Existem mulheres muito bonitas que se valorizam e chamam muito a atenção. Alguns homens sentem-se intimidados por essas mulheres, muitas vezes preocupados com uma possivel traição ou eventual brochada, que aliais são os dois maiores pesadelos da maioria dos homens. Eu nunca me senti assim. Ao contrário, sempre tive olhos para a beleza em geral e em particular para a feminina. No entanto me lembro de um ditado espanhol que diz: Quem tem um castelo na fronteira, uma vinha a beira da estrada ou uma mulher bonita, deve estar sempre preparado para a guerra. Conquistar já é dificil, manter pior ainda. Muitas mulheres bonitas são mimadas e estragadas pelos seus pais e então fica dificil conciliar beleza e praticidade. A regra para os homens normais é ser rejeitado pelas mulheres bonitas. E a rejeição faz mal para a saude. Talvez por isso muitos nem se atrevem a tentar uma aproximação. Por outro lado, existem mulheres feias que se acham bonitas e atraentes !!! Tamanho exemplo de auto-engano deveria ser estudado pelos psicologos e psiquiatras . . .
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A paciencia para esperar resultados . . .
O sucesso profissional e financeiro em geral demora muito tempo. Já a juventude e beleza feminina são efemeros e o tempo as corroi. Além disso muitas mulheres querem ser mães e devido ao relogio biologico tem um prazo para encontrar um marido e futuro pai de seus filhos. Junte-se a isso as expectativas crescentes de ambos os sexos e teremos um bom problema para ser resolvido ! As mulheres de classe media/alta dificilmente se arriscam. Já os homens no passado estavam dispostos a fazerem concessões, devido ao seu maior apetite sexual. Hoje em dia com o advento da pornografia da internet os jovens homens estão mais pacientes. E as mulheres, fruto do menor numero de filhos, estão recebendo mais investimento de seus pais e estudando mais, tendo a possibilidade de trilhar um caminho diferente do casamento e maternidade. A informação está disponivel a todos e o resultado é que os casamentos estão ocorrendo mais tarde, os filhos estão nascendo de mães mais velhas, muitas vezes em sua segunda tentativa conjugal e os pais muitas vezes tem idade para serem avós de seus filhos. Será que serão crianças mais felizes ou mais realizadas ? Será que o dinheiro que os pais possuem lhes fará bem ? Até que ponto ? Estou acompanhando várias dessas crianças, filhas de parentes ou amigos próximos. A necessidade costumava ser a mãe de todas as virtudes . . .
Ser mau carater é ser inteligente ?
Ao longo da vida conheceremos muitas pessoas que jogam sujo e são maus carater. A verdade é que uma pessoa assim pode levar vantagem. Para nos consolar, costumamos dizer que essa vantagem tem vida curta, por que a policia, a sociedade, até Deus irá desmascarar o sujeito e então sua vantagem de curto prazo terminará. Acontece que nem sempre é assim e existem pessoas do mal que realmente conseguem vencer e se dar bem neste nosso mundo imperfeito. São estelionatários profissionais, mulheres que dão o golpe da barriga, politicos que nunca são condenados por poderem pagar os melhores advogados. Em geral os que são pegos são psicopatas menores, que cometem erros e deixam rabos. Aqui no Brasil, onde a corrupção é endêmica e existem bandidos e desonestos de todo tipo, é muito prudente ficar sempre alerta e ciente que até colegas e conhecidos podem se revelar oportunistas. Como li outro dia sobre um ditador na Africa: sabia colocar os inimigos uns contra os outros e abandonar os amigos no momento certo.
Evolução social
Na historia do Brasil as classes mais desfavorecidas foram por ordem cronologica:os indios, que estavam na idade da pedra e que até hoje não progrediram muito. Depois vieram os negros escravos, que mesmo após a abolição em 1888 também não lograram subir na escala social. Na sequencia vieram os imigrantes europeus e os japoneses. Estes foram inicialmente recrutados para o campo, ou seja, o degrau mais baixo da sociedade, para substituirem os escravos. Só que esses imigrantes eram muitas vezes pequenos artesões e tinham outras habilidades. Logo fugiram das fazendas e foram para as cidades, tornando-se pequenos comerciantes, industriais incipientes e donos de propriedades rurais. Eles criaram a classe média, junto com os funcionários publicos. E seus filhos continuaram a ascensão social, tornando-se profissionais liberais e ocupando outras atividades de nivel social (e economico) superiores. Andando mais no tempo, o nivel inferior da sociedade passou a ser ocupado por emigrantes nordestinos. Eles passaram a ser os peões da construção civil, as empregadas domésticas, os funcionários do condominio. Esse nova leva não logrou evoluir muito: foram morar na periferia e poucos ascenderam social e economicamente. Pude acompanhar essa evolução na minha familia e com meus amigos. Alguns nordestinos mais bem sucedidos casaram-se com mulheres descendentes de imigrantes (em geral menos favorecidas). Aqui nos casamentos, podemos observar o fenomeno que aconteceu com os imigrantes europeus na primeira metade do seculo XX: eles tambem ganharam dinheiro e casaram-se com filhas de familias tradicionais, muitas vezes decadentes. Uma analise mais precisa mostra que os fatores envolvidos são complexos, porque dependem tambem da conjuntura economica, do crescimento mundial, da disponibilidade de bons empregos bem remunerados, da instrução e da produtividade dos empregados. O que sabemos é que a saga continuará: hoje por exemplo temos bolivianos trabalhando no degrau mais baixo da sociedade . . .
O dinheiro e o amor
Dinheiro compra amor ? Ou apenas sexo ? Embora a pergunta pareça simples de responder, a verdade é que as mulheres apreciam homens poderosos e que tenham dinheiro. A regra parece ser a de que o homem precisa ser mais bem sucedido que a mulher, para que ela sinta admiração por esse homem e possa "amá-lo". A questão para o homem então é outra: via de regra ele somente poderá almejar ficar com uma mulher mais pobre do que ele e então o que ele deve escolher ? Na minha opinião alguém de bom carater e competente. Resumindo: alguém de confiança. Sim, porque o investimento nesse relacionamento poderá ser muito grande, tanto emocional quanto financeiramente. A regra geral sempre foi derivada de uma realidade biologica que é a de que os homens procurarem mais as mulheres, por razões sexuais. Cabe aos homens a iniciativa. A eles era imposto o encargo de ganhar dinheiro e sustentar a casa. Embora a realidade esteja mudando, com as mulheres ganhando cada vez mais espaço social e dinheiro, mudar comportamentos aprendidos é muito mais dificil. Conclusão: as pessoas casam cada vez mais velhas, mais instruidas e mais ricas. Os homens continuam tendo de ganhar mais que suas mulheres, a serem mais velhos, mais instruidos e mais altos. Resta saber até quando . . .
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Economia - A ciência dos incentivos
Sempre gostei de economia e tirei notas altas na matéria. Aprendi que a economia era a ciência da escassez: Os desejos seriam ilimitados e os recursos limitados, daí a economia viria em nosso socorro, de forma a nos permitir o máximo de desejos com o mínimo de recursos. No entanto, lendo os livros Freakonomics deparei-me com a definição descrita no título acima: economia seria a ciência dos incentivos. Acho que essa definição vem da observação prática: as pessoas se movem e fazem as coisas conforme obtem incentivos para isso. Só que os incentivos podem ser de natureza diversa, como financeiros, sociais ou morais. Em outras palavras: seu o bolso e a liberdade são os termometros da economia. Entendido assim fica fácil compreender a lógida das multas e das penas privativas de liberdade (quanto maiores, teoricamente menor a tentação ou a intenção violá-las). As sociais podem ser verificadas na obtenção de um emprego ou na conquista de uma namorada, as quais novamente afetam sua vida e seu bolso. Assim é que os homens procuram sempre ganhar mais e mais dinheiro e status, pois tem um grande incentivo, que consiste em conquistar uma mulher bonita. O mesmo acontece em vestir-se bem para uma entrevista de emprego ou até em levantar de manhã cedo e ir trabalhar . . .
A contabilidade do amor
Interessante como as pessoas fazem analogias com tudo. A ultima que eu li foi na revista GEO (e é facilmente entendida por financistas): as relações amorosas teriam uma lógica como a de uma conta-corrente: bons momentos e agrados seriam créditos. Já brigas e desavenças seriam débitos. Para superar e eliminar um debito de determinado valor, o ofensor teria que providenciar creditos 5 vezes maiores. Grandes decepções seriam como "notas promissórias" a serem resgatadas no futuro. Pensando dessa forma agora entendo por que um amigo sai correndo para comprar uma bolsa de luxo para a esposa quando briga com ela. Ele está praticando a "contabilidade do amor". No meu intimo acho toda essa historia de uma pobreza impar mas sou obrigado a acreditar que a maioria dos mortais aqui no Brasil sejam assim. Sim, porque essa teoria revela uma imaturidade imensa. Sabemos que as pessoas crescem quando são confrontadas com questionamentos, contrariedades e desafios. O sacrificio (ou sofrimento) em geral vem agregado a crescimento emocional/material/espiritual. Só que parece-me que ninguém quer mais sacrificar-se ou sofrer . . .
O povo prefere o sonho ao invés das realizações do passado
Artigo recente publicado na Folha mostra que em termos de eleição o povo brasileiro prefere quem lhe prometa um futuro melhor ao invés de quem realizou muito no passado. Sim, as pessoas aqui no Brasil esquecem muito rapido. É por isso que existem pessoas que acham que o Maradona foi melhor que o Pelé: elas viram o Maradona jogar e não o Pelé . . . O mesmo está acontecendo com a eleição para presidente: o Serra tem o melhor histórico e biografia mas está perdendo (aparentemente) para a Dilma, que parece prometer mais, já que seria a continuadora do progresso vivenciado na era Lula. Em uma empresa multinacional, que é em geral o que há de mais sofisticado em termos administrativos, esse erro não seria possível: ninguém chega a presidente sem um passado mais que comprovado de capacidade e confiança, galgado através de promoções ao longo do tempo, com o acúmulo de experiência. Paises mais desenvolvidos seguem essa lógica, como os Estado Unidos. Somente no Brasil temos a possibilidade de um Lula ou uma Dilma serem eleitos. Parece que o povo entra em transe quando o Lula fala: pensam assim: ele fala como eu; deve entender dos meus problemas porque é um da minha laia; e assim, graças ao grande numero de despossuidos que são votantes, pessoas menos preparadas são eleitas.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Mulheres que engravidam sem a anuencia do companheiro
São cinquenta anos da pilula. Temos a invenção da pilula do dia seguinte. Preservativos disponiveis na rede de saúde. Muitos outros metodos tambem estão disponiveis. Com tudo isso, ainda temos mulheres que "confiam" na tabelinha e involuntariamente ou não ("golpe da barriga") acabam engravidando. O problema é que o filho não desejado explicitamente (ou não planejado) é uma realidade na vida de muitos casais. Um filho sobrecarrega o casal e faz a qualidade da relação piorar. Filhos dão trabalho, despesas e preocupações. Por isso prejudicam o relacionamento do casal. Podem tambem dar alegria e com isso compensar as atribulações. Só que quando o casal já não está bem, a vinda do filho pode precipitar um eventual divorcio, pois o conjuge que não estava feliz com o relacionamento pode ponderar que foi colocado em uma situação forçada e para pior. Teoria ou não, meus dois amigos divorciados e eu vivemos essa situação. Analisando por outro lado, quando alguém decide ter um filho , de livre e espontânea vontade, sabedor dos sacrificios e consciente disso, acho que o sucesso do casamento pode ter uma probabilidade maior. Particularmente o homem, em geral, somente vai querer filhos quando estiver estabilizado financeiramente e profissionalmente, com uma carreira consolidada e uma perspectiva de futuro.
Advogados, leis e poder
Os bons advogados aqui no Brasil muitas vezes querem vencer de qualquer maneira e para isso não são honestos e utilizam-se de expedientes escusos. Procuram as "brechas" na lei e tiram vantagens disso já que aqui só vale a "lei" conforme já mencionei em artigos anteriores. Finalmente, estudos indicam que os ricos realmente ganham a maioria das ações. Só que isso acontece porque os ricos conhecem os trâmites legais, podendo contratar bons advogados, sabendo de antemão as probabilidades de ganhar. Quando essa probabilidade não lhes é favoravel, os ricos preferem fazer um acordo. Capitulo a parte são os processos contra o governo. Como o judiciario é pago pelo governo, o governo é muito bom em alocar recursos financeiros para juizes e tribunais que acionem os seus credores, sendo muito leniente quando os processos são contra o governo. Mesmo processos ganhos pelos cidadãos são colocados em uma fila, chamada de precatórios, que não tem prazo definido para pagamento. Além disso a nossa sociedade é muito conflitiva e até mesmo casos menores e sem importância são levados aos tribunais. Junte-se a isso o grande numero de pessoas que mesmo sendo litigantes de má fé conseguem bons resultados na justiça e teremos uma boa imagem do judiciário aqui no Brasil.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Dialogos dificeis . . .
Sabemos que o que falamos está diretamente ligado ao nosso cerebro. Assim sendo, não só as palavras que utilizamos, como os assuntos que abordamos, refletem nossa educação formal, nossos interesses e as áreas que conhecemos. Isso é tão comum que as profissões desenvolvem até o que chamamos de jargão, que são palavras especificas de uma determinada profissão. Para conversar com um profissional de determinada área é necessário conhecer alguma coisa do jargão da sua profissão, bem como seus meandros. Sem isso a comunicação é quase impossível, porque o que um fala o outro não entende. Alguem poderia dizer que bastaria descer a um nivel tão baixo que o outro entenda mas isso em geral não acontece, porque quem não entende em geral fica com vergonha porque não quer passar por ignorante e fica quieto. Não fala nada e tambem não compreende o que esta sendo dito ou decidido. É desesperador ver que o outro não entende porque comunicação não é o que você diz mas o que o outro entende. Muitos tem limitações intelectuais, outros limitações no vocabulario e outros limitações referentes a sua pouca idade. Tambem existem aqueles que não acreditam no que você está dizendo, por terem bloqueios mentais ou por motivos diversos. No fim a parte que é realmente entendida pode ser muito variável. Percebemos isso quando nosso interlocutor fica repetindo seus ideias mesmo que elas não tenham sentido. Apurar fatos e mostrá-los aos interessados é muito mais fácil que mudar a mentalidade de alguém . . .
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A aliança
Sempre gostei da ideia de alianças: relações ou empreendimentos em que existe o "ganha-ganha", isto é, ambos os lados saem felizes com a transação. O problema é que esse tipo de relacionamento somente é possivel entre pessoas justas ou generosas e existem metade de egoistas no mundo. Esses egoistas são pessoas que gostam de negócios "ganha-perde", ou seja, para que eles ganhem, o outro tem de perder. Outra ideia de aliança é a que a união faz a força. Advem da constatação de que se todos fizerem um pouco, muito será conseguido. Infelizmente no mundo atual acho que as pessoas que pensam como eu estão em extinção. Vejo nas relações diárias cotidianas uma luta feroz pela primazia do eu: desde o transito até com o porteiro do prédio. Todos parecem armados com duas pedras na mão e dispostos a acertar a cabeça do primeiro que lhes pareça ameaçador ou questionador. As alianças parecem vivas quando são feitas para o mal, como na formação de quadrilhas. Amizades e amor estão em falta em um mundo pautado pela competição e pelo capitalismo selvagem.
Semelhante atrai semelhante
Incrivel como o aforismo acima pode ser verdadeiro. Vemos isso todos os dias: medicos, dentistas e advogados que se casam com parceiros da mesma profissão. Provavelmente compartilham a mesma visão de mundo, talvez moldada pelas suas personalidades e pela dedicação a profissão: afinal passamos a maior parte do tempo no trabalho, não é mesmo ? Além disso temos a duração e a intensidade, que tambem costumam ser elevadas quando da execução de nossos misteres. O problema que vejo é a vida tornar-se chata devido a rotina. Uma exceção são os engenheiros, já que não existem engenheiras em numero suficiente para todos. Meus amigos são engenheiros conforme ja mencionei. No entanto são de áreas distintas e isso contribui para enriquecer nossas conversas. Eles se casaram com mulheres de outras profissões, como advogadas (duas),enfermeira, vendedora e secretaria. Eu mesmo namoro uma secretaria. A maioria parece feliz no casamento, mesmo se levarmos em consideração que devido as diferenças entre homens e mulheres seja quase um milagre isso acontecer.
The GAP of understanding
A ignorancia sempre me oprimiu. Lidar com ignorantes faz mal para a minha saude fisica e mental, principalmente. A luta dos educadores é basicamente contra a ignorância e é uma batalha árdua. O mais interessante é que muitos ignorantes são arrogantes e imaginam que sabem muito. A humildade está em perguntar. Quem pergunta é geralmente humilde, pois assume que não sabe tudo. O problema da ignorancia tambem está relacionado com o "gap", ou seja, a distância entre o que se quer explicar e o conhecimento da pessoa que pergunta. Existe um encadeamento na absorção do conhecimento. Não se aprende calculo sem antes ter percorrido um longo caminho na matematica. O mesmo vale para as demais áreas do conhecimento. É por isso que determinados cursos e palestras interessam a um grupo restrito: as vezes poucas pessoas são versadas naquele assunto e poderão tirar proveito dos ensinamentos. É a mesma lógica dos pré-requisitos existentes na universidade, quando se deseja cursar uma disciplina que depende de conhecimentos adquiridos em alguma outra. Sabemos que falhas de comunicação estão na base de muitos dos nossos problemas. E a falha de comunicação tem suas raízes na ignorância das pessoas, fundamentalmente.
Relações
Levi Strauss definiu as relações familiares em tres sub-grupos: relações de aliança (entre marido e mulher), relações de filiação (entre pais e filhos) e relações consanguineas (entre irmãos). Pois é . . . alianças podem ser rompidas (o divorcio está ai para isso) mas filiação e consanguinidade são para sempre. A familia tradicional tinha todos os tres sub-grupos. Eu tenho uma única irmã. Somos consanguineos !!! (muito embora sejamos muiiiito diferentes !!!). Sou divorciado (péssima aliança foi meu casamento . . . de aliança não teve nada !). Tenho uma filha desse casamento falido (que de afetuosa tambem não tem nada, graças a alienação parental que sofreu). Ela é filha única, portanto sua familia não lhe legou irmãos e consequentemente nenhuma relação de consanguinidade. Finalmente a vida me conduziu a uma situação em que minha próxima familia deverá ser "dink", portanto apenas uma aliança entre marido e mulher, sem filiação e sem consanguinidade.
Você não fica com o que de melhor existe mas com o que de melhor consegue
Outro dia escrevi sobre ser exigente e a relação entre qualidade e preço. A verdade é que a maioria das pessoas não consegue ser exigente com quase nada e tem de se sujeitar ao que pode pagar e adquirir. Existe um livro chamado Freaknomics que tenta explicar o mundo através da economia acho que ele deve ser uma boa leitura. Agora, voltando ao titulo: podemos imaginar o melhor emprego do mundo. Você pode desejá-lo mas será que poderá consegui-lo ? Ou então podemos imaginar a mulher mais bonita, mais rica . . . será que você estará a altura dela ? O que podemos fazer é investir mais em algo (e consequentemente diminuir nossas escolhas/possibilidades em outros itens). É assim que podemos fazer sacrifícios ou sofrer. É assim tambem que podemos trocar o curto pelo longo prazo. Num exemplo simples: podemos comprar algo caro e de qualidade, que irá durar por muito tempo ou então comprar algo barato e descartável. Obviamente, para o comerciante e para a industria, o melhor consumidor é aquele que compra algo caro (com margem de lucro alta) e descartável, de modo que o pato (quero dizer consumidor) tenha de gastar novamente para adquirir um substituto. O melhor exemplo dessa logica é a industria de eletronicos: celulares, computadores, programas, tablets, iphones, video games, jogos, mp3, mp4, mp5 e congeneres. Não é a toa que os donos dessas empresas são as pessoas mais ricas do mundo. Existe uma logica nisso. Aqui tambem temos o que descrevi no artigo de "trade of". Vale para tudo, inclusive para encontrar uma companheira. Assim vale para a compra de um imovel , para a compra de um automovel, para aceitação de um emprego, para a escolha de um curso universitario, para uma promoção no emprego. Parece que essas são as leis que regem o universo (pelo menos no tocante a relações humanas e economicas). Sabedor dessas relações cabe a cada um fazer o melhor que puder e tentar ser feliz com o que tem e com o que pode almejar.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Casal DINK
Já na decada de 80 casal DINK era uma expressão da moda nos Estados Unidos. Eu que conhecia a sigla, que quer dizer "double income no kids", ou seja, duas receitas nenhuma criança, achava que aquela era a melhor solução para um casal iniciante. Duas receitas significa que a mulher deveria trabalhar e não ser apenas esposa e dona de casa (em 90% desses casos a mulher é tambem mãe) e nenhuma criança significava acumular dinheiro para ter uma casa propria (segurança), automovel e curtir um pouco a vida, com viagens, por exemplo. É sabido que no começo da vida profissional se ganha pouco e é justamente nessa fase que temos de acumular dinheiro, pois tudo precisa ser adquirido. Por isso retardar a vinda dos filhos é benefico para a saude financeira e emocional do casal. Agora tambem sabe-se que os filhos diminuem a qualidade de vida do casal, embora aumentem a probabilidade do casal fical junto. A maioria dos meus amigos (e minha irmã) fez isso. Aqueles que não conseguiram fazê-lo (eu e um amigo muito proximo) foi por conta da gravidez não planejada da esposa. Não é mera coincidência que ambos esses casamentos terminaram em divórcio. A mulher que pensa (ou é contaminada por sua mãe) que filho segura casamento é no mínimo mal informada (além de ser mau carater). O filho, como exige muito do casal, é certamente um fator a mais de desagregação. Segundo li hoje, a maioria das pessoas querem formar um casal, mais até do que ter uma carreira profissional ou constituir uma familia. Isto é compreensível: carreira é cada vez mais dificil e a maioria das pessoas não vai conseguir mesmo e familia requer muito esforço e abnegação, coisas que muitos não querem (ou até não tem condições mesmo) de desejar e concretizar. Depois de algumas experiências e tentativas frustradas, voltei a desejar formar um casal DINK e até o momento estou conseguindo o meu intento. Caso eu tivesse uma condição financeira diferente, menos idade, uma carreira em ascensão, uma vida sem estresse, então eu procuraria uma parceira para formar uma nova familia. Como nem minha vida, nem minhas perspectivas são essas, fico feliz se tiver alguém a quem amar e confiar até o final dos meus dias.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A infelicidade de entrar no mercado durante uma recessão
Algo de que sempre desconfiei foi comprovado por uma pesquisa americana: quem se forma no curso superior e entra no mercado de trabalho durante uma recessão, pode receber um salário até 25% menor do que o normal. Detalhe: essa diferença salarial não é corrigida com o tempo, fazendo-se sentir até 18 anos após a formatura. Eu senti isso na pele, pois me formei em 1987 e o Brasil vivia a ressaca do plano cruzado. Sempre ganhei pouco, ainda mais porque fui atuar em uma área diferente da minha formação original. O Brasil era o pais da inflação, dos baixos salários, das intervenções governamentais desastrosas. Minha ignorância sobre como as empresas funcionavam era gritante. E o mesmo posso dizer sobre a podridão das pessoas e seus intentos escusos e nefastos. Lutei contra tudo e contra todos. Obtive algum sucesso, o sucesso possível e me cansei. Cansei de ver boas empresas serem reduzidas a quase nada. Tambem cansei de tentar mudar as pessoas através das palavras e do refletir. Um dia você se cansa de remar contra a maré. É fatal . . .
A Mentira
A primeira vez que tive contato com a mentira aconteceu em casa. Foi uma decepção muito grande. Hoje eu sei que os mentirosos são em geral os egoistas por natureza, já que a mentira tem duas finalidades precípuas: defesa e levar vantagem. Quem faz coisas condenáveis tenta se defender mentindo e aqueles que querem se apossar de algo indevidamente, levando vantagem, tambem são adeptos da mentira. Depois disso percebi que as mentiras podem estar muito próxima de nós, nos parentes ou na figura do conjuge. Não gosto de mentiras e graças a Deus acho que nunca tive de mentir, o máximo que fiz foi omitir alguma coisa, como manda a boa educação. Hoje vejo com clareza os males da mentira: filhos são prejudicados pelos seus pais mentirosos, amizades são encerradas, admirações perdidas e casamentos encerrados. Muitas pessoas tambem perdem dinheiro, enganadas na compra de um carro, casa ou outros negócios. Não acho que o mundo irá mudar e os mentirosos irão se converter. Por isso a unica solução é estar atento e previnido, agindo sempre que for necessário com rapidez e eficiência.
Paises Desenvolvidos
Os paises mais desenvolvidos do mundo são pequenos e ricos (escandinavia) ou então grandes e pouco povoados (ricos em recursos naturais) como o Canadá e a Austrália. Na posição intermediária temos paises da europa ocidental (França, Italia, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Belgica ) e os Estados Unidos. O mais rico em termos absoluto e mais heterogêneo são os Estados Unidos. Vivem nos Estados Unidos cerca de 300 milhões de pessoas das mais diversas etnias e com uma grande classe média. Existem, no entanto, mesmo nos Estados Unidos muitos pobres (medidos pelo padrão deles). São uns 43 milhões de pobres. Só que os Estados Unidos tem uma taxa de natalidade elevada ao contrario do resto do mundo. Enquanto o Japão é o pais com maior numero de velhos proporcionalmente, os Estados Unidos ainda são um pais relativamente jovem.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Universitarios e o alcool
Mais uma pesquisa. Desta vez comprovaram que muitos jovens universitários abusam do alcool, sendo chamados de "binge drinkers", ou seja, bebem em excesso ao ponto de ficarem de porre. Estão tentando identificar as causas mas até agora descobriram que o uso de bebida é bastante democrático, afetanto homens e mulheres, de universidades publicas e privadas. Minha experiência de vida teve muitos desses episódios de "binge drinking" e a principal razão era o descontentamento com a realidade. Era uma fuga socialmente aceita. Quando a realidade te esmaga e você não pode no curto prazo mudá-la, o porre surgia como alternativa válida. Melhor tomar um porre do que pegar uma pistola e sair matando quem te oprime ou machuca. E hoje em dia, apesar de toda liberdade que temos, a opressão não diminuiu. Junte a isso a propaganda e a facilidade de acesso e teremos uma explicação plausível para a situação atual.
sábado, 16 de outubro de 2010
To Give Up
To give up significa em português DESISTIR. Existem pessoas que não se esforçam o suficiente e desistem com muita facilidade. Aqui temos a diferença entre persistir e ser teimoso. No meu caso, antes de desistir de algum intento eu procuro me inteirar profudamente sobre o assunto. Somente me dou por vencido quando encontro algum estudo ou pesquisa que inclua as minhas questões e me explique porque não pode ser diferente. Portanto não me basta saber como as coisas são. Preciso saber porque não podem ser diferentes. Aqui entram as estatisticas: servem para imaginar o que esperar "na média". E com essas diretrizes oriento meus esforços e decisões. É assim que, por exemplo, mudei o foco de sobrinhos, tios/tias, primos(as) para amigos. Pelo menos tenho a consciência tranquila de que sempre tentei fazer o melhor possível. Um ditado que li dizia: ante as dificuldades faz o melhor possível e segue em frente ! É exatamente isso que procuro fazer . . .
Irmão mais velho filho da puta . . .
Quando ouvia a palavra "irmão" pensava no sentido que Jesus Cristo nos ensinou: uma pessoa amiga, que quer o nosso bem e está disposta a nos ajudar. Vivendo um pouco mais, conheci um irmão mais velho, criado naquela ideologia familiar medieval, onde o pai manda na mãe, a mãe manda nos filhos e o irmão mais velho manda no mais novo. Pois bem, esse fulano era muito egoista e como egoista típico tinha conseguido maior sucesso material que seus irmãos mais novos. Existem teorias sobre o sucesso do irmão mais velho as quais não vou abordar neste momento. O ponto era que ele tinha dois carros e o irmão mais novo nenhum. Pois bem, ele regulava o uso do carro pelo irmão mais novo, dizendo que era o dono do ativo e por isso tinha o direito de decidir como usá-lo. Os carros ficavam na garagem e o irmão mais novo tinha de se virar. Guardei essa imagem na memória porque ia contra tudo o que eu tinha aprendido. Depois, vivendo mais ainda, percebi que esses "irmãos" eram comuns. Ou seja, ser um filho da puta com os próprios irmãos de sangue não era tão incomum assim. Agora imagine se esses empiastros serão um "irmão" cristão com os outros (estranhos) ? Acho muito difícil para não dizer impossível . . .
Esforço X Inteligência
Li sobre uma pesquisa que dizia que devemos dizer aos nossos filhos que eles devem obter resultados pelo esforço e não porque são inteligentes. Chegaram a essa conclusão porque quem é incentivado a esforçar-se tem uma atitude ativa de busca do resultado. Já quem se considera inteligente costuma achar que possue um poder inato e que mesmo ficando "parado" conseguirá atingir os resultados mais significativos. Voltando a minha história de vida, vejo que fui as duas coisas: esforçado e inteligente. Inteligente quando conseguia resultados sem muito esforço, porque era pouco exigido e esforçado quando tive de enfrentar desafios, como passar duas vezes no vestibular da USP, conseguir me formar na POLI e desempenhar pelo menos 4 funções diferentes em grandes empresas multinacionais. Acho que a maioria das pessoas não é nem esforçada nem inteligente. Ser esforçado exige dedicação e gasto de energia. Ser inteligente tambem exige esforço por sua vez, já que é necessário explorar várias hipóteses, fazer projeções e pensar em cenários. Muito mais fácil é fazer tudo sempre igual, ser massa ao invés de individuo.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
No capitalismo o lucro é proporcional ao risco
Essa é a pura verdade. Assim temos uma hierarquia: negócio próprio (alto risco e alto lucro). No caso do empresário português: alto risco e baixo lucro (brincadeirinha !!!). Compra e venda de ações: maior risco e maior lucro, para aqueles que sabem operar no mercado, obviamente. Renda fixa: baixo risco e baixo retorno. Poupança: minimo risco e minimo retorno (com exceções). Imoveis são um capitulo a parte, porque podem ofecerer lucro em momentos de alta, nas compras e vendas, mas essas momentos podem demorar 20 anos. Com relação ao aluguel, trata-se tambem de um mercado, muitas vezes com rendimento semelhante a poupança (em geral baixo). Até aqui falamos de retorno do capital investido. A outra forma de conseguir renda é através do trabalho como já abordei em outros artigos.
Ser exigente
Ser exigente em geral custa caro: inimizades daqueles que querem fazer corpo mole, apelidos como encrenqueiro, dificuldade de encontrar um emprego que satisfaça e uma parceira idem. Em termos de consumo custa caro em $$$: bons produtos e serviços são naturalmente mais caros. Quem é exigente é muitas vezes chamado de chato pelo seu interlocutor. Os produtos e serviços costumam acompanhar os bairros dos mais ricos, que teoricamente são aqueles que podem se dar ao luxo de serem exigentes. Pobre aqui no Brasil não pode exigir nada (ah, ah, ah !). Assim boas escolas particulares são pagas por pais exigentes (e esses pais cobram resultados da direção e coordenação pedagógica). O mesmo vale para convênios médicos, restaurantes, cabelereiros, supermercados e demais prestadores de serviço. Com os carros acontece a mesma coisa: a oficina em que você leva seu carro tem a ver com o seu nivel de exigência bem como as peças que são trocadas. O problema é ser exigente e pobre quando pensamos em consumo. E nas relações sociais ? Aqui temos amizades, parentes e companheira. Nosso nivel de exigencia será refletido nas nossas relações sociais: dizi-me com quem andas que te direi quem és !
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
A necessidade de ser convencido
Quando se conhece alguma coisa de um assunto podemos estabelecer um mínimo de comunicação com o "especialista". Isso é importante para nos proteger dos desonestos ou incompetentes e até mesmo para que possamos escolher o que nos interessa. Vale para contatos com médicos, advogados, engenheiros/arquitetos, mecânicos e corretores de imóveis. Todos esses profissionais podem agir de má fé e nos enganar e quase todo mundo que já viveu algumas decadas aqui no Brasil sabe disso. Quando esses profissionais são oportunistas, eles preferem pessoas crédulas, de preferência quanto mais ignorantes melhor, para que possam deitar e rolar e ganhar dinheiro com facilidade. A nossa defesa é o conhecimento e a sabedoria, para identificar pessoas de confiança e fugir das arapucas. Dai a necessidade de ser convencido: para que isso ocorra é necessário fazer perguntas (questionar). Não qualquer pergunta mas perguntas pertinentes e contundentes. Apos ouvir a resposta as perguntas devemos ponderar, para decidir se a mesma tem fundamento ou é suspeita de ser uma mentira. Finalmente devemos refletir, "pensar com nossos botões", recorrer a nossa experiência em situações semelhantes e então decidir. É claro que não somos infalíveis. O objetivo aqui é minimizar ao máximo os erros e prejuízos. Perfeito só Deus !
O Brasil é um grande condomínio
A frase foi dita por um comentarista da CBN e achei-a muito pertinente. É só ver como nosso condomínio funciona: Um síndico, que equivale ao presidente (executivo). Conselho consultivo fiscal, que equivale ao legislativo (camara dos deputados e senado federal). Condôminos, que votam nas eleições e que pagam a cota condominial (equivale aos impostos). A comparação continua: nas assembléias poucos participam ativamente (equivale a alienação política da população em geral) e poucos se propõe a ajudar, a participar ativamente na condução dos negócios comuns. Na hora de reclamar todos são muito rápidos. Poucos (ou ninguém) dá o devido valor a figura do síndico, já que muitos acham que ele é empregado dos condôminos. Finalmente, poucos estão preparados para ocupar os cargos de direção, por terem falhas de competência e algumas vezes até mesmo de caráter, não sendo portanto confiáveis.
Como saber se você está no lugar certo
A resposta a essa pergunta foi dada pelo Ferraz: caso 70% do tempo você faça coisas de que gosta e com facilidade, então você está no lugar e na profissão certa. Caso seja o contrário, em 70% do tempo você faz coisas que te aborrecem então você está na profissão ou lugar errados. Dificil é conciliar o que voce faz com as oportunidades e necessidades do mercado de trabalho. Existem janelas de oportunidade que se abrem e se fecham com o tempo. Não é facil aprender uma nova profissão e começar do zero depois de certa idade. Empreender é algo que pode ser muito arriscado, pelas condições de mercado que mudam muito rapidamente e pelas exigências legais. Eu diria que eu estou no lugar e profissão certas, pois 95% do tempo faço coisas de que gosto.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Doze chefes em 14 anos . . .
Incrível como eu tive tantos chefes em tão pouco tempo. Em média um chefe a cada dois anos. É claro que alguns duraram um ano e outros 6 anos. A verdade é que cada um deles deve ter uma opinião sobre a minha pessoa. O primeiro foi o Cabral, gerente de desenvolvimento de pessoal. Depois o Giampaolo, gerente de serviços e assistência técnica. Na sequência o Shigueo, supervisor de telecomunicações. O Marcelo, da gerencia de auditoria e, ainda na auditoria, o Francisco. Na auditoria da GM o Pelaio, depois a Cecilia, o João, o Juarez e o Gilberto. Em recursos humanos o João e o Takaoca. Tantos chefes foi o reflexo de tantas mudanças pelas quais passei, Alguns foram bons para mim outros nem tanto. O esforço para adaptar-se é sempre muito grande, pois cada chefe tem suas ideias e seus projetos e mesmo o serviço foi modificando-se com o tempo. Hoje vejo como aqueles tempos foram desgastantes e conturbados . . .
Relacionamento médico paciente
Terminei de ler o livro do Adib Jatene "Cartas a um Jovem Médico". Muito interessante, o livro conta a experiência de 50 anos na medicina do Dr Jatene. Dentre as muitas passagens, uma me chamou a atenção: como as informações médicas são absorvidas pelas pessoas mais simples ou pelas pessoas mais esclarecidas: os mais simples são crédulos, ou seja, acreditam piamente no que o médico diz e não questionam. Já os mais intelectualizados precisam ser convencidos pelo médico de que devem seguir suas recomendações. Cabe ao médico se adaptar aos seus clientes, com todas as limitações de tempo e recursos que a maioria dos profissionais enfrentam, além das inerentes ao proprio médico.
Pontos Fortes, Pontos Fracos e Pontos Limitantes
Ponto forte: aquilo que você faz com o pé nas costas. Pontos Fracos: somente com muito esforço o sujeito consegue superar. Ponto Limitante: nem com esforço dá para superar. A estrutura da pessoa não muda: após os 12 anos pouco pode acontecer. Resumindo: quem é 7 com pouco esforço chega a 10. Quem é 1 ou 2, com muito esforço chega a 5. No meu caso insisti na engenharia mesmo com as dificuldades.Só que as dificuldades eram de praticamente todos. Meu ponto forte era principalmente o ingles e foi com isso que consegui me virar. O ponto limitante pode ser bem observado no esporte: peso, altura e força muscular fazem a diferença nas competições. Qual meu ponto forte hoje ? Com certeza a sabedoria. Deveria ser um terapeuta . . .
Segundo casamento tende a ser melhor que o primeiro
Será verdade ? Alguem já disse que o segundo casamento é a vitoria da esperança sobre a experiência . . . Eu acho que depende da atitude da pessoa: quem aprendeu onde errou, porque errou, porque não poderia ser diferente naquela ocasião, terá muita chance de fazer um segundo casamento melhor que o primeiro. Já aquelas pessoas que insistem no erro (forte indicação de terapia por sinal) tenderão a repetir um casamento infeliz e falido. Aqui no quesito casamento tenho duvidas da aplicação do proverbio chinês: quem aprende com os erros dos outros é sabio, quem aprende com os proprios erros é tolo e quem não aprende nunca é idiota. Como aprender com o erro dos outros se todos casavam mais ou menos com a mesma idade ? O primeiro casamento tem uma idade ideal para ocorrer, devido a necessidade de aproveitar a energia da juventude para criar filhos, por exemplo. O ideal seria um casamento que juntasse as forças de ambos em função do bem comum do casal. Para que isso ocorra é necessario uma visão de mundo parecida com esta por parte de ambos os conjuges. Acontece que isso nem sempre é verdadeiro pois muitas mulheres acham que casamento é emprego. Existem sociedades onde as mulheres preferem ser "dondocas": nem querem ter filhos que dão trabalho e responsabilidades nem querem o estresse de ter de trabalhar fora de casa. Ou seja, querem o melhor dos mundos: nenhuma responsabilidade, além da academia e do salão de beleza, para estarem sempre lindas e cheirosas para os seus maridos, que as bancam em todas as despesas . . .
Cada um luta pelo que não tem
A frase acima, atribuida a Napoleão, foi dada ao Czar da Russia, quando ele lhe disse que o francês lutava por dinheiro e ele pela honra. Gostei da frase e concordo com ela. Quando não temos saúde ela passa a ser a nossa prioridade. Quando não temos dinheiro acontece o mesmo. E para o amor ? Aqui existe divergências, pois alguns continuam buscando e outros desistem. Saude e dinheiro parecem obrigatorios na vida de uma pessoa. Já amor, amizades e afeto parecem ser dispensáveis para alguns. Pelo menos alguns aparentam ser assim. Na minha opinião essas pessoas não aprenderam o valor de um amor verdadeiro e das amizades. Isso porque afetos e sentimentos são muito mais sutis do que dinheiro, bens materiais e saude fisica(saude mental tambem é sutil). A frase me lembra "The fight for love and glory": está claro que quem elaborou a frase tinha boa saúde . . .
Governo, Igreja, Escola, Familia
As instituições citadas acima eram as responsaveis pela formação das novas gerações. O governo por manter a lei e a ordem. A igreja por manter a fé na moral cristã. A escola por instruir e preparar para o trabalho e a familia por incutir os valores fundamentais de solidariedade, acolhimento e proteção. E o que temos na sociedade de hoje em dia: governo que não consegue aplicar a lei de forma rápida e justa. Igrejas que são verdadeiras fabricas de dinheiro. Escolas que não instruem para o mercado de trabalho e nem para o aluno poder cursar o ensino superior com qualidade. Familias cada vez mais inospitas e muitas vezes incompetentes na arte de educar para o desenvolvimento humano . Acho que é como o Fernando Henrique Cardoso falou um dia: O Brasil não deu certo . . .
sábado, 9 de outubro de 2010
Quem conta a história . . .
Uma das minhas qualidades é a isenção: como pondero antes de falar, evito os erros comuns daqueles que contam "histórias": quem gosta de se enaltecer (a maioria das pessoas, por sinal), conta que seus feitos foram heróicos, que lutou bravamente contra as adversidades e venceu por merecimento. Para essas pessoas, faço algumas perguntas e facilmente as desbarato, mostrando que muito dos seus feitos heróicos foram na verdade facilitados pelas circunstâncias. Somente pessoas excepcionais conseguem remar contra a maré e vencer. Essas pessoas serão sempre exceções e não a regra geral e é fácil para uma pessoa inteligente perceber a diferença. Por outro lado, aqueles que "devem" explicações por seus atos e desfeitas, sempre irão procurar desqualificar o seu adversário, minimizando as críticas, alegando que todo mundo agiria da mesma forma naquelas condições, que a história foi diferente do que foi na realidade. Isso é tão comum que aconteceu várias vezes comigo, em situações profissionais e pessoais. Como sou amigo da verdade e contra fatos não há argumentos, muitas vezes consegui provar a quem interessava o que realmente tinha acontecido: ao gerente/diretor/presidente. Em outras ocasiões vi a mentira levar vantagem, como na nossa maravilhosa justiça e em imbróglios com parentes e familiares . . .
Amigos X Colegas
Amigos são confidentes e colegas são pessoas com interesses comuns. Assim todos os empregados de uma empresa são colegas, o mesmo acontecendo com os alunos de determinada escola. O mais interessante é que o numero máximo de amigos está por volta de 7. E mesmo entre os 7 teremos o "alter ego". Existem amigos que não vemos sempre e nem com os quais conversamos toda semana. São amigos porque todas vezes que os procuramos eles nos recebem bem e não se negam a nos ajudar. O numero 7 parece ser o máximo possivel (afinal não temos tempo hábil e investimento para mantermos mais que isso nos dias de hoje). Muitos no entanto tem apenas um amigo ou então nenhum. São em geral pessoas anti-sociais, que se voltam para o proprio umbigo, sempre preocupadas apenas com seus familiares e problemas. Na minha opinião são pessoas pouco inteligentes, pois amigos fazem muito bem para a saúde, como aliais já foi comprovado por pesquisa cientifica. Por fim, alguns se contentam em ter animais de estimação, principalmente cães, que são os animais que mais se adaptaram ao convivio com seres humanos. Realmente, quando vejo alguem tratar um cachorro como filho , concluo que essa pessoa não deve ser muito feliz, devido ao pouco potencial emocional que ela demonstra.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Seu filho pode conseguir mais do que você com menor esforço . . .
Ouvi a frase acima hoje dita pelo Mauro da CBN. É a pura verdade, caso seu filho queira te ouvir e você tenha o que dizer e acrescentar. A ideia parece ótima: conseguir mais dinheiro, status, amor e saude com menos esforço. Essa me parece uma boa definição de inteligência e do mister de engenheiro: obter o melhor custo benefício. E como se consegue isso ? primeiro escolhendo uma boa escola para o seu filho. Depois ajudando-o a escolher uma boa profissão, que seja agradável a ele e que tenha o retorno financeiro necessário para uma vida digna. E por fim orientando-o sobre relacionamentos, não se omitindo e sempre prevenindo, ou seja, agindo de forma estratégica e com bom senso. Quantos pais estão em condições de fornecer essas dicas preciosas aos seus filhos ? Muitos poucos com certeza porque poucas são as pessoas bem informadas em nossa sociedade. Nem mencionei aqui as boas regras de higiene e alimentação porque essas em geral são ensinadas pelas mães e são "marteladas" ad infinitum pelos meios de comunicação.
My Life
Até hoje meus artigos sempre foram sobre acontecimentos que presenciei ou de que tive conhecimento, através de leitura na internet, livros, revistas, jornais, pesquisas. Pouco escrevi sobre a evolução da minha vida. Fazendo uma retrospectiva o que mais me marcou foi a evolução constante, o aprofundamento em todas as questões, emocionais, materiais e morais. Hoje sei que minha trajetoria é muito diferente da média das pessoas e por isso mesmo cheguei mais longe que a maioria dela. Não mais longe em bens materiais. Nesse quesito muitos possuem mais do que eu. No entanto, em termos de auto-conhecimento e auto aperfeiçoamento nos relacionamentos fui longe. É claro que tenho muitos defeitos e quem nos os tem. Estamos aqui no mundo para evoluir. Essa é a lei suprema e deveria ser o objetivo de todos.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Os quatro amigos
Durante o final da minha adolescencia e inicio da juventude, após ter entrado na universidade, fui "promovido" ao convivio com meus amigos mais velhos. Não sei exatamente como o processo ocorreu, a verdade é que o fato de ter me livrado do vestibular e minha maturidade para ser aceito por amigos até 5 anos mais velhos foi decisivo. Nos passamos a sair todos os sabados a noite. Cada sabado era com o carro de um dos pais, pois eramos dependentes, exceto o mais velho, que trabalhava na empresa paterna. O interessante é que embora nos encontracemos todos os sabados, pouco contato tinhamos durante a semana, quando cada um estava ocupado com os estudos ou com o estudo/trabalho. Foi um periodo de alienação e de pouca profundidade nas interações. Algumas dicas me foram dadas porque dois deles cursaram tambem engenharia. Nosso grupo era desfalcado cada vez que um de nos arrumava uma namorada. Sobre o assunto namoro não conversava com meu amigos. Parece que tudo se resumia em ir ao cinema, beber e se divertir, sem maiores preocupações e consequências . . .
As mudanças de endereço
Não conheço ninguem que tenha mudado mais de endereço do que eu. Reflexo da vida conturbada que tive, eu mudei de endereço 5 vezes em 8 anos(1989-1997). As mudanças foram decorrentes de casamento, divórcio e troca de emprego. Como eu não estava preso a um financiamento imobiliario as mudanças eram facilitadas. Morei na João de Santa Maria, na Irmão Pio, na Av. Santo Amaro, na Crisoberilo e na Itatiaia. Muitas mudanças foram traumáticas e todas elas foram feitas com a ajuda de amigos. Em alguns endereços fiquei "acampado". Alguns imovéis eram do meu pai e outros eram próprios. A verdade é que cansei de tantas mudanças. Hoje existe apenas uma possibilidade de mudança, novamente para a Crisoberilo, que dependerá de muitos fatores imponderáveis no momento. Meus pais tambem mudaram muito (7 vezes): viveram na Antonio Marcondes, Ten Paulo Alves, Pierre Curie, João de Santa Maria, Crisoberilo, Dom Bernardo Nogueira e Visconde de Inahuma. Só que fizeram isso em 36 anos (1962-1998).A media em São Paulo é de uma mudança a cada 11 anos. Conheço parentes que nunca mudaram de endereço: estão no mesmo lugar a 40, 50 anos. A desculpa que dão é que a casa é propria . . .
O emprego do status e das mulheres bonitas
Em 1994 encerrou-se minha participação na Kodak e iniciou-se na General Motors, mais precisamente no Banco General Motors. O emprego era na área de auditoria mas era distinto do meu emprego anterior, pois tratava-se basicamente de uma financeira e eu nunca havia financiado nada na minha vida. Por isso tive de aprender novamente o ofício, agora basicamente auditoria financeira. Na Kodak era mais auditoria operacional e de sistemas. Ou seja, sempre tive de dedicar-me a aprender na minha vida profissional. No entanto, a GM era um lugar agradável de se trabalhar e com o plano real seus negócios estavam em ascensão. Além do status (e do salário) que o cargo de auditor geral tinha por lá eu tinha muitas colegas de trabalho jovens e atraentes. O cargo requeria tambem a disponibilidade de viagens o que me permitiu conhecer todo o Brasil. Esses bons momentos duraram pouco porque em 1996 (dois anos depois da admissão) minha vida pessoal deu nova reviravolta com a separação e para acabar de vez com tudo, em 1998, com a empresa fazendo sua "re-estruturação" (demissão de quem ganhava bem) fiquei muito doente. Então foram 15 anos de vida profissional tumultuados com alguns anos de bonança e muitos problemas.
O emprego da inveja e da rivalidade
Meu primeiro emprego foi na Kodak no departamento de assistência técnica. Eu não sabia nada sobre a empresa e seus negócios e havia sido coaptado pela primeira impressão que tive do estagio e do departamento de recursos humanos, a qual havia sido muito boa. Na prática, o departamento de assistência técnica era ocupado na época somente por técnicos e minha turma era de engenheiros. Os técnicos ganhavam tão bem e os salários dos engenheiros iniciantes era tão baixo que abriu-se a janela de contratação de engenheiros pela empresa. No periodo de experiência fomos colocados a prova, em trabalhos junto aos tecnicos. Dos 7 engenheiros que iniciaram, 4 permaneceram no emprego, justamente aqueles que foram mais simpaticos ou que entraram no clima com os técnicos. No meu caso particular, eu parti para o confronto, pois não sou de "baixar a cabeça" e como resultado fui transferido para o departamento de informática, graças a política de desenvolvimento de pessoal. No departamento de informática trabalhei como analista de telecomunicações e tive de aprender novamente a função. Fui designado para viajar a trabalho e de novo minha função despertou a inveja de um fulano e tive, mais uma vez, de ser transferido. Desta vez fui parar na auditoria, outro departamento que eu não fazia ideia da função. Novamente tive de aprender o ofício e lá progredi na carreira e trabalhei durante 6 anos. Resumindo: devido as vaidades alheias tive de aprender três ofícios, todos distintos de uma forma ou de outra da minha formação inicial.
A universidade das poucas mulheres e da competição
Já devo ter comentado outras vezes sobre como a POLI e a Universidade de São Paulo marcaram a minha vida. Eu era muito jovem (tinha 17 anos) quando entrei na USP. E nessa época, em que os hormônios masculinos estão a toda, eu estava em uma turma de 545 homens e apenas 55 mulheres. A competição pelas mulheres e pelas opções de qual engenharia cursar marcaram todos aqueles 5 anos. E competição é o oposto da amizade. Aquele que está competindo com você é seu rival e não seu amigo. Apesar de vários colegas do colegial terem entrado comigo na POLI, eles não eram meus amigos e não seria na POLI que eles se tornariam. Apesar disso, durante aqueles anos fiz pelo menos uma amizade: o Lincoln. Infelizmente essa amizade não permaneceu até os dias atuais. A outra amizade foi o Luis Fernando, que não era amigo no colegial, mas conhecido de vista, que se tornou o amigo de verdade e que permaneceu até hoje. Naquela epoca, os alunos eram alocados nas classes pelo nome, e, dessa forma, por eu me chamar Marcos, minhas colegas de classe eram as Marias qualquer coisa. Era a classe com maior numero de mulheres. Eu era uma espécie de outsider e meus colegas mais próximos eram aqueles que almoçam comigo no restaurante universitário, o que os colocava entre os mais pobres, por morarem longe ou por não terem dinheiro ou transporte para almoçarem no shopping, por exemplo. Desses amigos, o Marcelo desistiu no final do primeiro ano e o Marcos José no final do segundo. O Lincoln não conseguiu pegar a opção de eletrônica mas continuou até se formar. Eu era, portanto, uma espécie de sobrevivente. Lembro-me de ter sido convidado uma única vez para uma festa de final de ano com amigo secreto. Foi uma iniciativa de uma menina, que depois largou a POLI e foi fazer Arquitetura na FAU. Ela morava em um condominio de alto padrão e foi ótimo sentir aquele clima de confraternização. Foi o momento de felicidade mais marcante daqueles anos . . .
O colegial dos poucos amigos e da competição
Minha experiência no colegial foi muito pobre em termos de amizades. Embora durante aqueles três anos eu tenha sido ajudado por meus colegas de carteira, a competição era estimulada e com ela houveram poucas possibilidades de fazer verdadeiros amigos. Tenho de reconhecer que provavelmente tambem o fato de eu pertencer a uma classe economica aparentemente inferior, aliada a distancia fisica entre a minha casa e a dos colegas, e a diferença de credos (havia muitos judeus naquela epoca na escola), contribuiu para que as amizades não se consolidassem. Embora meus pais tivessem uma situação economica-financeira confortável, a realidade era que eles eram muito preocupados em fazer uma carteira de imóveis, visando uma aposentadoria tranquila. E essa atitude tirou da minha adolescencia e juventude muito do que seriam "anos dourados". Daqueles colegas sobrou apenas o Luis Fernando, assim mesmo porque nos aproximamos na época da POLI, já que ele não era meu colega de classe. E o que nos aproximou foi uma atitude gentil e solidaria da parte dele: ele me dava carona as vezes, para eu fugir da cidade Universitária, quando minha irmã ficava com o carro. E isso somente era possível porque ele morava na Aclimação, local que ficava no caminho do Jardim da Saude, onde eu morava e tambem porque ele decidiu fazer engenharia eletrônica.
O ginasio dos três amigos
Meus maiores amigos do ginasio eram tambem inteligentes. O Roberto Carlos era o primeiro da turma. Eu era o segundo e imagino que o Valdemir fosse o terceiro se tanto. Era um colégio particular de periferia, com poucos alunos (2 classes) e relativamente próximo de nossas casas. Nós eramos muito unidos e lembro-me de termos ido em um salão do automóvel e uma vez pelo menos no playcenter. Era o que podiamos fazer, pois tinhamos 13 ou 14 anos. O destino nos separou na passagem do 1o para o 2o grau. No entanto, encontrei o Roberto Carlos na POLI e soube que o Valdemir tornou-se médico, pela PUC de Sorocaba. O Valdemir era um negro muito inteligente e imagine como deve ter sido para ele formar-se médico nos anos 80. Ele tinha alguma predileção pela Igreja Católica mas nunca conversamos a respeito. Reencontrei o Roberto Carlos um par de anos atrás. Estamos reanimando nossa antiga amizade. Tem sido ótimo conversar sobre o que aconteceu nesses anos todos em que seguimos nossa vida. Tambem tive noticias sobre os demais colegas da turma de ginásio. Muitos conseguiram sucesso em suas vidas profissionais e foram até objeto de reportagem do jornal do bairro.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
O quarteirão dos 5 engenheiros (as)
Hoje me peguei lembrando dos meus amigos de infância e vizinhos. Analisando como nós nos direcionamos em relação ao estudo e escolha da profissão constatei que a maioria, ou seja, 5 formaram-se engenheiros, sendo 3 homens e 2 mulheres. O mais curioso e que todos cursaram universidades/faculdades diferentes: Mecanica na Unicamp (Nelson), Mecanica na FEI (Alvaro), Eletronica de Telecomunicações na POLI (eu), Alimentos na Maua (Beth) e Civil no Mackenzie (Marcia). Essa constatação é até certo ponto surpreendente, pois engenharia não é uma faculdade fácil e muito menos procurada por mulheres (nessa época eram cerca de 5% dos alunos). Estudar engenharia significava não poder trabalhar e para aqueles que entraram em faculdades particulares isso queria dizer um custo para as familias. Naquela época (anos 80) nem fazer faculdade era algo muito comum. Salvo uma exceção ou duas, todos os meus contemporâneos cursaram o ensino superior. Ainda tivemos 2 administradores de empresas, 1 psicologa, 2 dentistas. Todas profissões de relativo status social. O "aproveitamento" em termos de amigos (as) por familia foi de 66% (dois de três filhos) a 100% (casais de filhos onde ambos cursaram ensino superior). No vestibular os mais bem sucedidos foram minha irmã e eu que cursamos a Universidade de São Paulo. Na vida profissional (onde muitos fatores interveem) foram minha irmã e a Beth. Os demais foram ficando pelo caminho ou então obtiveram posições sociais intermediarias. Devemos lembrar desde o começo dos anos 80, até aproximadamente 2004, foram anos de grandes crises e problemas economicos aqui no Brasil, e isso, certamente, afetou a toda a minha geração.
Para solucionar um problema o primeiro passo é reconhecê-lo
Segundo o artigo que escrevi sobre a síntese, as informações podem ser condensadas a grosso modo em três áreas distintas: relacionamento, saude e dinheiro. Com exceção do assunto dinheiro, que interessa a todas pessoas indistintamente, porque todos precisam sobreviver e mesmo os muito ricos precisam manter suas riquezas, os outros dois podem ser marginalizados, pois se o individuo não está doente, por exemplo, ele tende a esquecer o assunto saúde (de novo temos a sutileza aqui: aquilo que as pessoas não veem ou sentem tende a não ser considerado). O mesmo vale para o assunto relacionamento: se o individuo não está procurando uma parceira(o) ou está feliz com a sua companhia atual, ele tende a esquecer esse assunto e a não se interessar muito pelo mesmo. Poucos consideram a possibilidade de mudar, por medo e por temer as consequencias para a familia. Essas informações são uteis como prevenção, ou seja, para a tomada de decisão e para aqueles que consideram areas de prováveis problemas que podem ser evitados.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Mulheres Jovens e Inteligentes
Sabemos que cada pessoa tem uma necessidade, uma carência. E o que é importante para uma pessoa não é para a outra (ver artigo sobre a pirâmide de Maslow). Lembrando disso, gostaria de comentar uma pesquisa que aconselhava os homens a casarem-se com mulheres jovens e inteligentes. Aqui temos mais uma discussão: o que seria inteligencia, pois as inteligencias são várias, segundo Gardner. Supondo que falemos da inteligencia considerada pelas pessoas "normais", os cursos de maior status da USP seriam os lugares das mulheres jovens e inteligentes. Frequentei a Escola Politecnica, a Escola de Administração e Economia e tive contato com a Odontologia. Pois as mulheres "jovens e inteligentes" não me atrairam. A verdade é que naquela epoca, as mulheres da USP não estavam entre as mais bonitas. Considerando o artigo sobre as meninas bonitas e sobre atração sexual, percebe-se a minha dificuldade de encontrar uma pessoa que me agradasse. Sou muito exigente pelo que observo agora. E talvez eu não seja tudo aquilo que minhas candidatas gostariam que eu fosse. A verdade é que sempre procurei e só fui achar com a ajuda da tecnologia e da evolução das mulheres mas isso é uma outra historia.
domingo, 3 de outubro de 2010
Meninas bonitas podem ser menos confiaveis
Pois é ! O Gikovate levantou a "lebre" . . . meninas bonitas podem ser mais facilmente "estragadas" pelos pais e na vida adulta, devido ao grande numero de pretendentes, poderão ser pouco confiáveis , ou seja, poderão trocar de parceiro com facilidade e mesmo trair. Tive experiencia pratica com meninas bonitas, tanto quando crianças, quanto adolescentes e jovens adultas e pude verificar que a "estragação" acontece mesmo. Ainda mais se a menina aqui no Brasil for uma loirinha de olhos azuis linda: pela raridade será em geral ainda mais beneficiada. Sabe-se que até na hora de bater os pais batem menos nos filhos bonitos . . .
Meninas bonitas estragadas
Observação postada pelo Gikovate no twiter hoje me fez pensar: Ele dizia que os seres dotados de beleza fisica superior (acho que em particular nas meninas, onde a beleza é mais socialmente valorizada) eram muitas vezes mais mimados, imaturos, egoistas e pouco desenvolvidos do ponto de vista emocional. Fico triste porque pude comprovar essas observações na prática. O pior é que uma vez adultas, essas meninas irão atrair mais intensamente os olhares dos moços e então, aquilo que promete ser melhor do ponto de vista do sexo (beleza) pode muitas vezes não corresponder do ponto de vista do amor. Aquela formula do "bonita, rica, inteligente e jovem" me parece agora mais improvável: bonita e rica tenderá a ser imatura e egoista. A solução da equação poderá ser inteligente e jovem e não tão bonita e rica . . .
Talento
Ainda quando era criança foi-me ensinado a diferença entre talento e dom: dom seria algo com que nascemos, como por exemplo capacidade musical apurada. Já talento seria conseguido por esforço próprio e incluiria habilidades em várias especialidades ou uma grande inteligencia. Na prática ambos se confundem um pouco. O interessante é que o que é talento para uma pessoa pode não ser para outra: depende do contexto. Isso percebe-se nas empresas, onde agora virou moda a função de desenvolvedor de talentos (antigamente era a função de desenvolvimento de pessoal). O que é um talento para uma pequena empresa nacional pode não ser para uma grande multinacional. O mesmo vale para cada tipo de empresa, como por exemplo uma empresa de bens de consumo ou uma empresa de bens por encomenda. As empresas sabem disso e normalmente, para diminuir seus riscos na contratação de pessoas, procuram empregados que exerceram funções similares em empresas concorrentes. É muito dificil alguem mudar da agua para o vinho na sua vida profissional. Outra caracteristica interessante do mercado de trabalho é que quanto mais especializado você é, em teoria menos concorrentes tem, no entanto, também menos empregos disponiveis para você existem. Muitos caem na armadilha de ficar somente estudando, evitando de começar no mercado de trabalho, e, no final, conseguem uma super qualificação, que os afasta ainda mais da possibilidade de obter um emprego.
Provas diarias da ignorancia do nosso povo
Povo por definição no antigo regime eram aqueles que não pertenciam nem a nobreza nem ao clero. Ou seja, 97% da população da França naquela epoca. Podemos dizer mais modernamente que o povo seja a maioria das pessoas de uma nação, o homem "médio" que tanto ouvimos falar em direito. Pois bem, exames internacionais mostram como nos brasileiros vamos mal em ciencias (exemplo PISA). O mesmo vale para matematica. Então não é de se admirar que tantos duvidem de provas materiais colhidas por peritos criminalistas competentes. Ainda tentam se fiar no fato de que não houve confissão nem testemunhas. Parecem crianças, que pensam que se ninguem viu suas travessuras e se elas não confessarem nunca serão descobertas. Algo parecido acontece com a estatistica: poucos conhecem o poder abstrato que advem dela. Isso fica claro quando existem eleições: muitos dizem não confiar nas pesquisas porque eles mesmos não foram entrevistados. É a ignorancia provada com todas as palavras que saem da boca do povo.
sábado, 2 de outubro de 2010
As loiras e o Brasil
Sabemos que as loiras são exceção no mundo, pois são originadas de uma mutação que aconteceu no norte da europa e que teve por objetivo tornar as mulheres mais atraentes para os homens (explicação segundo a teoria da evolução de Darwin). Outras pesquisas ficam fazendo terrorismo, dizendo que as loiras irão acabar com a miscigenação sabe-se lá quando. Os países que mais tem loiros continuam a ser os nórdicos, talvez porque sejam economias fechadas e com pequena imigração. Aqui no Brasil existem loiras de todas as etnias: portuguesinhas, espanholitas, alemãzinhas, polacas . . . junto as loiras existem meninas muito claras, que possuem cabelos castanhos claros e faces rosadas. Com a mistura de raças que acontece por aqui acho que as loiras realmente irão acabar um dia no futuro. No colegio alemão dos meus sobrinhos existem algumas loiras mas elas são a minoria, o que parece comprovar essa teoria. A tintura loira para cabelo só fica boa para mulheres que são naturalmente claras. Caso contrario o resultado será muito artificial e portanto no minimo estranho. Uma vez vi uma exceção: era uma escola primária no interior do Rio Grande do Sul, região da serra: quase todos os alunos eram loiros. Muito provavelmente em função do isolamento da comunidade, como no caso dos países nórdicos.
Atração Sexual
Será que a atração sexual é apenas visual para os homens ? Em um primeiro momento acho que sim. Tanto que o padrão de mulher que aparece nas novelas, comerciais, telejornais e revistas é sempre o mesmo. Ou seja, onde existe a imagem o padrão se impõe. Isso tambem acontece nas empresas privadas: consideradas duas candidatas mais ou menos com a mesma capacidade, provavelmente a mais bonita ficará com o emprego. Com relação a quem escreve livros ou editoriais podemos ter surpresas: as vezes textos inteligentícimos são escritos por mulheres feias e nos só nos damos conta disso quando mostram uma foto delas na contracapa, por exemplo. O mesmo vale para quem se apaixona pela voz sensual de uma mulher ao telefone: a realidade pode ser bem diferente da imaginação. Eu preciso das duas coisas: atração fisica e intelectual. Só intelectual ou só fisica não é suficiente para a minha aproximação emocional.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Contribuições dos Imigrantes - Instituições
O Brasil, e São Paulo em particular, recebeu imigrantes de praticamente todos os países do mundo. E esses imigrantes construiram instituições significativas, como hospitais: Alemão (Oswaldo Cruz e Santa Catarina), Sirio e Libanês, Judeu (Albert Einstein), Japonês (Santa Cruz), Italiano (Matarazzo), Portugues (Beneficência Portuguesa) ; escolas: Benjamin Constant, Porto Seguro, Dante Alighieri, Pioneiro, Renascença, Suiço-Brasileira, Graded School, Miguel de Cervantes; igrejas: Luterana, Presbiteriana, Anglicana, Templos Budistas, Catedral Ortodoxa. Igrejas católicas e colegios idem são a maioria, pois italianos, portugueses e espanhois são predominantemente católicos. É muito comum a religião estar por trás de hospitais e escolas, porque os pais em geral querem que seus filhos pequenos cresçam e sejam educados segundo suas ideologias e crenças. No entanto, a parte mais próxima da maioria da população são os restaurantes: temos milhares deles em São Paulo, em quantidade proporcional aos representantes das diversas etnias. Assim sendo, existem muito mais restaurantes italianos que alemães. Uma curiosidade são os restaurantes portugueses, que são em pequena quantidade. Os imigrantes se concentram em certos bairros, local que em geral ficam os restaurantes e igrejas. As escolas cresceram e recebem alunos de todas as origens. Existem cultos que são proferidos na lingua do pais de origem dos fieis. Como brasileiros que somos, embora de origens portuguesa e italiana, temos sobrinhos na escola alemã, gostamos de comida italiana e de churrasco,vamos em casamentos em qualquer igreja para a qual formos convidados e temos amigos de praticamente todas etnias.
A exploração e o desenvolvimento
Morar em São Paulo possibilita-nos explorar pontos turisticos, restaurantes, museus, igrejas, histórias de etnias. O catalisador e fonte de informações preciosas é o jornal. Obviamente não qualquer jornal mas aquele que corresponde aos anseios das pessoas sedentas de conhecimento. O mesmo vale para aqueles que querem se aprofundar nos misteres de suas profissões. Outra vantagem de morar em São Paulo é que temos influencias de todo o mundo que ficam registradas em restaurantes, igrejas, templos e monumentos. Tudo isso esta a disposição de qualquer um que se disponha a explorá-los, pois os acessos são em geral gratuitos. Com a ajuda da internet pode-se obter a localização e informações adicionais sobre os pontos turísticos. A variedade é muito grande e podemos passar todos os 54 finais de semana sem repetir o mesmo passeio. Basta querer.
Profissões de nivel superior e empregos
Existem profissões saturadas e outras em que os empregos se concentram no serviço publico. Por fim tambem existem profissões que são apenas disponíveis em grandes empresas. No serviço publico por vezes passam-se anos até que um concurso seja aberto e depois mais alguns anos até que os aprovados sejam chamados. Nas grandes empresas temos uma concorrência muito grande e um nivel de estresse muito alto tambem, além dos salarios iniciais serem baixos. Portanto não existem caminhos fáceis para ficar-se rico trabalhando-se de empregado ou funcionário publico. Exceção são as carreiras de juiz e promotor, pois existem concursos todos os anos ou então as carreiras militares. Outra exceção é a carreira de médico, devido a grande demanda existente. Em outros paises, que possuem facilidades como na comunidade europeia, os jovens recem formados, que não encontram emprego em seus paises de origem, emigram em busca de oportunidades. Aqui no Brasil, sem essas facilidades, era comum que o recem graduado que não encontrava emprego partisse para a pós-graduação com bolsa do governo. Em teoria estaria se habilitando a carreira docente universitária. Na falta de emprego como professor, poderia tentar um emprego na iniciativa privada com melhor qualificação ou então um concurso publico de provas e titulos. Conheço pessoas que ficaram "no limbo": formaram-se e nunca conseguiram um emprego e remuneração condizente com sua formação e instrução. Tanto esforço, dedicação e gasto financeiro para nada ! Uma das maiores frustações na vida de uma pessoa . . .
Assinar:
Postagens (Atom)