quinta-feira, 17 de abril de 2008

SWOT's - Gerência por Objetivos

Apesar de ser antiga, a técnica de gerência por objetivos, que aprendi a uns 22 anos atrás, ainda me parece válida hoje em dia, por isso vou falar um pouco dela. Nessa técnica, para resolver qualquer tipo de problema, reune-se as pessoas envolvidas no processo e inicialmente se faz um "brainstorm", ou seja, deixa-se vir a mente qualquer idéia relacionada com o problema em questão, tendo-se o cuidado de colocar no papel essas idéias. Depois, lista-se, em folhas separadas, as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças referentes ao processo em questão. Forças e fraquezas são consideradas variáveis internas, que são passíveis de serem modificadas por esforço dos envolvidos. Oportunidades e ameaças são variáveis externas, até certo ponto não controláveis e que deverão ser aproveitadas (no caso das oportunidades) e evitadas (no caso das ameaças). Após listar e enumerar essas variáveis, colocamos as mesmas numa mesma folha de papel, no formato cartesiano e tentamos criar estratégias cruzando Forças X Oportunidades, Forças X Ameaças, Fraquezas X Oportunidades e Fraquezas X Ameaças. É fácil perceber que criar estratégias para forças e oportunidades é muito fácil e por outro lado, enfrentar ameaças com fraquezas é muito difícil. Por isso, na prática, devemos manter e conquistar forças, corrigir fraquezas, aproveitar oportunidades e evitar ou minimizar o efeito de possíveis ameaças. Um exemplo de "força" seria, por exemplo ter boa saúde. Um exemplo de fraqueza, poderia ser uma pessoa que ocupa um cargo importante e não tem ainda curso superior. Um exemplo de oportunidade: conhecer alguém (na infância, por exemplo) que depois tornou-se presidente de alguma empresa e pode lhe oferecer um bom emprego. Exemplo típico de ameaça: um sinistro, como um furto de automóvel, que pode ser minimizado com a contratação de um seguro.

5 comentários:

Van der Camps disse...

As forças podem ser seus contatos, seus conhecimentos, sua capacidade e seu brilhantismo para ter insights no momento certo. As fraquezas devem ser atacadas com coragem e quando não forem passíveis de correção tem de ser contornadas através de gastos adicionais, por exemplo. As ameaças devem ser neutralizadas e isso inclui romper relacionamentos, mudar hábitos, contratar seguros, evitar exposição a riscos desnecessários, escolha detalhada e minuciosa de fornecedores. Aqui no Brasil existem muitas ameaças e é fundamental para a sobrevivência evitá-las. Já as oportunidades em geral são poucas em qualquer lugar do mundo e devem ser aproveitadas sem hesitação. Resumindo: fortalecer-se sempre, combater fraquezas sempre, vigiar contra ameaças sempre e ficar de olhos abertos para oportunidades sempre.

Van der Camps disse...

Muitas vezes uma pseudo oportunidade na verdade esconde uma AMEAÇA. Foi assim na compra do apto que fiz: o preço mais baixo escondia problemas de documentação que deram muita dor de cabeça. Outra vez comprei um carro usado (teoricamente uma "oportunidade" pela raridade do modelo) de desconhecidos e por falhas no Detran enfreitei mais uma batalha para receber multas cometidas pelo ex dono. Aconteceram outros casos também. O risco aqui no Brasil é pagar preço cheio e levar coisas micadas. Você paga e tem de pagar de novo.

Van der Camps disse...

Já uma força é em geral sempre uma força e uma fraqueza é sempre uma fraqueza porque são variáveis controláveis e passiveis de medição. São palpáveis e a maior parte das pessoas que são limitadas em suas percepções as percebem como tal.

Van der Camps disse...

No amor e sexo também acontece de que uma suposta oportunidade se mostre uma ameaça, porque o comportamento depende do caráter e não está imediatamente escrito na testa da pessoa.

Van der Camps disse...

Vale o mesmo para alugar uma casa: o inquilo desejoso de alugar pode ser uma oportunidade ou uma ameaça. Abrir um negócio próprio pode ser uma oportunidade ou uma ameaça.