terça-feira, 23 de abril de 2013

O imposto de renda no Brasil

O imposto de renda no Brasil é em termos de eficiência do governo uma das instituições que melhor trabalham. O sistema de computadores que dá suporte a sua operação com certeza é um dos maiores do Brasil também. As pessoas que declaram estão entre aquelas que tem algum significado econômico-financeiro. Aqueles que não conseguem nem ganhar R$ 2.000,00 por mês estão isentos, caso não se enquadrem em outras premissas. No Brasil temos 200 milhões de pessoas onde no máximo 100 milhões exercem alguma atividade econômica. Desses 100 milhões, 50 milhões não tem vinculo empregatício e facilmente somem dos controles do imposto de renda. Dos restantes 50 milhões, 45 milhões devem ser assalariados com carteira assinada e desses 25 milhões tem de fazer a declaração de imposto de renda. Perceba como os números vão diminuindo conforma vamos analisando mais profundamente. Desses 25 milhões, a grande maioria tem uma conta bancária e uma conta poupança. Tem um carro que pode ser financiado e mora em uma casa também financiada, no máximo. Muitos não pagam escola particular para os filhos,portanto não tem grandes despesas com instrução. A grande maioria usa o SUS ou o plano de saúde patrocinado pela empresa, não tendo portanto despesas médicas significativas. Sabemos que somente 5% das pessoas tem dinheiro aplicado em fundos de investimento. Podemos trazer esse percentual para nossa amostragem sem grandes riscos, o que dará 1,25 milhões de pessoas. Perceba como quando a Dilma cortou os juros ela afetou uma pequena parcela dos brasileiros. Sabemos que os que aplicam na Bolsa de Valores são 650 mil pessoas físicas, com praticamente 120 ativos. Através desses dados podemos observar como são poucos aqueles que precisam preencher os anexos de ganhos variáveis. Além desses temos aqueles que tem de declarar a compra e a venda de imóveis e a apuração do lucro imobiliário. Aqui novamente o governo tem baixado leis que isentam várias pessoas de pagar esse imposto. Escrevi este artigo para mostrar que muitas pessoas não tem dificuldades ou maiores preocupações ao preencher sua declaração de imposto de renda porque suas vidas são muito simples em termos econômico-financeiro. Não são pessoas que interessam ao fisco. Um instrumento que o fisco usa muito para filtrar quem ele investiga é a variação patrimonial. Grandes variações patrimoniais positivas são indicativo de sonegação de rendimentos em anos passados e em geral merecem ser investigados. O fisco ano após ano vai se aperfeiçoando, fechando todas as brechas que os contribuintes imaginam, baixando leis que controlam os ativos mais representativos, como carros e imóveis, todo tipo de aplicação financeira, todo tipo de pagamento de salário por empresas de média para cima. Assim controlam os rendimentos do trabalho e do capital e os lugares onde eles são acumulados, que são os bancos. Para fugir do fisco somente abrindo uma empresa, porque a tributação é muito mais leonina com os rendimentos do trabalho assalariado do que com o lucro empresarial. Tudo isso eu vi na Kodak nos anos 80 e 90 e nada mudou desde aquela época, ao contrário, só piorou. Por eu ser curioso, eu sempre tive conta em vários bancos, sempre nos maiores deles. São esses bancos que oferecem o maior portfólio de possibilidade de investimento. A diversidade confunde as mentes mais fracas mas fascina as mais investigativas. Hoje em matéria no blog meu caro dinheiro, um especialista PHD afirmou: nem aqueles que passam 24 horas por dia estudando e trabalhando com um determinado mercado conseguem grandes lucros. Imagine então alguém amador . . .

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