quarta-feira, 28 de junho de 2017

As dificuldades de fazer Auditoria Interna no Brasil

Tem tudo a ver com as pessoas que chegam a Chefe no Brasil e com os empregados que temos. O Auditor procura otimizar e corrigir o que está errado, com o objetivo de fazer o melhor para a empresa. Aqui começam os problemas: o Chefe quer em geral fazer o que é melhor para ele e só faz o que é melhor para a empresa de vez em quando. O empregado quer fazer o que é melhor para ele e só ocasionalmente faz o melhor para a empresa. É aqui que entra a ética como definida outro dia pelo Karnal: a regra possível entre o egoísmo de duas pessoas. O egoísmo do Chefe tem de ser confrontado por alguém que defenda a empresa e seus acionistas. O egoísmo do empregado comum precisa ser confrontado com os interesses da empresa e quem defende os interesses da empresa é sempre o chefe desse empregado. É nesse sentido que o Auditor é uma espécie de Promotor de Justiça. E quando o Gerente de Auditoria ou Diretor for um vendido sem poder não existe nenhuma possibilidade de evitar que o egoísmo dos executivos vença. Em alguns casos o Auditor é contratado pelo dono da Empresa para fiscalizar seus executivos, para dar uma de dedo duro, como fator de repressão. O ideal é quando o nível das pessoas que compõem a empresa permite o consenso pelas suas qualidades intrínsecas. Você pode observar a qualidade dessas empresas pelas suas normas internas. É igual uma família: você pode observar a qualidade dessa família por vários ângulos, inclusive pelas regras que ela pratica e que passa aos seus filhos. 

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