A comunidade em que vivo

A comunidade em que vivo é composta por 16 apartamentos autônomos. Nesses apartamentos, sendo 8 de dois dormitórios e 8 de um, vivem aproximadamente 28 pessoas. São 9 apartamentos ocupados por um casal ou um homem sozinho e 7 apartamentos ocupados por mulheres sozinhas ou com mãe/irmãs ou então filhos. Trata-se de um prédio modesto, de forma que as mulheres conseguiram comprar seus apartamentos por aqui e os homens não são exatamente exemplos de sucesso profissional ou então estão em início de carreira. Nesse microcosmo faço minhas avaliações sócio-econômicas culturais, Conheço os carros que meus vizinhos possuem, sei se pagam condomínio em dia e vejo suas reações aos problemas que aparecem. É claro que não conheço maiores detalhes nem frequento ou frequentei a casa deles, muito menos fui convidados para festas e comemorações. São os meus vizinhos, a casa III de gêmeos. Com um deles tenho mais amizade e simpatia e é só. Não existem crianças no prédio porque não existe área de lazer para elas. E idosos residem em apenas um apartamento onde moram duas irmãs japonesas. Não são feitas festas e vários divórcios aconteceram. Nascimentos uma vez ou outra acontecem. Morte aconteceu uma vez nos 14 anos que moro aqui. Policia nunca levou ninguém preso nem ninguém ficou sem pagar o condomínio. Já o SAMU teve de retirar um morador surtado. Também uma administradora já nos deu um desfalque. Esse é um resumo da minha comunidade, do meu condomínio, onde provavelmente viverei por mais uns pares de anos . . .