A palavra trabalho em português vem de tripalium, que era um instrumento de tortura, com o qual os romanos torturavam os escravos. Só por aí já dá para perceber a conotação negativa que tem o trabalho por aqui. Isso sem falar na Bahia e nos baianos, tão conhecidos pela sua disposição para o trabalho . . .
Pois bem, na edição de hoje de "No divã do Gikovate" foi abordado o tema trabalho, ou melhor, a falta de trabalho. Um ouvinte informou que está muito feliz em não precisar trabalhar e não depender de ninguém. Ou seja, não tem necessidade financeira de trabalhar e nem sente muito prazer no trabalho que eventualmente poderia exercer, em virtude de ter tido infortúnios no passado. Esse ouvinte pratica esporte de manhã e dedica-se a prazeres intelectuais a tarde, como por exemplo leituras. Em resposta a sua consulta, Gikovate comentou que o trabalho não é o único caminho de realização das pessoas. Em geral é uma necessidade para muitos e um desejo para alguns, que sentem prazer no trabalho que fazem (escrevendo isto me lembrei do "negro reprodutor", que era um escravo destinado a ter sexo com as escravas para gerar descendentes fortes e saudáveis como ele . . . ). Agora, deixando a brincadeira de lado, realmente existem pessoas que gostam do trabalho que fazem. Em geral essas pessoas dominam as variáveis de seu trabalho, ou seja, não são pressionadas demasiadamente pelos outros e nem tem de se submeter a condutas anti-éticas ou indignas. Também não sofrem assedio moral por exemplo. Possuem os instrumentos necessários a realização do trabalho e podem-se dar ao luxo de serem honestas com seus clientes. A maoiria dessas pessoas será composta de funcionários públicos graduados, em especial juízes e promotores e profissionais liberais de sucesso. Essa classe de pessoas tem por prerrogativa sua consciência como fiel da balança, podendo atingir os mais altos estandartes de conduta moral. Empregados de empresas privadas terão sempre o chefe a lhes dizer o que é certo e errado e os chefes terão os clientes e o "mercado" a lhes ditar as regras a seguir. Por isso existem "mercados" onde pessoas honestas não podem trabalhar e que corrompem os mais bem intencionados seres humanos . . .
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