sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Chega um momento que a distância entre o razoável e o excelente torna-se impossível de ser transposta

Isso acontece em uma cidade como São Paulo. Exemplos: Quando o Clube Atlético Paulistano foi fundado, ser sócio com certeza não exigia ser milionário ou bilionário. Hoje em dia para ser sócio somente por herança. Quando o Jardim Europa foi loteado, os lotes foram vendidos a prazo. Os emergentes da época compraram seus lotes e muitos nem eram milionários com certeza. Quem quiser morar lá hoje tem de ter muito mais dinheiro que naquela época. Vale o mesmo até para casos mais simples como o prédio da fábrica de um amigo. Os colégios das elites estão em bairros com bom potencial econômico e muitos restringem o ingresso nas primeiras séries a parentes dos atuais alunos e filhos de ex-alunos. Como nesse momento da vida das crianças existe limitações logísticas é comum apenas alunos que morem próximos frequentarem esses colégios. No segundo grau pode haver alguma flexibilidade para alunos novos, inclusive por conta da autonomia conquistada pelos adolescentes. Precisamos lembrar que o ótimo é inimigo do bom. E os pioneiros inteligentes levam vantagens sobre os que vem depois. Sempre. 

5 comentários:

Van der Camps disse...

Isso também acontece com a assistência médica e o seguro saúde. Na prática, tudo que sobre acima da inflação tende a flutuar. É o princípio da concorrência: quanto maior o lucro de um empreendimento maior é a atratividade para concorrentes entrarem no negócio, exceto se houver algum tipo de barreira.

Van der Camps disse...

Acontece também com os bons empregos: as exigências são tantas que somente apaniguados conseguem preencher as vagas. E por ai vai: casamentos top, crianças top, viagens top. carros top, moradia top na porção europeia da cidade.

Van der Camps disse...

É assim principalmente com o desenvolvimento intelectual de filhos conforme já escrevi antes. Para atingir os píncaros da glória é preciso nascer superdotado e ter o apoio necessário.

Van der Camps disse...

Acontece também com os cemitérios aqui em São Paulo. Hoje em dia ninguém mais faz monumentos ou mausoléus, exceto talvez o bispo Edir Macedo.

Van der Camps disse...

É assim também com a ocupação dos bairros e o passar do tempo: chega um momento em que os terrenos acabam ou seu preço fica tão caro que inviabiliza novos empreendimentos. Pelo menos nas grandes cidades.