Na historia do Brasil as classes mais desfavorecidas foram por ordem cronologica:os indios, que estavam na idade da pedra e que até hoje não progrediram muito. Depois vieram os negros escravos, que mesmo após a abolição em 1888 também não lograram subir na escala social. Na sequencia vieram os imigrantes europeus e os japoneses. Estes foram inicialmente recrutados para o campo, ou seja, o degrau mais baixo da sociedade, para substituirem os escravos. Só que esses imigrantes eram muitas vezes pequenos artesões e tinham outras habilidades. Logo fugiram das fazendas e foram para as cidades, tornando-se pequenos comerciantes, industriais incipientes e donos de propriedades rurais. Eles criaram a classe média, junto com os funcionários publicos. E seus filhos continuaram a ascensão social, tornando-se profissionais liberais e ocupando outras atividades de nivel social (e economico) superiores. Andando mais no tempo, o nivel inferior da sociedade passou a ser ocupado por emigrantes nordestinos. Eles passaram a ser os peões da construção civil, as empregadas domésticas, os funcionários do condominio. Esse nova leva não logrou evoluir muito: foram morar na periferia e poucos ascenderam social e economicamente. Pude acompanhar essa evolução na minha familia e com meus amigos. Alguns nordestinos mais bem sucedidos casaram-se com mulheres descendentes de imigrantes (em geral menos favorecidas). Aqui nos casamentos, podemos observar o fenomeno que aconteceu com os imigrantes europeus na primeira metade do seculo XX: eles tambem ganharam dinheiro e casaram-se com filhas de familias tradicionais, muitas vezes decadentes. Uma analise mais precisa mostra que os fatores envolvidos são complexos, porque dependem tambem da conjuntura economica, do crescimento mundial, da disponibilidade de bons empregos bem remunerados, da instrução e da produtividade dos empregados. O que sabemos é que a saga continuará: hoje por exemplo temos bolivianos trabalhando no degrau mais baixo da sociedade . . .
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