sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Motivações ocultas ou inconscientes

Sabemos que o que leva uma pessoa a agir pode ter duas origens: um desconforto com uma situação, na forma negativa ou então uma vontade de alcançar uma situação melhor, muitas vezes por uma "inveja do bem". Posso afirmar sem medo de errar que 90% das pessoas somente agem quando estão incomodadas com algo. Os outros 10% seriam aqueles que se auto-motivam para melhorar. Quando falamos em relacionamentos podemos ver claramente essas motivações: mulheres jovens, que querem sair da casa dos pais ou de uma situação de pobreza, que veem no casamento com alguém melhor situado social e economicamente a única saída possível. Homens que não estão satisfeitos com seus pais e que querem formar uma família diferente da sua, onde possam experimentar suas propostas de sociedade e educação. Caso estejam satisfeitas, as pessoas dificilmente mudarão qualquer comportamento ou situação. Poucos tem consciencia precisa de que esforços e privações na juventude podem reverter no futuro em pessoas mais preparadas e competentes para administrar a própria vida. Conflitos familiares deveriam ser resolvidos mas nem sempre isso é possível. Quanto mais é investido em um relacionamento mais exigente ficam seus protagonistas. É o mesmo com relação aos filhos: antigamente não se investia quase nada neles e as expectativas dos pais tambem eram igualmente pequenas. Hoje em dia se investe muito tempo e dinheiro nos filhos. Consequentemente os pais esperam muito mais de seus filhos. Para muitos neuróticos os investimentos são compulsórios: é assim e pronto. Para outros fatores emocionais estão envolvidos, assim como comportamentos egoistas e narcisistas. Quando a emoção domina a razão perde e quando a razão perde em geral perdemos dinheiro . . .

3 comentários:

Van der Camps disse...

Quanto mais concessões pior é o relacionamento (menos harmonico). Os objetivos deveriam ser conversados antes, na fase de namoro. Só que aqui as pessoas teriam de ser sinceras e elas nem sempre o são. É preciso ter uma maturidade que nem sempre é conseguida em casa e na escola. E sem maturidade não é possível reconhecer uma pessoa de caráter duvidoso a tempo de se afastar . . .

Van der Camps disse...

Nenhum recem formado de classe media alta tem condições de dar o conforto que um pai de familia de classe media alta dá para sua filha apenas com seu salário. Para atingir esse patamar ele precisa de ajuda: do seu proprio pai ou do pai da moça. E com o narcisismo de hoje em dia, nenhuma mulher vai se contentar com menos do que possui. Dinheiro é a primeira ou a segunda coisa mais importante. Caso os pais não ajudem, os casamentos irão ocorrer entre mulheres de 30 e homens de 50 anos . . .

Van der Camps disse...

Na minha geração, quase todos meus amigos contaram com a ajuda dos seus pais. Quem não podia contar com essa ajuda teve de financiar o imovel do novo casal e andar de carro velho. Poucos privilegiados puderam contar com rendimentos proprios suficientes para comprar uma casa a vista.