Hoje em dia graças a emancipação das mulheres (e os 50 anos da pilula) temos muitas mulheres que trabalham longos periodos do dia. Antigamente as mulheres eram donas de casa ou trabalhavam meio periodo, de forma a compatibilizar a vida profissional com os afazeres domesticos e a educação dos filhos. Na europa ainda é assim: a maioria das mulheres trabalha meio período dada a importância que esses países dão a formação das novas gerações. Aqui no Brasil, mulheres solteiras trabalhavam em período integral até o momento em que se casavam. Nesse momento, eram demitidas, porque fatalmente ficariam gravidas e então seriam sustentadas pelos maridos. Salvo profissionais liberais, que podem controlar o volume de trabalho, assalariadas de hoje em dia tem de enfrentar o dilema de com quem deixar seus filhos pequenos. Existem três opções básicas: com a empregada doméstica, na escolinha integral ou com a sogra (em geral a do marido). Nenhuma solução é plenamente satisfatória, a não ser que dona da escolinha seja alguém amiga a ponto dos pais delegarem a verdadeira educação do filho a essa pessoa ou então a sogra seja alguém em plenas condições de educar uma criança para os tempos atuais, o que, convenhamos, é muito dificil, tendo em vista as limitações que a idade e a formação das pessoas mais velhas impõe. Em todos os casos os pais estão delegando a educação dos filhos para terceiros. Sabemos que um dos principais deveres dos pais é educar os filhos. Temos aqui então um impasse: a solução seria voltar ao emprego de meio periodo da mãe, coincidente com o periodo em que os filhos estão na escola. A opção da mulher ser somente dona de casa e mãe embora possível é um tanto limitante nos dias de hoje, onde o salário do marido somente em geral é insuficiente, ou mesmo por razões estratégicas (existe sempre a possibilidade do marido ficar desempregado na iniciativa privada). Sabemos que a educação e a passagem de valores entre as pessoas se dá através de três variáveis: a duração do contato, a frequencia desses contatos e a intensidade dos mesmos. Com o trabalho da mulher em tempo integral temos que a duração do contato com os filhos foi dramaticamente afetada. Conheço crianças que foram deixadas com empregadas e o resultado não foi satisfatorio, como seria de esperar. Outras que ficaram em escolinha integrais e o resultado tambem foi ruim. E algumas que ficaram com as avós maternas (sempre avós maternas) onde dependendo da qualidade dessa avó como mãe e educadora os resultados mostraram-se os menos piores. Sim meus amigos: caso sua futura esposa não seja uma profissional liberal com flexibilidade de horarios e de ritmo de trabalho ou então uma funcionaria publica ou privada que trabalhe meio periodo, a solução menos pior será a de analisar a SOGRA, a fim de avaliar se ela tem condições de criar os seus filhos. Como disse uma amiga minha em uma situação distinta desta: É triste mas é verdade . . .
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