retirar o dinheiro ou os bens do condenado e passá-los para o exequente ou então prender o ofensor da lei penal, através da Vara das Execuções Criminais. A mão pesada do estado representada pela execução tanto monetária quanto privativa da liberdade . . .

Quando virar as costas para alguém

Divido as relações humanas em duas grandes áreas: as obrigatórias e as opcionais. As obrigatórias são aquelas onde existem regras claras, em geral intermediadas por alguma remuneração financeira: É o caso de todos os serviços e produtos comercializados, incluindo a relação com colegas de trabalho. No entanto existem outros relacionamentos, onde a simpatia recíproca é o fundamento. Para esses relacionamentos, onde a reciprocidade é opcional, você pode e deve desprezar quem não corresponde as suas expectativas. Nessa categoria estão todos os parentes e os amigos. Existem relacionamentos onde você tem ganhos e perdas e é preciso fazer um balanço e há relacionamentos onde não existe nada e você pode pensar em investir neles ou então descartá-los. A decisão é sua e não existe motivo nem culpa em exercê-lo. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

As pessoas mudam . . .

A frase é de um primo. Tenho notado várias pessoas mudando: para pior. Em geral são pessoas com problemas mentais como neuroses. Aparentemente acontece alguma modificação nas estruturas cerebrais, que levam essas pessoas a terem comportamentos cada vez mais egoístas, tornando essas pessoas não confiáveis. Elas perdem o medo. São capazes de desprezar os outros e suas ideias, ao mesmo tempo que não percebem o absurdo de seus atos ou afirmações. Notamos essas mudanças em pessoas próximas, amigos e parentes.

Para certas putas filho dá lucro

Conheço mulheres que se especializam em ter filhos com homens diferentes para conseguir várias pensões. Elas não tem nenhuma intenção em usar o dinheiro da pensão em benefício do filho(a). Para o plano dar "certo" elas precisam da ajuda das respectivas mães, para cuidar das crianças e as deixarem livres para conseguir novos amantes e novos filhos. Enquanto uma mulher decente vê no filho um objeto para dedicar-se e que irá consumir seus recursos as putas das quais estou falando veem os filhos como um bilhete premiado, que irá lhes render um dinheiro fácil e que vai lhes garantir a sobrevivência, durante o pagamento da pensão e depois, quando irá viver da ajuda desses filhos. Caráter é tudo . . .  

Ser idealista ou pragmático ?

Segundo o Max os jovens são idealista e os que escolhem esse caminho, como por exemplo trabalhar no que se gosta em detrimento de se trabalhar naquilo que dá dinheiro, em geral se arrependem com o tempo. Segundo ele é muito difícil conciliar fazer o que se gosta com aquilo que dá dinheiro. Normalmente as pessoas tem de escolher uma das opções. É muito comum uma pessoa escolher um curso superior e ao terminá-lo e ir para o mercado de trabalho se sentir insatisfeita, decidindo-se fazer um outro curso superior e tentar novamente. Nossa sociedade é muito cruel com aqueles que ganham menos. Aqueles que são abnegados são vistos não como heróis mas como tolos. Outro dia li sobre os ataques que os altruístas recebem do grupo social. Vivemos em mundo e em uma sociedade pobre.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Irmão pode não ser amigo

Muito se fala sobre os irmãos mas a realidade e os estudos científicos mostram que a lenda não é tão verdadeira assim. A responsabilidade dos irmãos para com a família está até na lei, tamanha é a sua força simbólica. Na prática, irmãos podem ter caminhos de vida e pensamentos muito diferentes sobre tudo e todos. Por isso podem não ser amigos mas apenas manterem relações cordiais, minimamente necessárias ao bom convívio. Sim, porque irmãos em geral irão se encontrar nos aniversários dos pais e em outras situações, como festas religiosas, batizados, casamentos e enterros. É preciso portanto um mínimo de civilidade.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Bonzinhos muitas vezes se dão mal

Nas famílias existem os bonzinhos e os malvados. Ou os generosos e os egoístas. As situações para a manifestação desses comportamentos ocorrem quando existe alguém necessitando de ajuda. Foi assim nas famílias dos meus pais. É assim na minha família e provavelmente sempre será assim, pois todas famílias tem problemas, seus altos e baixos. Os bonzinhos se sacrificam ou muitas vezes sofrem, para ajudar os mais necessitados. Foi assim na família da minha mãe, que ficou órfã de pai e teve ajuda dos irmãos mais velhos. foi assim na família do meu pai, que ajudou financeiramente seus pais. Conheço o caso de um amigo, cujos pais cuidaram dos seus avós até que eles falecessem. Outra situação foi um conhecido que ajudou a irmã e as sobrinhas quando elas ficaram desamparadas, com o assassinato do cunhado. Algumas dessas pessoas que foram generosas seguiram sua vida adiante e foram bem sucedidas. Outras foram prejudicadas e não conseguiram tanto sucesso, de forma que seria justo que recebessem alguma compensação daqueles aos quais eles ajudaram. É a mesma questão dos pais com relação aos seus filhos: existem filhos que tem de ser empurrados: precisam de muito incentivo dos pais, apenas para chegarem a média. Existem filhos que não precisam de pouco ou nenhum investimento dos pais e que se saem muito bem. E existem filhos que com a medida certa de incentivo e investimento vão muito mais longe do que seria razoável esperar. Matematicamente seria assim: filho "negativo": sai de -2. Filho "normal": sai de zero. Filho excepcionalmente talentoso: sai de 2. Filho com alto potencial: sai de zero, mas com investimento de 2 chega a 7 ou 8. O filho excepcionalmente talentoso é aquile que possui um dom  ou como os ingleses dizem "gift". Gift quer dizer presente. Quem possui um dom teria recebido um presente de Deus. O filho com alto potencial também tem algum dom só que esse dom precisa ser descoberto, por não ser tão visível e explicito como no caso do excepcionalmente talentoso. Esse filho ganha muito com seu esforço pessoal. Seus incrementos são grandes. Para ter um gênio você precisa tanto do dom quanto do esforço. Exemplos existem em todas as artes: basta ver a biografia dos gênios da humanidade. 

Escolher ou aceitar a escolha de alguém

Quando somos infantes nossos pais escolhem por nós. Com o nosso desenvolvimento em todos os aspectos, espera-se que possamos escolher nosso próprio caminho. Ainda me lembro de um sujeito alterado na escola de inglês, que ficou muito bravo comigo porque eu estava repetindo uma frase dita por alguém famoso. Ele dizia aos gritos que eu deveria chegar as minhas próprias conclusões ao invés de repetir alguma ideia que alguém antes de mim havia criado. Escolher algo trás grande parte da responsabilidade pelas consequências para você mesmo. Quando fazemos o que os outros nos mandam passamos a responsabilidade para quem nos mandou. Aqui entra o conselheiro honesto e bem intencionado: alguém que quer o seu bem e que conhece uma realidade que você desconhece. Alguém que vai te ajudar realmente, que é generoso e bondoso. Pessoas assim podem nunca aparecer na vida de um indivíduo e eles podem fazer toda a diferença. É preciso que essa pessoa seja qualificada: pela experiência que tem,  pelos contatos que possui, pela formação que conquistou. Por que essa pessoa irá te ajudar ? Talvez por que seja seu parente próximo. Talvez por ser seu amigo. Talvez por ter interesse sentimental em você. Não importa o motivo: ter uma pessoa dessas na sua vida pode ser a vantagem competitiva que fará toda diferença.

O Brasil das vocações perdidas

O Brasil das vocações perdidas é uma realidade. Essa realidade fica clara no percentual de desistentes nos cursos superiores gratuitos. Também fica claro no número de formandos que não aprendem o que a profissão exige e mesmo assim conseguem se formar. Finalmente temos uma infinidade de formandos que não são absorvidos pela sociedade brasileira, mesmo estando bem preparados. É assim que encontramos um bancário que seria um excelente diretor teatral, um auditor que teria sido um ótimo jornalista, um médico que teria feito sucesso como músico e por aí vai. Essa questão do direcionamento profissional já foi resolvido com sucesso pelos alemães. É só imitar o que eles fizeram que também daria certo aqui no Brasil. Só que aqui é o país do "me engana que eu gosto" em tudo, inclusive nas profissões. E desse jeito nosso produtividade é baixa e continuamos vivendo da exploração de commodities e de ilusões.

A rotina foi selecionada naturalmente

Segundo artigo que li neste final de semana, seguir rotinas pouca o cérebro de pensar. E isso significa menos gasto de energia. Isso explicaria porque os humanos são seres rotineiros. A rotina interessa muito ao mundo capitalista, porque tudo que algum agente capitalista deseja é ter fregueses, que são compradores fieis de mercadorias e serviços. É a força da tradição, que leva a riqueza a quem conseguir cativar seus clientes. Foi dito ainda a pouco que o lucro vem dos processos rotineiros otimizados. Essa é a receita mais simples e que dá mais resultado e como vemos neste artigo tem raízes profundas na natureza humana.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Engenharia X Outras Carreiras

Para se formar engenheiro você na Politécnica, onde o curso é integral e dura 10 semestres, você vai ter de estudar 18.000 páginas. Um advogado vai estudar meio período e aproximadamente 7.000 páginas. Um médico ou dentista vai ficar muito tempo na faculdade. Só que sua formação é basicamente prática e grande parte desse tempo será utilizado para treinar por imitação seus "mestres", atuando em "cobaias". Portanto chego a conclusão que aquela frase que diz que o engenheiro é o mais inteligentes, o advogado o que ganha mais dinheiro e o médico é aquele que tem mais trabalho é a pura verdade.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os velhos, quem cuida, e a herança

É normal o casal ter uma diferença de idade relativamente pequena, de cerca de 5 anos a mais para o homem. Quando os homens morriam cedo isso não fazia muita diferença porque cuidar de um idoso, no caso a mãe, é metade do trabalho. Por falta de condições financeiras era normal os idosos morarem com algum filho, em geral uma filha, de preferência solteira, que ficava encarregada do trabalho de cuidar deles. Tudo isso parecia justo, uma vez que os pais cuidaram dos filhos quando eles eram pequenos. Acontece que esse filho que tem o encargo não receberá automaticamente mais da herança dos pais. Pais inteligentes deveriam fazer um testamento beneficiando esse filho ou filha. Conheço um caso em que não aconteceu e a família rachou como usual. Triste isso acontecer por conta da imprevidência de alguns velhos.

O amor que a maioria conhece

O amor que a maioria conhece é o cuidar. É o amor de mãe, que cuida do filho e tenta prover todas as suas necessidades, que dá colo. Só que existe o amor de pai, que é o amor para o desenvolvimento, para o descobrimento, para o crescer em todos os sentidos e não apenas no plano físico. O amor não é egoísta. Essa é a principal característica do amor verdadeiro. O amor verdadeiro não é dependente. O amor verdadeiro é maravilhoso pois ele quer o o outro seja o máximo que ele pode ser, emocionalmente, intelectualmente, espiritualmente e fisicamente. Quem não coloca o outro como prioridade não ama esse outro. Quem se preocupa, quem aconselha, quem ajuda é quem realmente ama.

O egoismo é inimigo da alegria

A frase é do Papa. Ele tem toda a razão: um egoísta basta a si próprio. Não precisa partilhar nada com os outros: nem seus pertences, nem seus conhecimentos, nem seus sentimentos, nem sua alegria. Egoístas não se importam se os outros não ligam para eles: eles se bastam. Já os que são generosos compartilham com os outros suas conquistas e suas derrotas. Buscam na solidariedade o sustentáculo para uma vida plena e prazerosa. Ficam felizes em serem assim. Os egoístas acham que são felizes e que os que não são como eles são bobos ou idiotas. Nunca irão se conciliar . . .

Investimento X audácia na conquista amorosa

Existe uma analogia entre investir no mercado financeiro e investir no amor/conquista. Você pode deixar seu dinheiro na poupança, com risco mínimo ou investir em renda fixa. Significa que você não quer correr riscos e em troca aceita receber pouco em juros pelo seu investimento. Em termos amorosos significa ficar sozinho: você não corre riscos mas também não ganha nada do que poderia ganhar fazendo parceria com alguém. Em termos de investimento existem possibilidades de maior risco e de maior lucro. Acontece o mesmo com o amor: correr mais riscos, como por exemplo procurar alguém no site de relacionamentos pode significar também mais lucro. Esse é a lógica de todos os mercados: do mercado de imóveis ao mercado de automóveis. Por que seria diferente no mercado sentimental ? O único mercado que acho que não segue essa regra é o mercado da saúde: mais risco na saúde pode significar mais prejuízo e não mais lucro. Mais risco no mercado de carros, como por exemplo comprar de um particular, pode significar mais lucro, uma vez que o comprador pagará menos que o preço tabelado. No mercado imobiliário, comprar diretamente do vendedor significa no mínimo uma economia de 6%, que é a comissão da imobiliária. E 6% no valor de um imóvel é um grande valor absoluto em termos de dinheiro. Na saúde não: você tem o que você paga. Como a saúde tem essa característica, toda pessoa prudente contratará um plano de saúde, de preferência o melhor possível, principalmente se você for idoso. O plano de saúde que uma pessoa tem é hoje em dia um dos melhores indicadores do nível sócio-econômico dessa pessoa. Eu sou conservador nos investimentos mas audacioso no campo amoroso. Quero a segurança para meu dinheiro mas quero o melhor possível para meus amores . . .

Muitos estudantes aprendem apenas passar nas provas

Eu prendi a pensar na faculdade. Na verdade eu já tinha começado a ser auto-didata no colegial. Só que eu sou exceção. É muito comodo deixar o seu futuro e o seu destino na mão do professor e da escola: você fica iludido, imaginando que por passar nas provas você estará apto para desenvolver a profissão para a qual está estudando. Assumir a responsabilidade pelo seu destino é muito mais difícil mas necessário. É necessário olhar para dentro para poder escolher conscientemente o que você pode, deseja e o mercado necessita. E nossa sociedade não nos ensina olhar para dentro, fazer introspecção. Pelo contrário, ela incentiva olhar para fora, para as aparências e superficialidades. E então ficamos enganando os jovens e nos enganando como sociedade, com prejuízos incalculáveis para todos nós.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Embarangar

A palavra foi ouvida por mim como um comentário sobre as mulheres pobres, que cedo perdem a beleza da juventude devido as péssimas condições de vida e ao fato de terem dois filhos na média. A beleza estaria restrita as mulheres que tivessem dinheiro para esse luxo, como as que são de classes mais elevadas ou as que tem maridos que as bancam. Com dinheiro é muito mais fácil ficar bonita. E a beleza é o bem mais valorizado na mulher aqui no Brasil. Teve até um reality show chamado "Mulheres Ricas" por aqui . . .

Quem tem de se preocupar

Somente quem possui ativos, sejam eles bens ou dinheiro, tem de se preocupar. A grande maioria das pessoas não possui bens e por isso não se preocupa. Ao contrário, passa a preocupação para o banco, que financiou sua casa e seu carro. Essas pessoas preocupam-se em trabalhar e ganhar dinheiro apenas. Deixam para o governo a preocupação de educar seus filhos bem como a preocupação com a saúde de toda a sua família. Não se preocupam com a política nem procuram atuar na condução do seu destino, nem mesmo indo na reunião do condomínio. Todas as decisões são tomadas por terceiros em seu lugar. No voto de pareto vemos que essas pessoas são cerca de 70 a 80% dos brasileiros. Elas também não tem de pensar muito, nem ler jornais ou revistas. Pensar é algo muito desgastante para eles. Eles são o retrato do Brasil e agora são chamados de classe C. É para eles quase todas as leis são feitas, inclusive a tabela de apuração do imposto de renda e a cobrança de todos os outros impostos. Ser diferente deles custa caro aqui no Brasil, porque tudo que é para poucos não tem economia de escala e por isso sai mais caro. Para quem é da classe superior resta sempre a possibilidade de cair e passar a adotar as soluções da classe mais baixa e é o que muitas vezes acontece na prática.

Carros usados e restrições

Li uma notícia que dizia que 75% dos carros usados tem algum tipo de problema ou restrição. A maior parte dos carros é financiada aqui no Brasil. Muitos são batidos. Outros tem multas pendentes. Na hora de vender o carro é  a mesma história: o potencial comprador tem medo de negociar diretamente com o vendedor particular. Ele não tem conhecimento suficiente sobre veículos usados e teme ser enganado. Muitos ao comprar um veículo usado usam o expertise de um mecânico amigo para ajudar a fazer uma avaliação. Quem compra veículos novos ao vendê-los para comprar novamente um novo pode enfrentar dificuldades. Ao longo da vida comprei e vendi muitos carros e com isso adquiri experiência. É complicado casar a melhor venda com a melhor compra. No lado da compra nem sempre o modelo com os opcionais que você quer está disponível te esperando na concessionária. Na hora de vender você pode não ter como conservar seu veículo usado ao mesmo tempo que ele continua a te gerar despesas. O ideal seria primeiro vender o veículo que você possui, de preferência para um particular e depois ir na concessionário fechar a compra do veículo novo. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A faculdade de engenharia

A faculdade de engenharia dura pelo menos 5 anos aqui no Brasil. Na USP o curso é semestral. A cada semestre você tem até 8 disciplinas. Vamos dizer que na média sejam 6: 6 X 10 = 60 disciplinas diferentes. Cada disciplina tem um livro texto ou apostilas para ser estudadas. O volume de matéria e conhecimento é enorme. E as provas (que são o que interessa) são em 95% aplicação de fórmulas e resolução de problemas. Muita. Mas muita matemática. Não como ciência pura mas como ciência aplicada. Não recomendo a ninguém fazer engenharia se não gostar muito de matemática mas também aviso que somente isso não será suficiente para te fazer ser um engenheiro de verdade. O caminho é longo e árduo.

Resiliência

Existem pessoas que sofrem resignadas. Tudo parecem suportar de forma estoica. Devem ser masoquistas. E existem pessoas que não gostam de sofrer e que procuram evitar o inevitável, que é o sofrimento nesta vida. Eu preciso de um equilíbrio: já sofri muito e não gostei. O sofrimento deixou cicatrizes. A palavra paixão tem mais de um significado e um deles é sofrimento. Daí vem a paixão de Cristo. A palavra paciência tem o mesmo radical. Portanto, quem precisa de paciência precisa sofrer. É difícil ter paciência, porque é difícil sofrer. Penso no significado de paciente, quando falamos em termos médicos. Lembro naquele ditado que pede a Deus paciência para suportar as coisas que não podemos mudar e discernimento para perceber o que pode e o que não pode ser mudado. 

As mudanças nos juros

Com a redução dos juros decretada pela Dilma, tudo mudou para nós brasileiros. Com toda mudança feita pelo governo, alguns ganharam e muitos perderam. O governo tem essa natureza: ele é como um animal poderoso, que é comandado muitas vezes por pessoas mal preparadas ou mal intencionadas ou as duas coisas. Com a mudança dos juros o governo economiza. Essa economia poderia ser utilizada para fazer investimentos e ai o governo estaria transferindo dinheiro de uns para outros na economia produtiva. Ou o governo poderá usar esse dinheiro para pagar melhor seus funcionários criando uma casta ainda mais privilegiada. A verdade é que a alternativa de juntar dinheiro, formar uma carteira razoavelmente diversificada, para complementar a aposentadoria ficou muito mais difícil. Ficamos parecidos com os Estados Unidos, sem ter a estrutura dos Estados Unidos. O Brasil é um modelo híbrido. Algumas coisas herdamos do modelo europeu e outras do modelo americano. O futuro nos mostra que teremos de acumular recursos e depois gastá-los e rezar que a morte chegue a tempo de que o dinheiro não acabe. Trata-se de um modelo de alto risco. Os custos estão subindo e as receitas não estão subindo na mesma proporção. O final da estória é menos filhos, filhos mais preparados para poderem ganhar mais através do aumento de produtividade, diminuição das falhas, aumento dos seguros e necessidade maior de buscar alianças boas. Devem aumentar também os golpes de todo tipo. É como diz o Gikovate: somente bons casamentos deverão sobreviver. Somente bons profissionais, bem formados terão sucesso significativo. Somente empresas bem administradas conseguirão superar as barreiras.

domingo, 3 de junho de 2012

Panos quentes

Existe basicamente dois comportamentos possíveis diante de um impasse ou dilema: colocar "panos quentes" ou tomar alguma decisão contra o agressor. Conforme o temperamento da pessoa ela vai escolher um dos dois caminhos e a mesma pessoa pode mudar sua ideia ao longo do tempo. Muitos jovens costumam "não levar desaforo para casa". Já muitos velhos preferem "colocar panos quentes". Faz sentido. O jovem tem muita energia e está na fase de conquistar coisas na vida. Já o velho não tem pretensão de conquistar mais nada e está mais preocupado em não perder o que conseguiu. Interessante notar também que as mulheres muitas vezes preferem "colocar panos quentes" mais que os homens. Pode ser pela natureza delas, normalmente menos belicosa que a dos homens em geral. Temos também o comportamento "colocar mais lenha na fogueira", quando alguém incita outrem a guerrear ao invés de contemporizar. O discernimento necessário para decidir se é hora de "colocar panos quentes" ou não vai depender de cada pessoa e do momento em que ela está vivendo, pois dependerá dos valores morais dessa pessoa, do que ela pode tolerar ou não, do que ela aprendeu com sua experiência (e com a experiência dos outros).

Casados X Solteiros

Já disse neste espaço que ser bem casado é muito melhor que ser solteiro. O solteiro gosta de se comparar com pessoas mal casadas, porque nessa comparação ele leva vantagem. Acontece que quem é mal casado pode se divorciar e casar novamente com alguém que preste. O problema com o solteiro é quando ele fica velho: sua família de origem, aquela que provavelmente ele adora e que o fazia muito feliz e especial vai acabar. No mercado matrimonial ele não tem mais nenhum valor, porque mulheres estarão na menopausa e homens não serão atraentes para as moçoilas, a não ser pelo seu dinheiro. Existem pesquisas que mostram que esses solteiros tardios são mais infelizes que os casados, que dirá dos bem casados. A eles restará somente a solidão nas melhores das hipóteses, isso se não tiverem se sustentar pais doentes na velhice. A situação piora para os filhos únicos, que não terão irmãos para dividir o eventual peso nem para servir de companhia a eles na velhice. Era comum no passado irmãos solteiros unirem-se e morarem juntos, auxiliando-se mutualmente. Os filhos eram muitos e sempre sobravam alguns solteiros. Outro agravante é que se ficaram solteiros, provavelmente essas pessoas não são sociáveis e portanto não deverão ter amigos verdadeiros e fieis. Poderão ter colegas e relacionamentos de amizade superficiais. Na família poderão ter primos. Acontece que primos são parentes muito distantes e duvido que algum deles faça alguma coisa pelo solteirão ermitão. Sinto dizer mais me parece que o futuro para essas pessoas é negro. Como não se reproduzem, seus genes desaparecerão mais rapidamente que o normal . . .

sábado, 2 de junho de 2012

Processos

Para processar alguém você precisa da qualificação dessa pessoa, que são são dados pessoais (ou empresariais). Você somente consegue esses dados caso tenha um contrato formal com a pessoa, onde as partes estão identificadas ou então caso aconteça uma ocorrência policial, onde a polícia irá fazer essa identificação, inclusive verificando se alguém é procurado pela justiça. Em ocorrências policiais, caso a pessoa fuja, você pode tentar identificá-la pelo numero da chapa do carro. Outra hipótese é ter a sorte de algum guarda estar por perto, quando ocorrer o delito, de forma que você possa pedir para ele intervir. Quase todos delitos são ligados ao patrimônio, como roubo ou furto ou questões contratuais. Nas três vezes que tive de processar alguém eu tinha um contrato (aluguel de linha telefônica), o polo passivo era conhecido de muitos (caixa econômica federal, no caso do calote nas contas do FGTS) ou então a pessoa tinha ligação econômica comigo. Processar alguém por calúnia, injúria ou difamação geralmente ocorre quando esses crimes são cometidos por pessoas ligadas a mídia, porque a prova é fácil de fazer: é só pedir a fita de gravação do programa ou recortar o artigo de jornal. O objetivo de processar criminalmente é que fica provado a culpa do polo passivo de forma a garantir a vitória no processo de indenização posterior. O maior risco é de alugar e não receber. Ou então comprar a vista também não receber. Quando se contrata um serviço você acompanha o andamento. Não estando satisfeito você simplesmente dispensa o contratado. Quando você compra um produto, você pode observar a garantia, a solidez da empresa que o produziu (marca), a existência de assistência técnica e qualidade do pós-venda. Dizem os advogados que para cada problema existe um remédio jurídico . . .

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A receita do empreendedor

A receita do empreendedor de sucesso: pensar grande, começar pequeno e crescer rápido. Pensar grande é fácil e não custa nada. Começar pequeno é um sinal de bom senso. Agora crescer rápido é o mais difícil. Para crescer rápido a concorrência tem de ser muito ruim além de não fazer nada enquanto você come o mercado deles. Não me parece muito fácil que isso aconteça. Isso somente deve acontecer se você tiver alguma vantagem competitiva invencível, como facilidades no governo, fornecedor com alta tecnologia por trás, exclusividade de algum modo, carteira prévia de clientes. Ninguém em sã consciência começa do nada porque sabe que o fracasso é quase certo. No mínimo você precisa conhecer o ramo, de preferência profundamente. E para conhecer você tem dois caminhos: teoria e prática. Teoria você pode aprender na escola. Prática somente trabalhando com quem já está estabelecido. 

As mulheres de diferentes classes sociais

Segundo o Paulo Gaudêncio as mulheres das classes A e B escolheram ser profissionais e as mulheres das classes C, D e E ser mães. Faz sentido. As mulheres das classes A e B apostam em si mesmas para ganhar dinheiro e ter uma vida confortável. As mulheres das classes C, D e E, não sendo capazes de ganhar dinheiro por si mesmas, apostam em ter filhos para ter um sustento na velhice. Acho que todos precisam de um filho confiável (ou até dois). Precisamos de alguém para passar o dinheiro adiante e para administrar nossos bens em caso de demência, por exemplo. Antes os filhos vinhem de qualquer maneira. Hoje podemos fazer tudo de forma mais inteligente e planejada. Isso no caso ideal, é claro.

Os melhores países do mundo para se viver

Os melhores países do mundo para se viver são os países da nórdicos. Podemos incluir a Nova Zelândia e a Austrália também. A principal característica desses países é que eles tem população relativamente pequena e que provavelmente não existe emigração significativa ou mistura genética. Pelo livro o gene egoísta todos são mais ou menos parentes entre si nessas países. Com a Austrália e a Nova Zelândia aconteceu algo parecido, já que esses países tiveram uma colonização mais ou menos homogênea e somente receberam imigrantes altamente qualificados, o que significa dizer com bons genes, nível superior, etc. Isso foi fácil para eles porque são ilhas distantes. Não existem fronteiras terrestres e é muito fácil barrar imigrantes, caso eles sobrevivam a viagem de navio. Avião então é mais fácil de controlar ainda. Já os países da América receberam todo tipo de imigrante: pobre, analfabeto, doente e de todos os países. Só que nos Estados Unidos esses imigrantes formaram guetos e no Brasil se miscigenaram. Portanto os Estados Unidos e o Brasil são os melhores lugares do mundo para quem quer ter progresso social e econômico. Aqui existem possibilidades concretas para esses imigrantes, formando quase que uma escada, que pode ser ascendida por gerações sucessivas de imigrantes.
Agora dizem que nos Estados Unidos formou-se uma quadrilha, que se apoderou dos postos chaves na política, finanças e universidades e que essa quadrilha espoliou os outros, que seriam tontos a serem manipulados. Seria a volta da tese do gene egoísta, possível em uma sociedade como a americana e talvez até no Brasil. A diferença é que quem manda no Brasil é o governo e o governo pode mudar de tempos em tempos, o que nos dá uma esperança.

Gostaria de ver um estudo . . .

Sabemos que existe uma concentração de psicopatas entre os executivos. Eles são atraídos pelo poder e já foram classificados como perversos por Freud. Como o poder os atraem, não seria absurdo inferir que devem existir muito psicopatas entre os juízes de direito. Gosto de saber por que as coisas são como são e porque não podem ser diferentes. É o mesmo caso de homossexuais que procuravam se ordenar padres, para tem uma profissão em que não seriam questionados socialmente por sua opção sexual. Os executivos psicopatas podem no máximo gerar a retaliação de seus empregados que entraram com processos na justiça do trabalho para receberem uma compensação ou então podem ser desmascarados e demitidos após algum relatório de auditoria feito por um auditor corajoso. Já um juiz psicopata tem estabilidade no emprego e os prejudicados muito pouco podem fazer, a não ser ficar apelando de suas decisões injustas, sem nenhuma garantia de sucesso, porque seus pedidos irão para a mesa de outros juízes . . .