quinta-feira, 24 de maio de 2012

O diabo mora nos detalhes

E os advogados são detalhistas ! Um contrato tem tantas clausulas quanto a complexidade do tema exija. Além disso, modificações ao longo do tempo fazem os contratos (e os procedimentos das empresas) crescerem ao longo do tempo. A necessidade de se defender de possíveis brechas legais faz com que o contrato de um previdência privada ou de um consócio seja enorme. Vale o mesmo com relação aos financiamentos de todo tipo. Esses contratos tem vigência de anos ou décadas. Muita coisa pode mudar em um período de tempo tão longo: pessoas morrem, perdem o emprego, divorciam-se, vão a falência. O governo (ou o mundo) muda regras de política econômica (dólar e juros). Agora descobriu que vale o mesmo para casamentos, que são um contrato para o direito. A questão surgiu em função do segundo casamento: como fazer legalmente a sua vontade sem que ela seja mudada depois da sua morte. Sempre vivi no mundo jurídico: quando era auditor trabalhava junto com departamento jurídico. Meu pai era advogado. A vida me levou a vários processos, muitos injustos. Sou portanto uma pessoa com conhecimento e experiência muito acima da média das pessoas aqui no Brasil. Muitos amigos dizem que eu deveria ter sido ou que deveria me tornar advogado. Talvez no futuro . . .

4 comentários:

Van der Camps disse...

Como trabalhei na maior empresa do mundo pude ver provavelmente os contratos mais preventivos do mundo. Como grande empresa a GM era alvo preferencial de todo tipo de advogado oportunista, já que em caso de condenação o recebimento do botim era certo. O primeiro contato foi na assinatura do contrato de trabalho. Depois passou pelo procedimento de despesas de viagem e finalmente pelos contratos de financiamento, consórcio e leasing.
Que lição de direito !!!

Van der Camps disse...

Outro grande usuário da justiça são os bancos. Em função da sua atividade fim, tudo no banco é regulamentado, tudo é controlado e fiscalizado. São poucos bancos, com milhões de clientes, o que torna a fiscalização mais fácil. A própria necessidade faz os bancos serem o que são. Eu gosto de controles e por isso gosto de bancos também.

Van der Camps disse...

Mais o maior cliente é o governo: nesse caso ele é autor de milhões de ações todos os anos e é também réu em outros milhões. A justiça é paga pelo governo e ele mesmo é o maior usuário. Essa é a realidade aqui no Brasil.

Van der Camps disse...

Cada profissão tem seus mistérios e seus detalhes. Como a regra é cada um saber apenas da sua própria profissão fica aberta a possibilidade de todo tipo de erro ou engabelação. Os sites de reclamações e os processos judiciais são a prova de que muita coisa não funciona.