Triste ouvir isso. Cada um defende o seu é a prova do egoísmo existente e a falência da Fraternidade. Precisamos defender o nosso. No entanto é assim que a maioria pensa. É assim que funcionam os poderes judiciário,legislativo e executivo. É a terra dos linguães. É a teoria da "farinha é pouca meu pirão primeiro". Do que quem tem mais quer sempre mais. Na crise esse tipo de atitude aumenta exponencialmente. Os chefes são os primeiros a defenderem seu cargo e salário e os primeiros a puxarem o tapete de quem pode ameaça-los. E por aí vai: no casamento as relações azedam porque são mantidas apenas para não dividir o patrimônio. Nas famílias irmão desconhece irmão, pensando em seu benefício próprio. Brigas por migalhas se acirram. O único lugar onde algo de bom acontece é na concorrência entre empresas sérias. Essa concorrência cria oportunidades. Como disse Platão: aprender é mudar posturas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
14 comentários:
O Gikovate vê esse tipo de atitude até entre irmãos com relação aos pais. Na prática pais não são gênios do bem e da sabedoria. A maioria em geral passa por ciclos comuns a sua sociedade, idade, história familiar, como Freud imaginou no começo do século XX.
A lei é a mínima possibilidade ética entre duas pessoas, organizações, países, etc etc etc
O governo é o primeiro a defender o dele. Triste que seja assim. O Brasil dos progressos e dos retrocessos . . .
Nas empresas era a mesma coisa: cada departamento era um feudo com um senhor feudal, defendendo seus interesses e protegendo seus empregados. E a Auditoria sendo o malvado da história, querendo que as coisas fossem bem feitas, a justiça prevalecesse e a verdade vencesse.
Cada um defende o seu é a atitude do interesse ao invés da amizade verdadeira, da reciprocidade ao invés da lealdade, do sexo ao invés da sexualidade, do egoísmo ao invés da Fraternidade.
Todas as propostas comerciais tem um de dois fundamentos: a empresa está precisando aumentar as vendas, por qualquer motivo. Tenta portanto fazer o que é melhor para ela e nem sempre melhor para o consumidor. É o caso mais comum atualmente. Outro caso é que a empresa quer fazer um agrado aos seus consumidores fieis, com a intenção de que eles não migrem para a concorrência. Mais rara, essa atitude também acontece, como na redução da tarifa do banco, isenção de anuidade no cartão de crédito e concessão de acessórios na compra de carro novo. São mimos e que todos gostam.
Até países fazem isso. Veja o caso de Portugal que sob condições está disposto a receber os brasileiros que em outras épocas eles escorraçaram.
Entrar com um processo significa defender o seu . Todo ano dão entrada no Fórum 25 milhões de processos. Ficar pedindo coisas, fazendo propostas "se colar colou", fazer manifestações e greves como funcionários públicos, ganhar salários indecentes no serviço público, tudo isso é "defender o seu". Nosso mundo é feio mesmo . . .
Roubar o cliente, tendo margens de lucros indecentes também é "defender o seu". Fazer exames médicos periódicos, comprar remédios, levar uma vida saudável é "defender o seu". Querer ser atendido imediatamente, ser único e exclusivo, o mais importante é também "defender o seu".
Mentir, ser desonesto, dissimulado, hipócrita é "defender o seu" porque visa levar vantagem ou se defender por ter feito algo imoral.
Nas heranças cada um "defende o seu" e não fica satisfeito.
Tem até um ditado português que mostra essa triste realidade: Quem parte e reparte e não pega a maior parte ou não sabe do enredo ou é bobo.
Imagine convencer um animal ignorante que o critério de repartição é justo, como no caso de uma partilha de inventário. É o mesmo em caso de sociedade. Trata-se de uma questão de valores mais que preços. A arte, o conhecimento e a sabedoria são eternas. O resto não . . .
Estou lembrando de situações onde egoístas "defenderam o seu" em prejuízo de irmão, filho, mulher. É muito comum "defensores do seu" neste mundo feio em que vivemos.
Postar um comentário