domingo, 5 de abril de 2009

A Ditadura do Econômico em Nossas Vidas

Devido a necessidade de sobreviver da maioria das pessoas, os aspectos econômicos financeiros sempre foram muito importantes, pelo menos aqui no Brasil. A influência dos Estados Unidos no mundo é muito grande. E os Estados Unidos seguem a lógica protestante, que diz que o lucro é o resultado das coisas bem feitas. No Brasil verificamos que a maioria dos deslocamentos das pessoas é em função de estudo ou trabalho. Ou seja, funções ligadas a sobrevivência, se entendermos que o estudo visa assumir no futuro uma posição no mercado de trabalho. Viagens por motivos de saúde e lazer são em bem menor número. Conclue-se, então, que não precisando trabalhar ou estudar, as pessoas ficam preferencialmente em casa. Faz sentido, pois sabemos que o gasto com lazer é muito baixo, e que, o "lazer" preferido do brasileiro, é ver televisão, que, sendo a TV aberta, é gratuito. Os baixos salários pagos refletem a pouca complexidade das funções disponíveis, que, por sua vez, refletem nos produtos e serviços oferecidos. Em famílias pobres, os filhos são chamados a trabalhar o mais cedo possível, como forma de ajudar no sustento familiar. Estudar em escolas de elite é caro, tanto pelo preço das mensalidades, quanto pela necessidade de não trabalhar durante o período dos estudos. Escolas integrais como a Faculdade de Medicina, a POLI ou a Faculdade de Odontologia são exemplos disso. Muitos candidatos ao vestibular não fazem uma análise econômica-financeira da profissão que escolhem. Mesmo na universidade temos cursos de "elite", com maior retorno social-econômico e cursos de pouca expressão social ou econômica. A Universidade tem esse nome porque possui cursos em todas as áreas do conhecimento humano. A comunidade universitária é muito diversificada, dividida em muitas "tribos": Um estudante de matemática tem interesses e deve ser bem diferente de um estudante de ciências sociais. No entanto, ambos podem conviver e participar de debates e ou outras atividades culturais, caso estudem numa grande universidade. A verdade é que as pessoas tem interesses diferentes e necessidades diferentes. Uma pessoa de família rica, pode dedicar-se a estudar cinema ou artes cênicas, pois sua sobrevivência está garantida. Mesmo nessas famílias, alguém (filho ou filha) deverá assumir os negócios em algum momento, e, para tanto, deverá se preparar adequadamente, sob o risco de verem o ditado brasileiro: Pai rico, filho nobre e neto pobre se materializar.

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