Against All Odds no Brasil

Exceções são exceções em qualquer lugar do mundo mas existem lugares onde a cultura, a moral e o modo de pensar das pessoas permitem que as exceções aconteçam e outros onde isso é impossível. É o caso dos Estados Unidos, onde pessoas que estudam sozinhas e passam nos exames conseguem exercer profissões diversas e não precisam de um diploma e da frequência a uma escola. Uma sociedade com abertura maior pode reconhecer a genialidade e a originalidade de um artista que em outro lugar seria pouco mais que um mendigo. Não é a toa que é nos Estados Unidos que Bill Gates e outros gênios abandonaram as melhores universidades e conseguiram se tornar as pessoas mais ricas do mundo. A Universidade brasileira forma basicamente empregados e quem não se forma e consegue o diploma não passa em geral de um subempregado. A estrutura do Brasil, com sua enfase na autoridade (muitas vezes burra e retrógrada), justiça para resolver qualquer problema e proteção (pena do coitadinho) leva a essa impossibilidade de exceções a la Against All Odds serem comuns. Nos Estados Unidos, onde a liberdade é valorizada automaticamente a individualidade prevalece, completada pela lealdade e pela santidade. Aqui no Brasil vale o diploma, o contrato, a punição acima de tudo. É o paraíso de quem segue as regras impostas pelos outros, de quem é submisso.