Interessante matéria no jornal de hoje (Folha) mostra que os empresários somente recorrem aos consultores depois de terem tentado tudo para melhorar os resultados de seu negócio. Eles querem que a consultoria aumente as vendas ou o lucro. Os consultores por sua vez não resolvem os problemas, apenas apontam onde estão os erros. Ainda me lembro quando eu era auditor na Kodak: eu somente podia fazer uma recomendação se tivesse a solução para resolvê-la. Ou seja, eu tinha de me colocar no lugar do auditado e dizer-lhe como agir para resolver um problema ou prevenir a ocorrência de problemas no futuro. Já na GM era mais corregedoria que auditoria, pois eu só tinha de apontar o que estava errado. A operação mostrava claramente o que deveria ter sido feito, porque a atividade era altamente normatizada. Interessante essa definição de consultoria do jornal: o empresário está desesperado e o consultor é uma de suas ultimas esperanças, uma espécie de salvador da pátria. A lógica é a seguinte: para estar em dificuldades o empresário deve ter tomado muitas decisões equivocadas. A solução ele tentou com tudo o que conhecia. O consultor tem de ser muito mais experiente e sabio que ele, além de ter eventuais contatos estratégicos. Além disso sabemos que o consultor somente conseguirá trabalho por indicação, o que acontecerá se ele for bem sucedido nas suas "consultorias".
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Um comentário:
Segundo uma amiga que tem experiencia prática com consultoria os "empresários" mesmo sabendo que não sabem como conduzir seus negócios se recusam muitas vezes a seguir o que o consultor recomenda. Além disso, mesmo quando a consultoria é um sucesso e o negócio vai para a frente, os "empresários" recusam-se a admitir que foi o consultor que "salvou a pátria" e não o recomendam se alguém lhes perguntar como conseguiram sucesso. É isso ai: a vaidade humana e a presunção não tem limites, ainda mais entre os "empresários" brasileiros . . .
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