quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Casamento: liberdade sexual não impede mágoa nem ressentimento


O casamento vem sendo um grande vilão. Homens e mulheres falam com frequência sobre suas infelicidades conjugais, amantes, separações e devaneios. O devaneio pela internet parece ser a droga do momento. Muitos vivem uma vida dupla, grande parte dessa é virtual. É impressionante a quantidade de insatisfação que a vida conjugal pode propiciar.  
As mulheres não são mais frígidas como as de antigamente, poucas reclamam disso e quando reclamam, culpam o parceiro que escolheram. Por sua vez, os homens esperam ter com suas esposas uma ardente vida sexual, mas se queixam da dura rotina do casamento e da falta de desejo e de criatividade delas.  Mesmo assim, quem se encontra fora do casamento quer casar e quem está dentro não sabe como sair. E quando fantasias amorosas ou relacionamentos são desfeitos levam ao pior dos lugares.
O casamento simboliza paz, harmonia, felicidade garantida e família feliz para as mulheres. Hoje, também para os homens. Esses, os homens, ainda ocupam o lugar de terem de sustentar uma família. Acreditam que podem ser felizes no casamento e temem a vida dupla, que antes era liberada. Quando percebem a situação infeliz em que se encontram, realizam a vida dupla sob forte culpa. As mulheres, hoje, também realizam a vida dupla. E claro, há muitas separações e novos casamentos realizados sob as mesmas regras: enorme investimento de ambas as partes, ela, no corpo e na festa; ele, no trabalho, para se tornar um bom provedor. E desilusão garantida pela transformação do amor em patrimônio, viagens e filhos.  A recém-conquistada liberdade sexual não é capaz de impedir que o casamento se torne o império da mágoa e do ressentimento.

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