A visão do zoologista explica tudo

Acabei de ler o Gene Egoísta. O livro teve a primeira edição em 1976. Com certeza eu deveria ter lido lido naquela época. Talvez tivesse evitado alguns erros. O livro explica o comportamento de muitas pessoas que se dizem humanas mas que estão bem próximas dos animais pelas suas atitudes e comportamentos. Quando a cultura não consegue domesticar um "ser humano" é de se esperar que sua origem animal prevaleça. É aqui que o livro se mostra útil: estudando animais na natureza podemos prever o comportamento desses animais humanos. Nossa leis são fruto da nossa civilização e da tentativa de domesticar os animais que vivem entre nós. A lei de Deus é a evolução. Acho que não é a toa que a lei de Darvin também é chamada de evolução das espécies. O egoismo é a natureza de todos os animais e sua generosidade vai somente até onde pode ajudar seus genes a prosperarem. O máximo que se observa é o altruísmo recíproco imediato. Altruísmo futuro no tempo não é observado nos animais. Devemos lembrar que os animais não envelhecem, ao contrário do homem. No livro são feitas várias hipóteses e o que muda o comportamento é justamente o imponderável: quando o jogo terminará. Quando mudam as condições muitos organismos mudam seu comportamento. Assim sendo, bactérias que são amigas do corpo humano podem mudar seu comportamento quando percebem que o corpo está perecendo. Esse seria a lógica entre os "ratos" que são amigos até o momento que lhes convém trair a amizade. Vale para familiares também. A lógica do trapaceiro existe e é uma atitude que pode ser selecionada pela teoria da evolução. Ou seja, a natureza não é um parque de diversões regido pelo ética cristã. A lei da selva existe mesmo entre seres ditos "humanos".  O comportamento mais adequado a ser utilizado depende do comportamento que os outros adotam. Perceba que tudo se trata de um conjunto complexo, onde existem traições e retaliações de todo tipo. Trata-se de uma luta pela sobrevivência física e emocional, onde a capacidade intelectual tem de ser dominante. A sobrevivência espiritual está garantida, com o preço do carma a pagar.