Assunto delicado é a maternidade. Muitas mulheres fazem dela um objetivo de vida. Caso não sejam mães sentem-se inferiores as mulheres que tem filhos. Quanto desse pensamento é inato e quanto é imposto pela sociedade ? Recentemente vi uma matéria de uma certa psicanalista francesa que publicou um livro intitulado: 40 motivos para não ter filhos (ou coisa parecida). A mulher tem dois filhos adolescentes e diz que por isso pode falar com conhecimento de causa . . . Outra pesquisa faz cruzamento entre classe social e perspectivas futuras: conclui que para mulheres de baixa renda a maternidade "dá status". Eu acho que muitos tem filhos por serem "maria vai com as outras", ou seja, tudo mundo tem . . . deve ser bom. Existe muito narcisismo nessa decisão na minha modesta opinião: o desejo de que o filho seja o que não fui, tenha o que eu não tive e por aí vai . . . Como me disse a Andressa (quanto tinha 20 anos): Toda mulher quer casar e ter filhos, e aquela que disser que não está mentindo. Como tudo que tem a ver com o "social" as mudanças nessa área são lentas mas parecem já estar em curso. Eu conheci algumas mulheres que pesaram os prós e contras de ter filhos e preferiram ser nuliparas. É claro que essa decisão ter muito a ver com a idade da mulher e a disponibilidade de um parceiro ideal. Um maridão rico é um ótimo candidato a pai, pois pode fazer frente a despesa, substituindo inclusive o trabalho da mãe, através da compra do trabalho de empregadas, babas, cozinheiras, etc. A outra variável, a idade da mulher, é mais ou menos igual para qualquer mulher: os médicos recomendam que as mulheres engravidem após a adolescência e de preferência até os 27 anos (para o primeiro filho). Infelizmente como os "maridões ricos" são poucos, para o número de mulheres desejosas de serem mães (pelo menos na juventude/idade adulta) a conta não fecha, ou seja, deveremos ter, entre as classes mais ricas, cada vez menos filhos. Esse fato já foi detectado pelo censo. Para ser um "maridão rico" existe a dificuldade de ganhar dinheiro no início da carreira. Restam aqueles que são ricos por terem nascidos ricos (e cujos pais e avós lhes permite o acesso a riqueza). Outra consequência é o aumento do número de casais em que o marido poderá ser bem mais velho que a mulher: Ele mais bem estabelecido deverá ter mais dinheiro e ela sendo jovem poderá dar vazão ao seu desejo de ser mãe. Talvez seja por isso que as estatisticas dos cartorios tem mostrado aumento da idade ao casar para ambos os nubentes, mantida a diferença de mais de 5 anos do noivo para a noiva.
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Um comentário:
Existem mulheres que se acham o máximo quando tem filhos porque eles são totalmente dependentes delas. Elas se acham importantes. Podem até amar profundamente seus filhos. Tanto que podem dispensar o marido. O marido em geral precisa do amor da mulher. No entanto, aparentemente, muitas mulheres preferem o filho, porque ficaram com ele durante 9 meses na barriga e se acham donas deles, pr toda dedicação que lhes fornecem. Poucas serão desprendidas e sabedoras que tudo que fazem pelos filhos não deveria ter volta e deveria ser feito por amor cristão, desinteresado, amor do tipo ágape. Esse amor é uma idealização e com certeza é para poucos aqui na terra.
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