quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dificuldades para a sobrevivência de multinacionais

Sabe-se que pouco mais de 2% dos empregados brasileiros trabalham em empresas multinacionais. Nos ultimos anos muitas dessas empresas foram vendidas aos grandes grupos nacionais ou então diminuiram muito de tamanho. Temos aqui no Brasil empresas de todo o mundo, que são atraidas pelo nosso imenso mercado consumidor ou por outras oportunidades. Muitas vem para ficar. Outras tentam se estabelecer mas sucumbem as dificuldades intrinsecas. A facilidade da lingua e cultura atrai empresas de origem latina por exemplo. Isso é natural. No entanto, temos tambem laços com o Japão e com a Alemanha, paises de lingua muito diferente do portugues. Finalmente, empresas inglesas e americanas são poucas por estas bandas mas tambem estão presentes. Muitas dessas empresas eram ilhas de bem estar para os seus funcionários e foram vendidas a grupos brasileiros, como a American Express (comprada pelo Bradesco) ou o Banco de Boston (comprado pelo Itau). Outras devido ao grande numero de empregados brasileiros tiveram de ser mais brasileiras, com o caso da General Motors. Muitas são empresas de tecnologia que empregam relativamente poucos empregados. Esse era o caso da Kodak nos seus áureos tempos. A necessidade de servir a duas culturas aumenta o custo da empresa imagino eu e portanto somente se seu mercado (representado pelos seus clientes) for muito lucrativo a empresa crescerá. Outro exemplo de empresa americana que deixou o Brasil foi a Esso, vendida para a Cosan, empresa nacional ligada a produção de alcool. Caso o mercado seja muito lucrativo atrairá a cobiça de outras empresas, muitas delas nacionais, que podem tem acesso a emprestimos subsidiados do governo brasileiro, por exemplo. Acho que as maiores empresas americanas aqui no Brasil são a Ford e a General Motors. A construção civil sempre foi dominada por empresas nacionais e tem por caracteristica empregar a mão de obra de mais baixo nivel educacional (operarios). Resta a fronteira da tecnologia da informação e seus gadgets onde temos novamente muitos players, entre eles algumas empresas americanas de peso mas que empregam relativamente poucas pessoas.

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