sábado, 12 de maio de 2012

Quando seus genes (ou suas estratégias) ficam obsoletas

Teoricamente seus genes estão programados para fazer o melhor para eles, que é se perpetuar. Acontece que para que consigam esse objetivo os genes adotam várias estratégias, que podem ser mais ou menos bem sucedidas. Quando o ambiente muda, genes obsoletos pode te levar as decisões erradas. Outra variável estudada no livro O Gene Egoísta, é a traição do indivíduo quanto a estratégia do grupo. Isso acontece quando os benefícios da traição superam em muito as possíveis penalidades. A obsolescência pode acontecer com comportamento também. Muito do comportamento de um indivíduo depende do comportamento do grupo. No livro é estudado o caso do acasalamento com quatro personagens: o macho fiel, a fêmea tímida, o macho audacioso e a fêmea rápida. O sucesso reprodutivo de cada estratégia depende da estratégia dos outros envolvidos. Outra conclusão do livro é a de que existe estados estáveis para os genes, onde a proporção dos mesmos não muda ou se muda tende logo para o equilíbrio novamente. São feitas análises para as diversas estratégias e o autor procura explicá-las sempre através do conceito do gene egoísta, de forma que até comportamentos aparentemente altruístas são na verdade comportamentos egoístas disfarçados. São analisados comportamentos em que indivíduos beneficiam o grupo, por exemplo. Até o suicídio egoísta é analisado. Os estudos são permeados por cálculos de probabilidade e aqui temos que são para o entendimento de poucos. Sabemos que ir contra as probabilidade é para poucos e a natureza nos mostra isso. Quem vai contra as probabilidades em geral deixa poucos descendentes e pode ser extinto. Comportamentos que não ajudam a perpetuar a espécia são fadados a desaparecer, segundo a lei de Darwin da evolução. Quer gostemos ou não, essa lei explica a existência dos trapaceiros. Um trapaceiro pode levar vantagem em algum período mas logo os afetados pela trapaça tendem a se aperfeiçoar e a desenvolver mecanismos para detectar a trapaça e eliminá-la. E assim a vida evolui, ao sabor do interesse de cada espécie, limitado pelo comportamento do grupo ou pelo do próprio indivíduo. Nossas lei são o exemplo de limites impostos ao indivíduo em benefício do grupo e vice-e-versa. No homem existe a cultura, que o torna muito diferente dos animais em geral. Nos animais existe apenas a natureza exercendo suas leis. Nos homens menos civilizados e mais próximos dos animais também deverão valer as leis da natureza e a sociedade somente restará puni-los através das prisões ou dos hospícios.

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