segunda-feira, 30 de junho de 2014

Casamentos na matéria

Vivemos provavelmente no momento mais materialista da história da humanidade. Existem várias causas e uma delas é o excesso de pessoas no mundo e a disputa pela sobrevivência que isso acarreta. Outra causa é o declínio da força das religiões cristãs em especial a católica. O reflexo disso é que os casamentos deixaram de serem apostas para serem cada vez mais apostas na matéria. As pessoas que se casam esperam ter uma carreira estabelecida e renda elevada em geral. Caso essa situação mude por qualquer razão não é raro que a pessoa eventualmente prejudicada divorcie-se, já que as condições planejadas mudaram. Vi muitos amigos casarem de olho no que iam ganhar materialmente. Aliais isso é o mais comum: um dos dois pode estar pensando em casar por amor e o outro não. É comum porque o número de egoístas é muito maior que o número de generosos ou altruístas e todos se casam em geral, mais cedo ou mais tarde. Um relacionamento fundado no amor pressupõe seres balanceados e plenos, que se comunicam bem e que tem muitas semelhanças no pensar e no agir. Acontece que o que move a maior parte das pessoas é a insatisfação com algo. De estar insatisfeito com algo e tomar a decisão de buscar nos outros é um passo. Afinal o dinheiro vem através dos outros, de uma forma ou de outra. Houve uma época em que a ideologia de hollywood era do amor romântico que superava todas as dificuldades. Foi apenas uma época, assim como o movimento hippie. Provavelmente algum aspecto transitório no céu de uma geração ou duas. O "nós damos um jeito" nunca esteve tão fora de moda. A longevidade e a dificuldade de acumular dinheiro podem estar por trás da morte do casamento romântico. O aumento das doenças mentais e emocionais também. O ego (eu) nunca esteve tão forte . . . 

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