quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O quarteirão dos 5 engenheiros (as)

Hoje me peguei lembrando dos meus amigos de infância e vizinhos. Analisando como nós nos direcionamos em relação ao estudo e escolha da profissão constatei que a maioria, ou seja, 5 formaram-se engenheiros, sendo 3 homens e 2 mulheres. O mais curioso e que todos cursaram universidades/faculdades diferentes: Mecanica na Unicamp (Nelson), Mecanica na FEI (Alvaro), Eletronica de Telecomunicações na POLI (eu), Alimentos na Maua (Beth) e Civil no Mackenzie (Marcia). Essa constatação é até certo ponto surpreendente, pois engenharia não é uma faculdade fácil e muito menos procurada por mulheres (nessa época eram cerca de 5% dos alunos). Estudar engenharia significava não poder trabalhar e para aqueles que entraram em faculdades particulares isso queria dizer um custo para as familias. Naquela época (anos 80) nem fazer faculdade era algo muito comum. Salvo uma exceção ou duas, todos os meus contemporâneos cursaram o ensino superior. Ainda tivemos 2 administradores de empresas, 1 psicologa, 2 dentistas. Todas profissões de relativo status social. O "aproveitamento" em termos de amigos (as) por familia foi de 66% (dois de três filhos) a 100% (casais de filhos onde ambos cursaram ensino superior). No vestibular os mais bem sucedidos foram minha irmã e eu que cursamos a Universidade de São Paulo. Na vida profissional (onde muitos fatores interveem) foram minha irmã e a Beth. Os demais foram ficando pelo caminho ou então obtiveram posições sociais intermediarias. Devemos lembrar desde o começo dos anos 80, até aproximadamente 2004, foram anos de grandes crises e problemas economicos aqui no Brasil, e isso, certamente, afetou a toda a minha geração.

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