quinta-feira, 6 de junho de 2019

Quando a pessoa só faz o que é obrigada

Ela é um animal. É preciso fazer muito mais do que somos obrigados. A razão manda fazer muito mais. O que se faz obrigado é porque você tem medo da punição, seja privação da liberdade ou multa, no âmbito criminal. Seja o abandono e isolamento no âmbito dos relacionamentos. Seja a doença e as limitações no âmbito da saúde culminando com a morte. Você tem obrigações que a sua fé impõe. Você tem obrigações que a boa educação te impõe. Você tem obrigações que o bom senso impõe. E você tem a liberdade de fazer tudo o que a lei não proíbe. As pessoas comuns são previsíveis e como diz o Pondé não despertam a atenção do filósofo. A filosofia tem de causar espanto. E espanto é a mesma coisa que estatisticamente raro. Nesse sentido o Auditor é treinado para se espantar igual o filósofo. A raridade pode ser positiva ou negativa. Quando for positiva vamos ter surpresas positivas. Quando for negativa vamos ter surpresas negativas. Surpresas positivas de superação verdadeira são raríssimas. O sujeito supera alguma coisa e deixa o rabo nas demais. Assim o sujeito supera a pobreza mas continua ignorante, o Rei das Arapucas. Surpresas negativas podem ser isoladas: você descobre que é portador de uma doença rara, por exemplo. Ou então que você tem algum problema genético como burrice ou propensão a câncer. Da mesma forma que alguns se superam outros que nasceram em melhores condições decaem por sua incompetência ou circunstâncias desfavoráveis. Em tudo temos o arquétipo da transformação. Uma transformação pessoal, social, econômica, política, tecnológica, religiosa, societária, educacional, familiar, jurídica, trabalhista, filosófica, governamental, espiritual, fraternal. 

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