Muito do que as pessoas compram tem a ver com o sentimento de não se sentir "por baixo". É assim que quando o vizinho compra um carro novo muitos outros vizinhos tambem o fazem. É assim tambem que vamos de carro a um evento social, ao inves de irmos de onibus, por exemplo. O carro diz muito sobre o seu dono. Caso resolvermos ir de onibus, seremos diminuidos aos olhos dos outros convidados. Nossa especie ainda é muito visual. Para muitos não adianta ter dinheiro se não puder mostrar isso para o mundo e para os demais parentes/amigos. Acho que eles pensam: se vivo como eles, então é como se eu fosse um de deles. O lugar de moradia em uma cidade grande é algo que define muito da vida da familia, pois será ali que muitas relações serão estabelecidas, como amigos de escola dos filhos, vizinhos e hábitos de consumo. Ninguem gosta de se deslocar em uma cidade como São Paulo para terem suas necessidades básicas satisfeitas. A mobilidade social é visivel na moradia e no carro. Os deslocamentos diarios são para o trabalho, escola e saude (hospital/posto de saude). Saidas para diversão ou visistas são em numero muito menor. Isso reflete que as "necessidades" dominam a vida das pessoas. O lazer, a cultura, a conversa com os amigos, a visita a parentes, ficam em segundo plano e não geram volume muito grande de deslocamentos. Ou seja, caso não tenha necessidade, a tendência é de a pessoa ficar "morgando" em casa, provavelmente no computador em um joguinho ou na televisão. Ler um jornal ou um livro, ir a um cinema ou visitar um museu é para poucos . . .
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