sexta-feira, 30 de maio de 2008

O bom vendedor

O bom vendedor é aquele que convence o cliente a levar um produto ou serviço que ele, o cliente, não estava inicialmente disposto a comprar. Interessante notar que um supermercado grande tem uns 25.000 itens em estoque e poucos vendedores para convencer o cliente. A figura do vendedor está mais lembrada no meu caso na venda de roupas e sapatos. O presente típico que os adultos trocam entre sí é roupa. Entre as empresas temos o representante comercial, que pode influenciar as novas "coleções", pois está no campo e tem a oportunidade de detectar as "tendências", bem como os movimentos da concorrência. Vendas tem uma relação muito próxima com finanças, pois muitas vendas são financiadas. Além disso, em vendas existe a figura da comissão. Ela existe onde a necessidade se impõe, onde existe concorrência para vender. Existem produtos que são comprados e não vendidos. Para esses produtos não existe o vendedor comissionado. Um exemplo seria a venda de combustível em toda a sua cadeia. Nos empregos que tive sempre trabalhei ao lado dos profissionais de vendas, embora minha atuação fosse na área financeira e corporativa. Uma empresa comercial e industrial de grande porte tem quatro grandes divisões: finanças, comercial, manufatura e áreas corporativas. Empresas financeiras são prestadoras de serviços, e, nesse caso, não existe a manufatura.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Decisões na era da internet

Comparativamente a minha infância e adolescência, o volume de informações disponíveis hoje, graças a internet, é muitíssimo maior. As informações de qualidade são fundamentais para a tomada de decisões as melhores possíveis, de forma a minimizar a possibilidade de erros e suas consequentes perdas materiais, pessoais, emocionais, etc. Assim sendo, hoje em dia, para comprar qualquer bem de valor mais significativo, lá vamos nós pesquisar na "net" e comparar preços. Necessitamos escolher um médico ? Lá está novamente a rede a nos ajudar, com informações sobre especialidade, currículo, tempo de experiência. Temos uma entrevista de emprego ? A internet permite conhecer a empresa alvo, seus produtos, sua história e até seu balanço em alguns casos. O problema é encontrar uma namorada ? Para quem gosta existem os sites de relacionamento com milhões de pessoas cadastradas. Tem curiosidade sobre os limites do conhecimento acadêmico ? Acesse os bancos de teses de mestrado e doutorado das principais universidades do mundo. Tem dificuldades com qualquer matéria escolar ? A sua dúvida poderá ser resolvida a um click do mouse. Quer comprar um carro ? Existem sites das montadoras que te dirão o preço da configuração por você desejada e até pedidos "on-line" poderão ser feitos. Viagens ? Tudo poderá ser agendado e programado através da rede. Transações bancárias ? Faça tudo de casa, a noite, sem filas. Resultados dos exames de sangue ? Imprima em casa e leve ao médico no dia seguinte. Ou seja: a informação está disponível. Resta saber distinguir o que é relevante e verdadeiro para subsidiar a tomada de decisões conscientes. Um parenteses deve ser feito aqui: existem indícios de que os jovens não estão sabendo utilizar todo o potencial da internet. Muitos se perdem em conversas insípidas no msn, utilizam-se de linguagens espúrias em detrerimento da língua culta, limitam-se a baixar e copiar conteúdo nos seus trabalhos escolares sem espírito crítico. Esta última constatação é tão relevante que o professor chega a receber vários trabalhos que são cópias impressas do mesmo conteúdo baixado exatamente idênticas.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Voto de Pareto

Pareto foi um matemático italiano que descobriu uma relação deveras interessante: Um pequeno número de itens de uma lista, digamos 5%, representam uma grande quantidade de uma grandeza correlacionada a esses itens. Explicando melhor, através de um exemplo: 5% dos clientes podem representar 30% das vendas. Ou então: 5% dos fornecedores podem representar 40% das compras. Esse tipo de relação parece se aplicar a um número muito grande de fenômenos. Com o advento da tecnologia da informação, internet, micro-eletrônica e a consequente diversificação e barateamento do processamento das informações surgiu o que se denominou "cauda longa", ou seja, muitos itens representando cada um uma pequena quantidade da grandeza correlacionada. Isso acontece por exemplo na venda de músicas pela internet, a qual permite que muitos comprem apenas o que desejam, sendo que o lucro da venda advém de muitos que compram individualmente pouco. O oferecimento cada vez maior de opções ao consumidor tem por trás essa idéia: agradar cada vez mais a segmentos específicos e assim conseguir sobreviver. É assim com a televisão a cabo, com as opções de pizza, com os veículos a venda, com as plantas flexíveis dos novos apartamentos. Bem diferente da época em que Henry Ford lançou o Ford modelo T e disse que cada um poderia ter o seu da cor que quisesse, desde que fosse preta.

domingo, 18 de maio de 2008

Classificação das Relações Afetivas

O maior estudo já realizado sobre relações afetivas foi feito por um canadense há muitos anos atrás. Nesse estudo ele criou 6 categorias de relacionamentos que descreverei abaixo. No estudo ficou claro que uma relação amorosa sempre era composta por mais de uma das categorias mas uma delas predominava. As categorias são as seguintes:
- Eros: É a idéia que temos da paixão. Os amantes se apaixonam um pelo outro pelo que são. É fundamentado pela atração física e pela vida sexual intensa.
- Storge: É o amor que surge da relação de amizade entre os parceiros. É mais morno do ponto de vista sexual.
- Ludus: O nome vem de "lúdico", ou seja, de brincar. É a relação em que os parceiros trocam de afeto com muita facilidade. É uma relação superficial em geral sem grande envolvimento emocial.
- Pragma: O nome vem de pragmático, ou seja, de ser prático. É o relacionamento em que os amantes estão juntos por conveniência, como por exemplo por dinheiro, status ou outro tipo de interesse não afetivo ou sexual.
- Mania: É o relacionamento conhecido popularmente como "entre tapas e beijos", ou seja, os amantes brigam constantemente e frequentemente mas não conseguem se separar.
- Ágape: É o amor cristão, próprio de quem idealiza o outro. Praticamente exclui o sexo entre os parceiros.

Classes Sociais e o Trabalho da Mulher

Temos visto estatísticas que comprovam que as mulheres estão entrando maciçamente no mercado de trabalho, que são maioria nos cursos universitarios, etc. O que esses dados não dizem, é que essas mulheres que "existem" formamente são uma parte do universo das mulheres totais do pais. Uma pesquisa recente mostrou que nas classes C, D, e E as mulheres continuam a achar que sua obrigação é cuidar dos filhos, do marido e da casa e que a obrigação do homem é sustentar a mulher, os filhos e a casa. Os homens dessa faixa de renda concordam com isso. Nas classes muito elevadas (AA e acima) as mulheres também não trabalham, são as populares "peruas" e "dondocas". Logo concluímos que as mulheres que trabalham e valorizam o trabalho fora de casa (carreira) são as de classe média, média alta e algumas da alta. Existe uma outra pesquisa que corrobora a idéia de que as mulheres solteiras de todas as classes trabalham, pois indica que 90% das casadas que não trabalham fora são mães. Ou seja, não trabalhar fora e não ser mãe é a situação de apenas 10 % das mulheres casadas. Assim sendo, quando encontrarmos uma mulher trabalhando, se ela for de classe baixa (C,D e E) é quase certo que ela é solteira ou então separada, divorciada ou viúva, ou seja, trabalha por necessidade de sobrevivência. Caso essa mulher for de classe média, média alta ou alta, existe uma probabilidade de que essa mulher tenha algum idealismo e trabalhe pelo prazer de exercer sua profissão, além de complementar a renda familiar e permitir manter seu status social. O mais interessante sobre mulher e trabalho foi me dito por uma mulher que me explicou: não importa se a mulher trabalha ou não. O que importa é que ela não entre em conflito com o que ela pensa sobre a mulher e o trabalho. Ou seja, se ela é uma dona de casa e acha que esse é o seu papel social, e ela está feliz, não há conflito. O mesmo vale para a mulher que é uma executiva ou tem algum trabalho que considera importante e que, de novo, ela considera que é o seu lugar no mundo. Em resumo, agindo de acordo com seus pensamentos e ideais a mulher pode estar bem adaptada e feliz em qualquer situação. O trabalho não é a rendeção para todas e muitas mulheres ficam no "limbo": não são dedicadas mães e donas de casa nem tampouco profissionais de sucesso realizadas no trabalho. Por outro lado existem mulheres que conseguem conciliar os dois universos: o doméstico e o profissional. E aquelas que ficam apenas com um dos mundos: ou o profissional ou o doméstico.

sábado, 10 de maio de 2008

Impostos

Os americanos dizem que só não há saída para a morte e para os impostos. Os brasileiros dizem que só não tem saída para a morte. A verdade é que os impostos no Brasil são muito elevados para o retorno que eles dão a população em geral. Na Suécia os impostos são muito elevados mas o retorno é muito grande. Nos E.U.A. os impostos são destacados quando se compra qualquer produto, ou seja, o comerciante te diz que o preço é tal, mais os impostos. Aqui no Brasil os impostos são calculados "por dentro". Isso quer dizer que no preço que pagamos está embutido o imposto, mas ele não é explicito, e, portanto, passa-se a impressão que de ele não existe. Outro problema no Brasil é que se criam impostos com muita facilidade e de todas as formas, o que faz com que nossas empresas (e porque não, nossa sociedade) tenham que dispender muita energia para cumprir com suas obrigações tributárias. Existem impostos sobre tudo: produção, salários, posse de bens, ganhos de capital. As regras e alícotas variam ao gosto do governo e muitas vezes são muito elevadas, levando a tendência a sonegar ser muito incentivada, pois o lucro compensa o risco. E no capitalismo, o lucro é proporcional ao risco, aparentemente até nas ações ilegais e ilícitas.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A Altura de Novo . . .

Volto a escrever rapidamente sobre este tema por que algumas reflexões me ocorreram após leituras de "posts" no ORKUT. Sabemos que existe uma altura mínima (e máxima também) para ingressar nas forças armadas e na polícia militar. Isso tem a ver com o "poder do porco" que descrevi alteriormente (a altura impõe respeito). Agora li uma explicação do porque as mulheres querem sempre parceiros mais altos (de preferência bem mais altos) que elas: elas querem ter a sensação de serem protegidas pelo parceiro. Parece ser um sentimento ancestral, alguma coisa ligada a nossa herança genética talvez. A verdade é que nunca namorei mulheres "baixinhas". Pelo contrário, tive algumas namoradas da minha altura e outras bem mais altas do que eu. Acho gostoso abraçar minha namorada e ter os olhos dela na altura dos meus . . .sua boca próxima a minha e que requer um mínimo esforço para ser beijada. Sempre dei muito valor as variaveis peso e altura das mulheres. Para mim elas são importantes e quando são as que procuro, como na minha namorada atual, me fazem feliz. Acho que é como citado em meu outro artigo: Cada louco com sua mania !

Bens Jurídicos: Vida, Liberdade e Propriedade

Achei interessante a definição dos bens jurídicos fundamentais que devem ser protegidos, que são a Vida,a Liberdade e a Propriedade. Que a vida deva ser protegida parece óbvio e não necessita de maiores comentários. Já a liberdade é um pouco mais interessante, pois o direito de alguém vai até onde começa o de outro. É certo, porém, que uma das medidas mais duras do direito é a privação da liberdade, aplicada em casos tipificados no direito penal e a apenas duas situações "administrativas": falta de pagamento de pensão alimentícia e depositário infiel. A propriedade não se constitui apenas dos bens mas engloba também o resultado do trabalho. É interessante ressaltar que os bens tutelados pelo direito, que são passíveis de ações na justiça, correspondem a uma pequena parte das situações existentes que correspondem ao domínio da moral e ética. Assim pode ser comum ouvir a frase: tal conduta é moralmente condenável, mas, legalmente, nada podemos fazer.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Limites

O problema com os limites é que em geral só descobrimos quais são depois que os ultrapassamos. É assim quando tomamos um porre por exemplo: vamos bebendo achando que estamos bem até que a coisa desanda. O mesmo vale para o estresse: sempre achamos que podemos aguentar a pressão um pouco mais, até que ficamos doentes. Existem no entanto outros limites, como por exemplo os impostos na educação dos filhos. Existem pais que são muito rígidos e autoritários na educação de seus filhos, alguns até violentos. Assim como existem pais que são lenientes, ou seja, omissos. Nos dois casos é possível prever que os filhos terão problemas. No primeiro caso serão tolhidos em excesso e provavelmente não terão autonomia nenhuma. Já no segundo inverterão os papéis, ficando os pais reféns de seus filhos e de suas vontades. Torna-se-ão pessoas imaturas emocionalmente, que não podem ser frustradas e que tudo exigirão e nada darão em troca. Pois é .. . o segredo e a sabedoria está como sempre no caminho do meio, ou seja, nem autoritário nem omisso. Agente em cada momento com a delicadeza necessária e suficiente.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

SUS e Medicina Privada

Ainda me lembro de uma das poucas vezes que fui a um pronto socorro municipal: eu estava na 7o série e me acidentei na escola. Antes de me atender perguntaram-me se minha mãe pagava INSS. Muitos anos depois descobri que o atendimento estaria disponível para quem ajudava a sustentá-lo, ou seja, quem era empregado com carteira assinada e que portanto contribuia para o INSS. Tudo isso mudou com a criação do SUS - Sistema Único de Saúde, que universalizou a saúde, ou seja, todo cidadão tem direito a saúde, está inclusive na constituição de 1988. Os melhores profissionias estão no serviço público, como no Hospital das Clínicas ou no Incor. Difícil é conseguir vaga para ser atendido. Hoje foi publicada uma matéria na Folha de São Paulo mostrando que o gasto com saúde na medicina privada (convênios) superou pela primeira vez os gastos com o SUS. Prova que caminhamos para a privatização dessa área também.