sexta-feira, 30 de abril de 2010

USP Revisited

Voltei a USP hoje para uma visita ao meu amigo Marco e para uma entrevista. A entrevista era para uma tese de doutorado da Sociologia. O que mais me chamou a atenção foi o numero de carros que vi estacionados na universidade. Tambem notei muitas pessoas nos pontos de onibus. Os predios são os mesmos (com algumas exceções) da minha época de estudante de 28 anos atrás. Tenho de reconhecer que o tempo cobrou o seu preço, pelo menos no prédio da letras, que foi o que eu visitei. Observei ainda que os alunos me pareceram muito mal vestidos (tá certo que a maioria que vi eram de faculdades ligadas a FFLCH). Acho que fiquei mal acostumado, trabalhando em grandes empresas multinacionais, em escritórios e em prédios bonitos. A impressão geral que ficou foi de pessoas e prédios parados no tempo, quase um sucateamento. Já havia lido a respeito da decadência da USP. O artigo dizia que a FEA era uma das poucas unidades que se salvava, uma vez que tinha muitos convenios e portanto dinheiro da iniciativa privada. Imagino o impacto nos alunos em faculdades como a INSPER, que tem instalações novas e modernas, com todos recursos didaticos possíveis. A USP tem quase todo seu orçamento comprometido com o pagamento de funcionários e professores. Tem sido palco de inumeras greves. Esses fatos tem levado muitas pessoas e potenciais futuros alunos a desconsiderarem a USP como primeira opção para uma graduação (em pesquisa com certeza ela ainda é imbatível).

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ricos, Pobres e Classe Média

Uma frase curiosa que eu li dizia que pobres eram contra ricos e a classe média era contra todo mundo (pobres e ricos). A frase é verdadeira ? Não sei. O que eu vejo é um "ranço" em alguns pobres, que são recalcados, e em ricos, que são esnobes. Acho que o que faz diferença é classe. Convivi com ricos na escola de 2o grau. Na minha infância tive como amigos dois irmãos de uma familia rica. Eles não eram esnobes e comportavam-se de forma normal, até com simplicidade. Os ricos que conheci no 2o grau eram legais. Até me ajudaram nos estudos algumas vezes quando lhes pedi socorro. Não fizemos amizade de frequentar as casas, por isso os considero apenas colegas, e não amigos. Quanto as namoradas pode-se imaginar a dificuldade de namorar uma menina rica, não sendo mais rico que ela. Seria um caso de novela: um rapaz indo contra todos os preconceitos (tanto das familias, quanto da biologia "feminina"). Conheci apenas uma menina rica. Foi numa situação atípica, porque ela estava passando férias em um lugar popular, na Colonia de Ferias do SESC. Imagino que ela estivesse por lá por algum arranjo politico e tambem para acompanhar uma prima que não era tão rica. Algum contato ocorreu tambem na universidade mas de forma superficial. O esporte, que poderia ser uma forma de se tornar amigo dos ricos não era o meu forte. Fiz também pelo menos um negócio com uma pessoa rica: comprei um apto na praia de um deles. Com os pobres os contatos tambem foram poucos, com exceção de parentes. Os pobres são em geral, antes de serem pobres economicamente, pobres de espírito. Acho que nunca vendi nada a um pobre: sempre preferi doar os cacarecos para instituições de caridade. Também nunca vendi nada para ricos: eles podem comprar tudo novo e não se interessariam pelos meus bens a venda. Resumidamente: sempre fui de classe média (até sonhei em ser rico mas não passou disso) e minhas relações comerciais foram predominantemente com pessoas dessa classe social também.

terça-feira, 27 de abril de 2010

As empressas e as boas intenções

Já escrevi sobre os empregadores. Eles não são bonzinhos. Agora abordo o aspecto de ter boas intenções, ser bom caráter e gente boa. Isso pode ter muito valor para o indivíduo como pessoa mas pode não ser tão importante para a empresa. Isso porque as empresas não são homogêneas em seu desenvolvimento. Algumas estão na pré-história das relações trabalhistas. Outras são mais atualizadas. Em geral multinacionais eram mais bem resolvidas, tinham experiência com culturas diferentes e haviam sobrevivido a isso e tido lucro. É um pouco parecido com uma família: algumas são mais humanas, prezam pelo desenvolvimento de seus filhos em todos os aspectos relevantes. Outras são constituidas por serem desprovidos desses valores e seus filhos, caso tenham ambições intelectuais muito distintas das dos pais, entrarão em conflito e sofrerão. E filho sofrer parece que é a regra aqui no Brasil. Sofrem devido aos excessos e as faltas na sua formação. Já abordei esse aspecto outras vezes sobre os potenciais perdidos. O mesmo vale para empregos publicos com uma vantagem: eles sempre exigem qualificação através da aprovação em um concurso. Em empregos publicos o funcionário pode ter boas intenções porque não existe a pressão da concorrência.

Comparações e Medições afins

Muitas religiões (e pessoas) dizem que não devemos comparar as pessoas porque não conhecemos sua história a fundo e os percalços que elas tiveram para chegar aonde chegaram. As vezes não conhemos eventuais problemas de saude que a pessoa teve por exemplo. Na minha opinião, essas considerações valem apenas para os casos de comparações superficiias e levianas. Quando se conhece a fundo a vida de uma pessoa podemos sim compará-la com as demais pessoas que conhemos bem. Sim, porque as decisões que uma pessoa toma na sua vida com certeza implicarão em consequências e aonde ela consiguirá chegar. Por isso precisamos analisar como e porque as ações das pessoas são como são. O que as leva a serem egoistas por exemplo ou generosas (ou justas). No mundo poucos tem esse interesse legitimo. A maioria fica na superficie, pronto para punir aquilo que veem, impondo suas ideias e pontos de vista aos mais fracos e indefesos. É assim com o patrão brasileiro, com o governo, com a justiça e a policia, ou seja, com as instituições que tem a FORÇA como fundamento. Simpatizo muito mais com o MERCADO e com a TRADIÇÂO, situações onde podemos exercer alguma decisão pessoal, onde podemos ser ouvidos em nossas novas aspirações e desejos como no caso do mercado, mesmo limitados pelas condições do pais ou então nos abrigarmos na tradição, que pode ser o fruto de muitos anos de aperfeiçoamento e bons serviços prestados.

domingo, 25 de abril de 2010

Qualidades ideiais para a sua Sogra criar seus filhos

A sogra ideal não pode ser muito velha, pois precisará de energia para criar os netos. Deverá ser uma pessoa culta, de preferência com curso superior. Deverá gostar de crianças (aqui professoras levam vantagem, bem como pediatras). Deverá contar com a ajuda de uma empregada doméstica competente, para dedicar-se com maior presteza ao mister de educar as crianças. E, obviamente, deverá abdicar dos seus interesses e da sua propria vida para dedicar-se a tarefa de educar os netos. Sendo realista, essa pessoa ideal será cada vez mais dificil de encontrar, pois os casais estão tendo filhos na casa dos 30 a 40 anos (nesse caso a avó deverá ter de 60 a 70 anos). Avós educadas são excessão no grupo de mulheres nessa faixa etária. Boas empregadas são dificeis de achar e custam caro, nem todos podendo arcar com essas despesas. E, finalmente, as mulheres idosas querem muitas vezes viver em paz seus ultimos anos de vida, longe das responsabilidades de criar filhos. Pois é . . . muito mais simples parece encontrar a mulher com a profissão ideal para ser uma boa mãe.

Tempos Modernos: Mulheres que trabalham e filhos

Hoje em dia graças a emancipação das mulheres (e os 50 anos da pilula) temos muitas mulheres que trabalham longos periodos do dia. Antigamente as mulheres eram donas de casa ou trabalhavam meio periodo, de forma a compatibilizar a vida profissional com os afazeres domesticos e a educação dos filhos. Na europa ainda é assim: a maioria das mulheres trabalha meio período dada a importância que esses países dão a formação das novas gerações. Aqui no Brasil, mulheres solteiras trabalhavam em período integral até o momento em que se casavam. Nesse momento, eram demitidas, porque fatalmente ficariam gravidas e então seriam sustentadas pelos maridos. Salvo profissionais liberais, que podem controlar o volume de trabalho, assalariadas de hoje em dia tem de enfrentar o dilema de com quem deixar seus filhos pequenos. Existem três opções básicas: com a empregada doméstica, na escolinha integral ou com a sogra (em geral a do marido). Nenhuma solução é plenamente satisfatória, a não ser que dona da escolinha seja alguém amiga a ponto dos pais delegarem a verdadeira educação do filho a essa pessoa ou então a sogra seja alguém em plenas condições de educar uma criança para os tempos atuais, o que, convenhamos, é muito dificil, tendo em vista as limitações que a idade e a formação das pessoas mais velhas impõe. Em todos os casos os pais estão delegando a educação dos filhos para terceiros. Sabemos que um dos principais deveres dos pais é educar os filhos. Temos aqui então um impasse: a solução seria voltar ao emprego de meio periodo da mãe, coincidente com o periodo em que os filhos estão na escola. A opção da mulher ser somente dona de casa e mãe embora possível é um tanto limitante nos dias de hoje, onde o salário do marido somente em geral é insuficiente, ou mesmo por razões estratégicas (existe sempre a possibilidade do marido ficar desempregado na iniciativa privada). Sabemos que a educação e a passagem de valores entre as pessoas se dá através de três variáveis: a duração do contato, a frequencia desses contatos e a intensidade dos mesmos. Com o trabalho da mulher em tempo integral temos que a duração do contato com os filhos foi dramaticamente afetada. Conheço crianças que foram deixadas com empregadas e o resultado não foi satisfatorio, como seria de esperar. Outras que ficaram em escolinha integrais e o resultado tambem foi ruim. E algumas que ficaram com as avós maternas (sempre avós maternas) onde dependendo da qualidade dessa avó como mãe e educadora os resultados mostraram-se os menos piores. Sim meus amigos: caso sua futura esposa não seja uma profissional liberal com flexibilidade de horarios e de ritmo de trabalho ou então uma funcionaria publica ou privada que trabalhe meio periodo, a solução menos pior será a de analisar a SOGRA, a fim de avaliar se ela tem condições de criar os seus filhos. Como disse uma amiga minha em uma situação distinta desta: É triste mas é verdade . . .

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quem sofre com o comportamento egoista ?

Sabemos que pelo menos metade das pessoas são egoistas. Essas pessoas são em geral a causa de todo mal que existe no mundo, pois como querem tudo para si, não respeitam os direitos dos demais. Arrogam-se direitos inexistentes e muitas vezes tornam-se ditadores, oprimindo as pessoas em geral. Um egoista não sofre com a ação de outro egoista, porque ele mesmo se reconhece naquele outro. São pessoas que dizem que na posição de tirar vantagem de uma situação não pensariam duas vezes. São como os comerciantes que para comprar pedem muito desconto e para vender sobrevalorizam suas mercadorias. Tenho encontrado muitos exemplos: são aquelas pessoas que sempre pensam que quem está vendendo algo está muito necessitado e que o dinheiro dela vale muito, por isso fazem ofertas indecentes pelos ativos alheios. Quem se incomoda com esses comportamentos egoistas são os justos pois os generosos gostam dos egoistas, até certo ponto, pois sentem-se "por cima", quando são "bonzinhos" com os egoistas. Os justos não suportam egoistas de todo tipo, porque esse comportamento ofende seus principios e modo de ver o mundo. Já os generosos tem até uma certa simpatia, pelo seu lado altruista.

sábado, 17 de abril de 2010

Faz pouco e exige muito

As relações entre as pessoas são bastante complexas. No entanto, podemos descrever a grosso modo as pessoas como egoistas, generosas e justas. Para as pessoas egoistas, fazer qualquer coisa que não seja em seu interesse proprio é muito penoso. Elas em geral fazem muito pouco e exigem muito dos demais seres humanos. Querem tudo para si: atenção, mimos, recursos financeiros. Já os generosos seriam aqueles que sentem prazer em doar-se. Não são pessoas "santas" como poderiamos pensar pois o fazem com intenções de se sentirem "por cima". Já os justos são aqueles que não são nem generosos nem egoistas. Aqueles que cobram dos outros posturas e comportamentos razoáveis, condizentes com sua condição e inteligência. São também generosos na medida certa, não para satisfação do seu ego mas quando se faz necessário gozar um pouco da vida. Por ter convivido com pessoas egoistas eu as conheço e não as suporto. Generosos, além do pai e da mãe nunca vi por ai. Já ser justo é o nosso objetivo e deveria ser o de todo mundo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Custo Beneficio Otimo

Sabemos por experiencia que o engenheiro é aquele que busca o "custo beneficio ótimo" ou a melhor relação "custo-benefício". O que vem a ser isso ? Resumidamente: obter o máximo possível com o menor esforço. Essa relação no entanto pode não ser linear e muitas variaveis podem estar em jogo, sendo necessário simplificar o problema (analisá-lo) para poder obter uma solução ótima. O que seria uma vida com custo beneficio otimo ? Uma vida sem problemas para serem resolvidos ou o contrário, uma vida com muitos problemas para que possamos nos exercitar e provar nosso valor ? Minha opinião é que precisamos olhar o ponto de partida e o de chegada, sem nos esquecer do percurso. Em termos de trabalho a melhor escolha é aquele em que nos sintamos livres. Esse trabalho pode não ser, entretanto, o que melhor remunera e dinheiro tambem significa liberdade. Com relação a escolha da companheira(o) temos de novo um problema: aquela que satisfaz uma pessoa pode não satisfazer outra, o mesmo acontecendo para a mesma pessoa em momentos diferentes no tempo. O mundo considera somente o que é palpável e explicito. No entanto, quanto vale a paz interior e o prazer do dever cumprido ?

O Desenvolvimento da Inteligencia

Não nascemos iguais. E por certo nossa inteligencia tambem não é igual a de todos. Aqui entramos no terreno filosófico ou transcendental, como por exemplo termos meritos desenvolvidos em vidas passadas. Pois bem, uma vez que nascemos perfeitos, a função da educação é desenvolver o máximo possível nossas habilidades intelectuais, profissionais, culturais, fisicas e emocionais. Todo esse desenvolvimento é intermediado pela visão e pela fala. Apresentamos as crianças os conteudos, tanto os pais quanto os professores. A criança aprende pela imitação, e por isso, os exemplos em casa são tão importantes. No entanto, os mais talentosos e esforçados intelectualmente saberão triunfar sobre condições desfavoráveis (pobreza, ausência dos pais, escolas desmotivadoras e professores idem) e lograrão aprovação em uma universidade de ponta, num curso de elevado status social, conseguindo assim elevar-se socialmente e economicamente com relação a familia de origem (isso se a economia do Brasil assim o permitir, para as profissões que dependem do desenvolvimento economico, como engenharia). Este é o caminho "do bem". Como a inteligência é neutra, alguns poderão utilizá-la para sobressair-se no mundo do crime e da ilicitude. Este é caminho "do mal". Quem não serve para estudar e desvia-se desse caminho, tem de se contentar em viver uma vida modesta e muitas vezes pobre, a não ser que tenha alguma habilidade inata e que se vire por conta propria, associando-se com pessoas de confiança, para fazer frente as exigências da vida moderna. O caminho do estudo nos é imposto pelos empregadores, já que pessoas instruidas são mais produtivas, cometem menos erros e, em teoria, devem ter melhor índole e carater que aqueles que aprenderam tudo que sabem nas ruas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Trabalho em Equipe

Tenho notado em alguns dos meus contatos pessoais como certas pessoas são idiotas. Até ai nenhuma novidade, afinal as pessoas não tem a mesma capacidade intelectual, nem tiveram as mesmas oportunidades e educação, etc. etc etc blá blá blá. Tudo seria lindo e maravilhoso se a vida não nos obrigasse em algumas ocasiões a conviver com tais pessoas. Aqui temos a síntese da dificuldade de fazer algum trabalho em equipe aqui no Brasil. Sim, um trabalho onde não exista um lider que "manda" e outros que obedecem cegamente, sem poder opinar e que, por isso mesmo, se eximem completamente caso o resultado não seja o desejado, dizendo: eu fiz o que você mandou. Pois bem, uma caracteristica que me saltou aos olhos recentemente foi como certas pessoas inflam seus feitos, ao mesmo tempo que tentam desvalorizar os feitos alheios. Tudo que fazem tem mais valor ou foi mais dificil de ser alcançado, enquanto que o trabalho dos outros foi mais fácil ou tem menor valia. Segundo o Gardner isso tem a ver com falta de inteligencia intrapessoal, ou seja, a pessoa em questão não é inteligente nesse quesito, não sendo capaz de fazer uma auto-avaliação isenta. Grandes problemas necessitam de abordagens multi-disciplinares e muitas vezes da colaboração de pessoas com habilidades e conhecimentos diversos. Talvez seja por isso que grandes problemas não são solucionados a maioria das vezes aqui no Brasil . . .

terça-feira, 13 de abril de 2010

Festas e Comemorações

Conheço pessoas que NUNCA deram uma festa na vida. Nunca pagaram para seus amigos uma pizza sequer. Acho isso uma vergonha. Essas pessoas são extremamente mesquinhas e egoistas. Algumas tem a cara de pau de convidar as pessoas com a condição de que cada convidado pague a sua parte nas despesas. Outras fazem contas do tipo: gastei X mas recebi Y em presentes, então fiquei no lucro ou no prejuízo. Para mim essas pessoas são escrotas. Sempre que reuni os amigos era para comemorar alguma coisa, desde mais um ano a mais de vida até uma promoção no emprego ou a companhia de uma nova namorada. Pessoas que não partilham sua alegria com os seus amigos e familiares proximos é o retrato fiel do AVARENTO, como descrito em outros textos, ou seja, não é apenas pobre em compartilhar seus bens ou recursos mas tambem a alegria e o amor na sua forma mais cristã.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Empregador Bonzinho

Podemos separar as pessoas entre aquelas que vivem sem ter de trabalhar no mercado privado, onde a concorrencia dita todas as regras e as demais (donas de casa, estudantes, funcionarios publicos). Os empregadores abrem vagas para primeiro emprego porque essa mão de obra é mais barata. Ai eles alegam que estão treinando essa mão de obra, por isso pagam menos. Depois, o empregado começa a ganhar mais pelos aumentos que consegue ao longo dos anos e então a empresa resolve demiti-lo, já que pode contratar mão de obra qualificada desempregada por menos. O empregador "bonzinho" não existe. Ele se aproveita de todas as oportunidades para maximilizar seu lucro. Essa situação cria uma tensão constante nos empregados em condições normais. Quando vem a recessão (e ela sempre vem) é o momento em que eles decidem rapidamente cortar pessoas para economizar e "sobreviver". É muito dificil alguém se sobresair sem ser por merecimento ou por trapaça. Para as empresas muitas vezes fale a famosa frase de maquiavel: os fins justificam os meios. O que pode limitar sua ganancia são as leis apenas e a certeza da punição.

Inteligencias Multiplas de Howard Gardner

Recente pesquisa sobre esse assunto levou-me a refletir. Dizem que a inteligencia é a capacidade de resolver problemas. Outros dizem que ela é capacidade de saber escolher. Agora vem Gardner e afirma que existem muitas inteligencias, na verdade 7 no total, a saber: linguistica, logico-matematica, corporal-cinestesica, espacial, musical, interpessoal e intrapessoal. Antigamente media-se apenas a linguistica (saber falar e escrever corretamente o idioma) e a logico-matematica que é auto-explicativa. Essas duas são obvias para quem frequentou a escola: o que mais tem é aula de portugues e matematica. Portugues é inclusive a base para aprender as demais materias do curriculo, porque elas são escritas em portugues. A comunicação e as ciencias. A partir dai temos uma "sofisticação" e uma diferenciação nas inteligencias. A corporal é facilmente observável: é só assistir a uma partida de futebol. A espacial é mais sutil: conheço-a porque estudei engenharia e tive materias basicas como desenho geométrio. É chamada da inteligencia dos engenheiros. A musical também dispensa grandes explicações porque é bastante obvia (quem tentou aprender a tocar um instrumento musical sabe bem). A interpessoal é tambem sutil, pois tem a ver com o reconhecimento do que os outros estão sentindo e a satisfação dessas necessidades. Por isso os lideres a tem em grande quantidade. E finalmente a mais sutil e de mais dificil entendimento: a intrapessoal, que tem a ver com o auto-conhecimento e que está presente em apenas 2% das pessoas. A intrapessoal tambem tem relação direta com a liderança atraves do carisma e exemplo a ser seguido atraves da inspiração. Ela tambem tem a ver com a auto-avaliação. Eu me considero forte na intrapessoal. Por isso, fazendo uma auto-avaliação chego a seguinte conclusão: linguistica: sou forte, inclusive ganhei meu sustento escrevendo relatorios de auditoria. Logico-matematica: razoavel, pois me formei engenheiro na Politecnica e não teria conseguido se fosse péssimo. Espacial: razoavel,pois tive materias no basico da engenharia e, embora não gostasse muito, consegui aprovação. Cinestesica: fraco, pois nunca consegui jogar fubebol com competencia ou aprender dança de salão. Musical: fraco, pois estudei violão durante anos e tinha muita dificuldade, nunca tendo conseguido me destacar. Interpessoal: forte, pois todas as vezes que tive de liderar pessoas fui bem sucedido, tanto emprego como sendo sindico dos condominios em que vivi. Intrapessoal: muito forte. É a minha "praia". Sempre fui introspectivo, questionador, reflexivo e ponderado. Este blog é a prova viva dessa inteligencia, pois ninguem escreve mais de 300 artigos em dois anos com a qualidade destes se não tiver essa inteligencia bem desenvolvida.

domingo, 11 de abril de 2010

Curto e Longo Prazo

Quem quiser ser sabio nesta vida precisa saber muito bem onde construir as fundações da sua "casa": na rocha para durar para todo o sempre e toda eternidade ou então em terreno arenoso, que mais cedo ou mais tarde fará com que a casa venha abaixo. Essa metafora serve para nos mostrar a diferença sobre o que é efemero e o que é perene, tanto nas relações de emprego/trabalho quanto nas relações sociais. A maioria das pessoas vive no curto prazo, achando que o tempo sempre estará ao seu favor. Outras, mais previdentes, investem em formação solida nos anos de juventude. Depois, buscam relacionamentos emocionais tambem solidos. São as pessoas que dizem "que são para casar". O casamento pressupõe um acordo de medio ou longo prazo (media de 10 anos para os casais que se divorciam, o que implica que os que não se divorciam podem viver para sempre juntos, até que a morte os separe). vejo muita semelhança entre casamentos e empregos: pode-se pular de emprego em emprego ou então de cliente em cliente, como pode-se também entrar em uma firma grande e persistir, galgando as promoções num só lugar. O mesmo acontece com os casamentos e relacionamentos: pode-se insistir em um de longo prazo, tentando aprimorar-se e desenvolver-se, ou então pode-se pular de galho em galho, sempre em busca do principe (ou princesa) encantada, que será maravilhoso(a) e que nos aceitará com nossos defeitos e virtudes. Tudo parece-me depender da escolha correta, tanto da profissão quanto do relacionamento: para cada tipo de personalidade existe um tipo adequado, sem contudo esquecer das caracteristicas intrinsecas de cada uma das escolhas (vantagens e desvantagens).

Maturidade Emocional

Existem pessoas que nunca amadurecem. Acho que essas pessoas "apodrecem", pois não são fecundas e nem dão frutos, o que seria natural na ordem das coisas. São tantas as possibilidades de bloqueios no desenvolvimento. São tantas as pessoas infantilizadas, cujas "ideias não correspondem aos fatos". Pessoas que deixam-se levar por religiões e ideologias que as fazem parecer idiotas e infelizes. Falsas crenças. Vejo homens que ficam na casa de suas mães até os 40 anos, nunca assumindo sua vida plenamente. Em alguns casos a o pai e mãe morrem e o filho não saiu de casa. Isso nos casos em que não existe essa necessidade, por restrições financeiras. Quem seriam as parceiras desses homens infantis ? Com certeza mulheres também infantis, que não sabem bem o que buscar numa relação emocional madura. Não formam uma familia. Não tem filhos. O que o futuro reserva para eles ? Ter filhos não é garantia de nada mas pelo menos é uma possibilidade. Ter uma companheira já é algo mais palpável. Ficar a mercê de um irmão ou irmã ou de sobrinhos pode ser altamente arriscado, conforme temos visto muitos exemplos nos ultimos tempos. Todos procuram se refugiar fundando uma familia e dedicando-se a ela, esperando retribuição quando chegarem a velhice. Aqueles que ficam sozinhos, solteirões e solteironas, bem como divorciados(as) ou viúvos(as) sem filhos, são serios candidatos a serem espoliados e deixados para apodrecer num asilo qualquer. Isso porque as mulheres que tradicionalmente tinham esse papel de cuidadoras das crianças e dos idosos estão renunciando a esse trabalho e buscando sua realização atraves da vida profissional. Para formar uma familia e ter sucesso é preciso muita sabedoria e coragem. No curto prazo pode parecer muito mais comodo viver solteiro e sem responsabilidades maiores. No longo prazo pode-se pagar o preço dessa decisão . . .

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Estresse e a vida das pessoas próximas

Na escala de estresse, fora a morte de esposa(o) que tem o nível máximo (acho que a escala pressupõe que o casal se ame . . .) temos o divórcio, doenças graves e perda de emprego como grandes fontes de estresse (existem outras como morte de familiar próximo, prisão e casamento também). Para cada pessoa acontecem fatores diferentes: para alguns mais fatores e para outros menos. É assim que alguns sofrem com o divórcio, a perda do emprego e doenças graves que até obrigam a aposentadoria (outro fator de estresse). Enquanto outros passam pela vida sem ter de enfrentar esses acontecimentos desagradáveis. Minha religião diria que é o carma individual ou familiar de cada um . . . o fato é que os estressores ajudam a estragar a vida da pessoa, fazendo que ela fique infeliz por períodos mais ou menos longos de tempo, porque afetam a saúde, o dinheiro e o "amor", ou seja, os pilares da felicidade. Não admira-se que existam pessoas mais felizes que outras.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Médicos, Advogados, Dentistas, Administradores e Engenheiros

Outro dia notei que tenho 23 telefones de medicos e advogados na agenda do meu celular. Mais precisamente, 13 de médicos de diversas especialidades e 10 de advogados, também de diversas especialidades. Dentista tenho apenas dois, já que todos os meus problemas foram até hoje resolvidos por meu cunhado e minha irmã. Não sei se eu sou representativo da população brasileira. Acredito que não . . . o brasileiro médio não conhece seus direitos, portanto pouco contato tem com advogados. O mesmo para os contatos com médicos. A maioria tem convênio médico devido ao vinculo empregatício. As mulheres por razões culturais e pessoais vão muito mais ao médico, inclusive são elas que levam os maridos em geral. Já os advogados são para pessoas que em geral tem algum patrimonio a ser defendido. Ambos os profissionais são mais acessados por aqueles que tem maior escolaridade. Ambos podem lidar com o seu público que pode ser pessoas do povo em geral. Já administradores e engenheiros tem por caracteristica principal trabalharem em grandes empresas. Talvez algum engenheiro civil abra uma construtora e tenha uma pequena empresa. Já o administrador é típico da grande empresa, de preferencia sem um dono, com ações pulverizadas. Nesse sentido, ambas profissões não tem contato direto com o cliente final, que é aquele que paga pelos produtos da empresa. O contato com eles é intermediado pela areas de pesquisa de mercado, marketing e vendas. Estão muito mais envolvidos em reuniões para definição do que projetar ou que decisões tomar. Nesse aspecto são profissões muito mais sociaveis (sócio=colega) que a de médico, advogado ou dentista, que são profissões eminentemente liberais, onde o que está em jogo é a capacidade do profissional contra as dificuldades inerentes ao exercicio da profissão.

A Falta de Interesse e Superficialidade

Pelo menos metade das pessoas aqui no Brasil está interessada apenas no seu proprio umbigo. Por isso seus contatos com os outros são superficiais, não estão realmente interessadas no outro, nos seus problemas, nas suas idiossincrasias. Muitas estão interessadas no que podem ganhar com seus contatos e suas perguntas refletem isso. Interesse pessoal. Por isso quando acontece alguma desgraça na vida alheia essas pessoas não são nem um pouco solidárias. Alguém já disse que o mineiro somente é solidário no câncer. Eu acho que os mineiros são piores nesse aspecto mas muitos outros brasileiros não ficam atrás. A preocupação verdadeira com os outros é a expressão de alguns poucos, aqueles que amam as pessoas e possuem a empatia necessaria para tal.