segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Função de Auditoria

Já comentei sobre que é sutil é pouco percebido e entendido pelas pessoas. A função de auditoria é um desses casos. Muitas pessoas não entendem que alguém tem de fiscalizar o bom andamento e as diretrizes nas empresas. Mesmo porque essa preocupação em geral somente existe nas grandes e sofisticadas empresas, muitas delas multinacionais, que são muito poucas aqui no Brasil. O auditor verdadeiro, aquele que honra a profissão, pode ter várias especialidades. No entanto, nossa cultura brasileira não favorece esta profissão. Enquanto nos Estados Unidos, de cada 10 profissionais que se formam em finanças 3 ou 4 são auditores, aqui no Brasil, exceto os auditores das firmas de auditoria independentes, que se limitam a revisar os demonstrativos financeiros e contabéis, temos poucos profissionais. Esses auditores contábeis independentes tem seu oficio garantido pelas leis das sociedades abertas e são fiscalizados. No Brasil é assim: somente o que é exigido legalmente é respeitado e as vezes nem isso. Outro fato interessante sobre a profissão, em particular na auditoria interna, é que até mesmo os Diretores Financeiros, que seriam os mais interessados em ter uma auditoria interna forte, muitas vezes não destinam recursos adequados para essa função e reclamam dos resultados obtidos. Suspeito que ajam assim porque a auditoria traz problemas para eles resolverem e muitos simplesmente não querem saber de problemas, preferem empurrar com a barriga.

Um comentário:

Van der Camps disse...

O Auditor somente pode auditar aquilo que ele compreende. Isso o obriga a estudar constantemente e se aprofundar em muitos assuntos díspares, ao contrário de todos os outros profissionais que fazem sempre a mesma coisa e se especializam em algum ramo do conhecimento, até atingirem a perfeição. Bem exercida, a função de Auditor Interno de uma multinacional te levará a ser uma pessoa eclética, conhecedora de todos os departamentos de uma empresa e de seus meandros. Não é pouca coisa não . . .