Uma das coisas que mais aprecio são pesquisas sobre comportamento e sobre "verdades" que se pregam por ai. Talvez por ter exercido uma profissão onde sempre tive que estar atento para as exceções eu me acostumei a ser tolerante e duvidar de certas "verdades". Por outro lado aprendi muita estatística, desde os tempos de colegial, onde tinha uma cadeira exclusiva dessa matéria, chamada "processamento de dados", que na realidade era probabilidade e estatística. Na faculdade continuou o estudo dessa matéria, uma vez que toda comunicação elétrica é uma questão de se vencer o calor (ou vibração) intrínseca da matéria que chamamos tecnicamente de "ruído" através de sinais suficientemente potentes, que apesar de sofrerem deformação ao longo do tempo, ainda assim poderão ser detectados com confiabilidade no receptor. Isso posto vamos ao título da presente postagem: Fizeram uma pesquisa com vinhos e seus respectivos preços. Só que fizeram uma "sacanagenzinha": trocaram os preços de algumas amostras, de forma que vinhos baratos apareceram como caros. Ai chamaram pessoas e pediram para que elas avaliassem as amostras, antes e após a troca de etiquetas de preços. Descobriram que as pessoas disseram que os vinhos com etiquetas caras (independente de terem sido trocados ou não) eram os melhores. Ou seja, o preço imaginado fez com que as pessoas classificassem vinhos baratos como bons. Essa pesquisa abriu um infinidade de questionamentos para a área de marketing em geral, já que sugere que o preço sozinho pode influenciar a opinião do povo. Como engenheiro que sou aprendi sempre a buscar o custo X benefício ótimo. Sei que sou exceção, pois a maioria das pessoas ou compra "custo" (preço) ----> sempre o mais baixo, por exemplo. Ou então compra "qualidade" -----> sempre o mais caro. A pesquisa analisada aqui diz que alguém pode ser "enganado" . . .pensando estar comprando "qualidade" (supostamente determindada pelo preço elevado) quando na realidade o produto em questão tem custo inferior ou baixo. Isso fica mais claro quando lembramos que o preço de um produto pode ter duas fórmulas básicas: empresa monopolistas ou oligopolistas aferem o custo e colocam sua margem de lucro em cima desse cálculo e o mercado é obrigado a pagar o preço imposto. Empresas que atuam em ambiente de concorrência perfeita ou quase são obrigadas a pegar o preço que o mercado paga por determinado produto e fazer o caminho inverso: chegar ao custo mínimo para maximilizar seu lucro. Este é o processo normal de determinação de um preço em termos econômicos. As exceções a estes processos é o que se chama concorrência monopolista, que em termos simples, é o que acontece com produtos de "griffe". Assim uma simples pizza pode custar R$ 20,00 reais no desconhecido disque pizza da esquina ou R$ 40,00 reais se vier da Pizzaria São Pedro por exemplo, mantida a mesma qualidade nos ingredientes. Em breve falarei mais sobre economia, uma assunto que sempre me atraiu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário