É incrível como as pessoas podem ser incoerentes . . . principalmente em se tratando de precificar serviços e/ou produtos. Conheço uma pessoa que super valoriza o seu serviço/trabalho e desvaloriza o serviço/trabalho dos outros. Não acho que ela seja exceção . . . nessa mesma linha de raciocínio descobri que um certo psicoterapeuta cobra R$ 850,00 a "sessão". Ou seja, o "trabalho" dele "vale" mais de dois salários mínimos por 50 minutos. Temos também as "trocas intra-familiares": quanto vale a intervenção de um primo junto a um médico amigo que salva a vida de um tio enfermo ? Quanto vale a assessoria financeira de um filho expert em finanças ? Ou os serviços de motorista VIP prestados aos sobrinhos ? Ou a assistência prestada por uma neta dedicada a avó problemática de 101 anos de idade ? Ou o esforço de um filho para sobressair-se nos estudos e progredir, revertendo-se de forma indireta na riqueza acumulado pelo pai ? Quem recebe em geral acho que é pouco e quem dá acha que é muito. Os que observam tomam seu partido em geral olhando de forma parcial, do seu ponto de vista. Muitos poucos tem isenção para julgar. Estou cansado de ver pessoas serem desvalorizadas, quando sua colaboração é essencial para o resultado obtido em benefício de outrem. É o típico: não fez mais que sua obrigação rsrssrs Sabemos que não é verdade e é duro lidar com a estupidez e ignorância das pessoas, principalmente quando essas pessoas são da família próxima . . .
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ao Mestre com Carinho
Ao mestre, com carinho
OUTUBRO, MÊS em que os ingênuos comemoram crianças e professores, é uma boa época para refletir sobre o triste estado da educação brasileira. Para tanto, será útil examinar de que maneira os principais atores envolvidos entendem esse tema tão complexo.
Há os que vêem a educação como um mero instrumento para a formação de trabalhadores qualificados -de preferência, com pós-doutorado e MBA-, sem os quais é impossível aumentar a produtividade das empresas. Esses "devotos do progresso" não desejam, portanto, formar indivíduos complexos e transdisciplinares, mas apenas "aleijões especialistas" que se encaixem sem folgas no circuito produtivo-consumista. Há, porém, os que defendem uma espécie de "novo humanismo", concebido como uma reação à visão utilitarista do conhecimento que caracteriza o primeiro grupo. Infelizmente, a maior parte desses "neo-humanistas", entre os quais há muitos educadores, afunda-se cada vez mais num misto de relativismo pós-moderno e rebeldia sem causa, mostrando-se ainda órfã dos movimentos contestatórios dos anos 1960/1970. Por terem confundido -tolamente- autoridade com autoritarismo, esses "velhos revolucionários" já não sabem o que dizer aos professores quando estes são grudados -de verdade!- em suas cátedras ou atingidos por bofetadas (nada democráticas) de adolescentes quadrilheiros que desejam somente direitos e nenhum dever, constituindo, ironicamente, o resultado mais visível das pedagogias libertárias...
Há, por fim, os que parecem "estar pouco se lixando" para a questão da educação. Trata-se, todavia, somente de aparência...
Exibindo uma alta escolaridade, os membros desse terceiro grupo -banqueiros fraudulentos, políticos desonestos, religiosos impudentes, empresários espertalhões- têm profunda nostalgia do tempo em que o Brasil era "uma ilha de letrados num mar de analfabetos". Por isso, não medem esforços para perpetuar o estado de ignorância do "resto" da população, já que as suas vidas nababescas dele dependem crucialmente.
Além disso, por meio de leituras abusivas do nobre artigo 5º da Constituição de 1988 -das quais somente os "grandes letrados" são capazes-, essa gangue vai ficando sempre impune e cada vez mais poderosa, dando um exemplo "edificante", sobretudo aos cidadãos mais jovens.
Alheios a tudo isso, lá no ventre da "linha de montagem" em que muitos brasileiros são forjados, um punhado heróico de professores -despreparados e mal pagos- continua crendo que ensina a um contingente imenso de alunos, que "colaboram" com os mestres acreditando que aprendem.
Sem falar, é claro, da multidão de governantes "prestimosos" que fingem que se importam...
Nessa tragédia de erros mais ou menos voluntários, acabamos por perder, salvo honrosas exceções, o aspecto essencial do processo educativo: formar indivíduos equilibrados, responsáveis, solidários, criativos, conscientes das imperfeições da natureza humana, mas ainda assim desejosos de construir um sentido para as suas vidas que seja mais denso do que a acumulação de riqueza ou do que a busca desenfreada pela fama.
E o resultado dessa perda crucial, nós o vemos diariamente: um número sempre maior de pessoas desprovidas de coragem para enfrentar o absurdo da existência, agarrando-se a qualquer coisa que lhes permita esquecer a irrelevância das suas vidas; que buscam inutilmente nos outros o que só podem obter em si mesmas e que por isso mergulham num egoísmo malsão, que tudo pede e nada dá, que tudo suga e nada fecunda; que abdicam da lucidez em nome de qualquer credo, perdendo-se no anonimato dos rebanhos e entregando-se, por fim, aliviadas, à redenção da mediocridade.
Espero equivocar-me, mas julgo que vivemos um momento muito perigoso da história mundial, em que a sobrevivência de um pensamento independente e crítico é quase impossível. No caso brasileiro, ao contrário do que se diz, poucas vezes houve um patrulhamento ideológico tão intenso. Apenas ele é, hoje, mais sutil -quase transparente-, já que, graças à "deseducação", a censura não opera mais "de fora", mas "de dentro" das cabeças, coadjuvada pelo massacre midiático do politicamente correto.
Muitos de nós tornam-se, por isso, tão "civilizados" que nem mais conseguem resistir à barbárie. Eu lamento, professores e crianças, mas não há muito o que festejar.
CLÁUDIO GUIMARÃES DOS SANTOS, 48, médico, psicoterapeuta e neurocientista, é escritor, artista plástico, mestre em artes pela ECA-USP e doutor em lingüística pela Universidade de Toulouse-Le Mirail (França).
CLÁUDIO GUIMARÃES DOS SANTOS
Este momento da história é perigoso. Muitos de nós tornam-se tão "civilizados" que nem mais conseguem resistir à barbárie |
OUTUBRO, MÊS em que os ingênuos comemoram crianças e professores, é uma boa época para refletir sobre o triste estado da educação brasileira. Para tanto, será útil examinar de que maneira os principais atores envolvidos entendem esse tema tão complexo.
Há os que vêem a educação como um mero instrumento para a formação de trabalhadores qualificados -de preferência, com pós-doutorado e MBA-, sem os quais é impossível aumentar a produtividade das empresas. Esses "devotos do progresso" não desejam, portanto, formar indivíduos complexos e transdisciplinares, mas apenas "aleijões especialistas" que se encaixem sem folgas no circuito produtivo-consumista. Há, porém, os que defendem uma espécie de "novo humanismo", concebido como uma reação à visão utilitarista do conhecimento que caracteriza o primeiro grupo. Infelizmente, a maior parte desses "neo-humanistas", entre os quais há muitos educadores, afunda-se cada vez mais num misto de relativismo pós-moderno e rebeldia sem causa, mostrando-se ainda órfã dos movimentos contestatórios dos anos 1960/1970. Por terem confundido -tolamente- autoridade com autoritarismo, esses "velhos revolucionários" já não sabem o que dizer aos professores quando estes são grudados -de verdade!- em suas cátedras ou atingidos por bofetadas (nada democráticas) de adolescentes quadrilheiros que desejam somente direitos e nenhum dever, constituindo, ironicamente, o resultado mais visível das pedagogias libertárias...
Há, por fim, os que parecem "estar pouco se lixando" para a questão da educação. Trata-se, todavia, somente de aparência...
Exibindo uma alta escolaridade, os membros desse terceiro grupo -banqueiros fraudulentos, políticos desonestos, religiosos impudentes, empresários espertalhões- têm profunda nostalgia do tempo em que o Brasil era "uma ilha de letrados num mar de analfabetos". Por isso, não medem esforços para perpetuar o estado de ignorância do "resto" da população, já que as suas vidas nababescas dele dependem crucialmente.
Além disso, por meio de leituras abusivas do nobre artigo 5º da Constituição de 1988 -das quais somente os "grandes letrados" são capazes-, essa gangue vai ficando sempre impune e cada vez mais poderosa, dando um exemplo "edificante", sobretudo aos cidadãos mais jovens.
Alheios a tudo isso, lá no ventre da "linha de montagem" em que muitos brasileiros são forjados, um punhado heróico de professores -despreparados e mal pagos- continua crendo que ensina a um contingente imenso de alunos, que "colaboram" com os mestres acreditando que aprendem.
Sem falar, é claro, da multidão de governantes "prestimosos" que fingem que se importam...
Nessa tragédia de erros mais ou menos voluntários, acabamos por perder, salvo honrosas exceções, o aspecto essencial do processo educativo: formar indivíduos equilibrados, responsáveis, solidários, criativos, conscientes das imperfeições da natureza humana, mas ainda assim desejosos de construir um sentido para as suas vidas que seja mais denso do que a acumulação de riqueza ou do que a busca desenfreada pela fama.
E o resultado dessa perda crucial, nós o vemos diariamente: um número sempre maior de pessoas desprovidas de coragem para enfrentar o absurdo da existência, agarrando-se a qualquer coisa que lhes permita esquecer a irrelevância das suas vidas; que buscam inutilmente nos outros o que só podem obter em si mesmas e que por isso mergulham num egoísmo malsão, que tudo pede e nada dá, que tudo suga e nada fecunda; que abdicam da lucidez em nome de qualquer credo, perdendo-se no anonimato dos rebanhos e entregando-se, por fim, aliviadas, à redenção da mediocridade.
Espero equivocar-me, mas julgo que vivemos um momento muito perigoso da história mundial, em que a sobrevivência de um pensamento independente e crítico é quase impossível. No caso brasileiro, ao contrário do que se diz, poucas vezes houve um patrulhamento ideológico tão intenso. Apenas ele é, hoje, mais sutil -quase transparente-, já que, graças à "deseducação", a censura não opera mais "de fora", mas "de dentro" das cabeças, coadjuvada pelo massacre midiático do politicamente correto.
Muitos de nós tornam-se, por isso, tão "civilizados" que nem mais conseguem resistir à barbárie. Eu lamento, professores e crianças, mas não há muito o que festejar.
CLÁUDIO GUIMARÃES DOS SANTOS, 48, médico, psicoterapeuta e neurocientista, é escritor, artista plástico, mestre em artes pela ECA-USP e doutor em lingüística pela Universidade de Toulouse-Le Mirail (França).
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
O comportamento dos pais
No artigo anterior escrivi sobre as mães e seus filhos. Agora passo a escrever sobre os pais. Que tipo de pai você teve ? É claro que o comportamento dos pais é também influenciado pela geração deles, e, aparentemente é cíclico: pais condescendentes demais são substituídos por pais severos e exigentes e assim sucessivamente. Aparentemente esse comportamento é consequência do pensamento: não vou fazer com meu filho o que meu pai fez comigo. Vou fazer o oposto . . . A verdade é que conheci pais 100% bananas, 50% banana e 0% banana, para usar uma expressão coloquial. Existe o "paizão", que não disciplina e é um deslumbrado com o filho. Existe o intermediário, que "bate e depois assopra" e o pai disciplinador, severo e exigente, nos moldes medievais, que tinha a melhor comida e o melhor lugar na casa. Respeitado (na verdade temido, há quem diga que as palavras são sinônimos) por todos. Sua palavra era a lei e não podia ser questionada. Suas decisões irrevogáveis. É desse tipo de geração que ouvi a frase (que mais parece uma maldição): filho és pai serás ! Ou então: quem quer bons filhos os cria . . . O que sabemos é que os pais (e mães) de hoje estão criando os problemas de amanhã, que irão desaguar nos consultórios dos psicanalistas, quando seus filhos forem se tratar . . .
As mulheres e seus filhos . . .
Assunto delicado é a maternidade. Muitas mulheres fazem dela um objetivo de vida. Caso não sejam mães sentem-se inferiores as mulheres que tem filhos. Quanto desse pensamento é inato e quanto é imposto pela sociedade ? Recentemente vi uma matéria de uma certa psicanalista francesa que publicou um livro intitulado: 40 motivos para não ter filhos (ou coisa parecida). A mulher tem dois filhos adolescentes e diz que por isso pode falar com conhecimento de causa . . . Outra pesquisa faz cruzamento entre classe social e perspectivas futuras: conclui que para mulheres de baixa renda a maternidade "dá status". Eu acho que muitos tem filhos por serem "maria vai com as outras", ou seja, tudo mundo tem . . . deve ser bom. Existe muito narcisismo nessa decisão na minha modesta opinião: o desejo de que o filho seja o que não fui, tenha o que eu não tive e por aí vai . . . Como me disse a Andressa (quanto tinha 20 anos): Toda mulher quer casar e ter filhos, e aquela que disser que não está mentindo. Como tudo que tem a ver com o "social" as mudanças nessa área são lentas mas parecem já estar em curso. Eu conheci algumas mulheres que pesaram os prós e contras de ter filhos e preferiram ser nuliparas. É claro que essa decisão ter muito a ver com a idade da mulher e a disponibilidade de um parceiro ideal. Um maridão rico é um ótimo candidato a pai, pois pode fazer frente a despesa, substituindo inclusive o trabalho da mãe, através da compra do trabalho de empregadas, babas, cozinheiras, etc. A outra variável, a idade da mulher, é mais ou menos igual para qualquer mulher: os médicos recomendam que as mulheres engravidem após a adolescência e de preferência até os 27 anos (para o primeiro filho). Infelizmente como os "maridões ricos" são poucos, para o número de mulheres desejosas de serem mães (pelo menos na juventude/idade adulta) a conta não fecha, ou seja, deveremos ter, entre as classes mais ricas, cada vez menos filhos. Esse fato já foi detectado pelo censo. Para ser um "maridão rico" existe a dificuldade de ganhar dinheiro no início da carreira. Restam aqueles que são ricos por terem nascidos ricos (e cujos pais e avós lhes permite o acesso a riqueza). Outra consequência é o aumento do número de casais em que o marido poderá ser bem mais velho que a mulher: Ele mais bem estabelecido deverá ter mais dinheiro e ela sendo jovem poderá dar vazão ao seu desejo de ser mãe. Talvez seja por isso que as estatisticas dos cartorios tem mostrado aumento da idade ao casar para ambos os nubentes, mantida a diferença de mais de 5 anos do noivo para a noiva.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Perdoar ou Vingar-se ?
Um dos primeiros contatos que tive com a vileza e mau carater humano foi numa blitz quando era estudante de engenharia. Eu tinha passado a noite estudando e sai "voando" de moto para ir fazer a prova na cidade universitária, que era bem distante da minha casa. Pois bem, no meio do caminho surgiu um congestionamento. Eu tinha uma motocross, propria para andar por cima de tudo , inclusive de guias, sargetas e calçadas, e não tive dúvidas: peguei a calçada. Logo a frente descobri o porque do congestionamento: um comando do policiamento de trânsito. Os idiotas estavam bloqueando simplesmente a Av dos Bandeirantes as 7:00 da manhã. Pois os guardas me pararam. Eu que estava apressado para fazer a prova, e sem ter idéia de como esses infelizes que vestem uma farda, e ganham a miséria de 2.000,00 por mês, são prepotentes e ignorantes, cai na besteira de pedir para andarem depressa com a multa. Foi a gota d' água para aqueles infelizes se revelarem. Fizeram questão de me ameaçar, apreenderam a moto e os documentos (procedimento ilegal) e depois sumiram com os documentos (nunca entregaram no DETRAN). Devido a isso fiquei sem a moto por meses, além de obviamente ter perdido a prova. Hoje sei que fiquei deprimido também. Tudo por conta de um prepotente soldadinho, que acha que é muito importante por ter uma arma e um uniforme. Essa foi apenas uma das muitas experiências que se seguiram com a "lei" e seus agentes, em todas elas verifiquei que são todos uns despreparados. Quero muita distância dessa gente idiota. Outro contato com a "vingança" foi na minha separação. Minha ex mulher fez questão de me infernizar. Usou de todo tipo de torpeza e artificios para tentar se vingar de mim. Ali também tive contato com esses seres inferiores que desejam vingar-se, pois sentem-se prejudicados e injustiçados. Imagino que a maioria dos processos na justiça do trabalho sejam de empregados que querem vingança contra seus empregadores. O Brasil é um dos paises com mais processos trabalhistas no mundo. No emprego me lembro também de uma experiência quando trabalhava em informática: o sistema caiu e fui verificar na área de cobrança como estava por lá. Pois um infeliz (para trabalhar em cobrança só podia ser) me atacou, dizendo que tinha muito trabalho a fazer e que eu o estava prejudicando por eu ser de sistemas. Aconteceu outras vezes, quando um bebado armado bateu no meu carro e quis por a culpa em mim. Ao contrario desses animais (não consigo imaginar outra palavra para descrevê-los) eu sempre fui um cara pacífico por natureza, apreciador do diálogo e da exposição de motivos para convencer a outra parte. O mesmo comportamento adoto com relação a falhas de fornecedores/prestadores de serviço: demoro a trocá-los quando cometem falhas. Sei que podem estar num dia ruim ou que circunstâncias alheias a sua vontade podem tê-los impedido de ter uma boa performance. Somento os troco quando uma grande falha acontece ou quando as falhas não são corrigidas ou se repetem com muita frequência no tempo. Procuro sempre contemporizar. No entanto conheço outras pessoas que são imediatistas e vingativas: pisou no dedão do pé delas recebe um tiro no rosto . . . numa abordagem psicanalítica essas pessoas são NEURÓTICAS: têm uma reação desproporcional ao estímulo. E elas são muitas . . . A vingança se manifesta nos assassinatos premeditados também, que são a grande maioria. Perdoar quer dizer esquecer. Quem não esquece não perdoou de verdade . . .
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Mercados Financeiros
Li recentemente que o maior mercado fianceiro do mundo é o de câmbio. Todo dia de 3 a 4 bilhões de dólares são transacionados pelo mundo afora. Ninguém consegue controlar esse mercado . . . daí os "ataques especulativos" as moedas, como acontece de tempos em tempos. Segundo li, as reservas brasileiras de 200 bilhões de doláres seriam pulverizadas, em caso de tentar segurar as cotações do dolar, como era no tempo da âncora cambial do plano real. Naquela época aconteceu algo semelhante . . . a cotação "explodiu", de uma hora para outra. Essas mudanças bruscas transferem riqueza de uma forma abrupta e especulativa. Geram inflação, pois a importação de insumos é muito grande em qualquer economia de porte. Nas economias dos países ricos as cotações são muito mais estáveis, evitando-se o enriquecimento de uns e o empobrecimento de outros. O câmbio é uma variavel muito importante nos investimentos ao redor do mundo. De uma hora para outra os salários no Brasil foram desvalorizados, de forma que comprar trabalho aqui ficou muito mais barato para quem tem receita em dólares. Da mesma forma, quem ganha em dolares pode agora vir para o Brasil e "fazer a festa", como foi regra durante muitos anos, na época da hiper-inflação.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
O Prazer
Sabemos que o prazer é conseguido de forma diferente para diferentes pessoas. Pesquisa feita na europa constatou que muitos europeus preferem ver futebol a fazer sexo com sua mulheres. Não sei detalhes da pesquisa, tais como a idade desses homens. O mesmo vale para mulheres, que preferem fazer compras a ter sexo. A verdade é que certas pessoas tem orgasmos mentais com coisas absolutamente distintas. Deve existir gente que vibra com a vitória do seu time de futebol, outros que se regozijam com alguma vingança. Falando sobre vingança, li recentemente que a maioria dos assassinatos premeditados é por vingança. Deve ser verdade, pois latrocínios (roubos seguidos de morte) são muito poucos e mortes por impulso também (as pessoas são cada vez menos impulsivas e mais pasteurizadas).
Descrição Sucintas das Profissões
Em uma palestra que tive oportunidade de ir, do Max Geringher, ele disse que seu pai resumia as profissões existentes em três tipos básicos: aquelas em que se trabalhava em pé (operários), sentado (escritório) e andando (vendas). Ele disse que seu pai trabalhava em pé e que ele lhe recomendou escolher uma profissão para trabalhar sentado. Achei a explicação ótima. Professores trabalham em pé e sentados. Dentistas trabalham sentados. Médicos sentados e em pé (cirurgiões). Engenheiros sentados e andando. Advogados sentados (em pé no juri apenas). Outra definição que ouvi foi a de que as pessoas mais humildes ganhavam seu dinheiro usando as mãos em oposição as que tinham profissões intelectuais (o poder da caneta ou do computador hoje em dia). Só que existem exceções: dentistas e cirurgiões ganham a vida com suas mãos. Artistas e políticos com sua cara (ou corpo). De qualquer forma gostei da definição do Max . . . ela me pareceu espirituosa.
sábado, 18 de outubro de 2008
O Capitalismo e os Mercenários
O capitalismo pode ser definido como um sistema que visa o máximo lucro, a ser obtido com o maior preço de venda possível e o menor custo. Estamos cansados de ver "empresários" que fazem de tudo, sem o menor escrúpulo, para aumentar seus lucros. Como exemplo me vem a memória o caso da soda cáustica no leite longa vida. Isso sem falar naqueles que arrecadam impostos dos funcionários (como INSS e IR) e simplesmente se apropriam dos mesmos. Adicione-se a estes aqueles que não registram seus funcionários. Sabemos que muitas atividades não conseguem impor seus preços ao mercado, devido a grande concorrência. Para essas atividades o maior lucro virá necessariamente de quem conseguir o menor custo, significando muitas vezes em pagar salários aviltantes. Da mesma forma que existem "mercenários" entre os empresários, também existem entre profissionais liberais: tentei marcar consulta com um médico que simplesmente escolhe se atende pessoas do convênio ou não, conforme "seu fluxo de clientes". Quando tem muitos pacientes particulares, manda a secretária dizer que não atende o convênio. No entanto, não pede o descredenciamento, por ser estratégico, num momento de baixa do movimento. Com relação a profissionais liberais, também fui vítima de advogado. Quando se recebe uma intimação você tem 7 dias para contestá-la. Praticamente não dá tempo de procurar um profissional competente por um preço justo e a situação permite que você seja extorquido. Outra situação aconteceu recentemente com relação ao "Ford Mobility", que é uma espécie de garantia adicional para veículos da marca Ford: para fazer jus a garantia você é obrigado a fazer as revisões períodicas na concessionária e novamente você é extorquido. O conflito que fica na mente do consumidor é o seguinte: quem sabe faço a revisão e ela custa pouco, de forma que o acesso a eventual garantia valha a pena. Quem elaborou o programa imaginou isso antecipadamente. Parece que a regra é sempre essa: cobre o máximo possível, aproveite a situação, se estão te procurando é porque não tem opção. Isso vale também para compra e venda de veículos ou imóveis. Basta anunciar e recebe-se várias propostas indecentes. Para defender-se disso, principalmente em imóveis, infla-se os preços de forma artificial. Novamente temos os "ratos" pensando em levar vantagem. Não gosto de ratos. Nem de cafajestes, os quais, acredito serem bem próximos destes. O mesmo valendo para "alpinistas sociais" de todos os tipos. Gosto de ética, princípois e escrúpulos e de empresas que valorizam esses valores.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Família, Comportamentos e Negócios
Sabemos que a grande maioria dos negócios existentes são familiares. E mesmo aqueles que hoje são companhias abertas, com ações cotadas em bolsas de valores, um dia foram empresas familiares. O que faz uma familia ser bem sucedida nos negócios e outras não ? Quem nunca ouviu acusações de que um determinado familiar está roubando os demais ? Ou então quem não fez uma transição desastrosa entre gerações ? Pois eu ouvi e vi esses fatos acontecerem na minha família materna. Nela valeu o ditado brasileiro: Pai rico, filho nobre e neto pobre. Já outras familias tornaram-se as mais ricas do Brasil, como os Setubal do Itaú, por exemplo. Muitos livros foram escritos sobre quando e como profissionalizar um empreendimento familiar. Temos também o ditado de que "o olho do dono que engorda o boi". Quando não existe equilíbrio fica difícil um negócio continuar. Qual trabalho deverá ser melhor remunerado, na situação dos sócios que trabalham na empresa ? Quem deverá dar a palavra final em caso de discordância ? Essas são as questões mais óbvias que me ocorrem. Elas também podem ocorrer no microcosmo familiar, quando um casal não se entende. Um casamento não deixa de ser uma sociedade em termos legais. E os problemas sucessórios podem ocorrer com a morte dos sócios, caso não tenha sido feito um testamento com cláusulas adequadas para afastar a intromissão de pessoas alheias aos negócios. Mesmo na separação do casal isso pode acontecer . . .
Todos esses problemas podem colocar pais e filhos em conflito, com a consequente quebra dos vínculos familiares. Infelizmente isso aconteceu também na familia do meu tio materno. E como diz o Sr. Flavio Gikovate: muitas familias podem ser comparadas ao inferno, devido aos seus processos internos, que fazem seus membros sofrerem horrores.
Todos esses problemas podem colocar pais e filhos em conflito, com a consequente quebra dos vínculos familiares. Infelizmente isso aconteceu também na familia do meu tio materno. E como diz o Sr. Flavio Gikovate: muitas familias podem ser comparadas ao inferno, devido aos seus processos internos, que fazem seus membros sofrerem horrores.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Sobre Ferraris e Casamentos
O evento do ano (e de muitos próximos anos provavelmente) foi o casamento da Fernanda nos Jardins em São Paulo, neste dia 11 de Outubro de 2008. Por sinal, na entrada da igreja havia uma Ferrari conversível a espera da noiva do casamento anterior. São vendidas apenas umas 12 Ferraris por ano no Brasil. Resultado do preço de até 1,5 milhões de reais (antes da desvalorização e outras mumunhas). Interessante a venda de carros importados no Brasil: Quando o dolar desvalorizou-se o preço não diminuiu em reais. O mercado aparentemente é inelástico (ai meus conhecimentos de economia). Existem marcas que fixam seus preços em dolar, como a Mercedes Bens. Interessante que muitos dos itens que compõe o custo desses modelos são pagos em reais. Gosto de probabilidades . . .e acho que ninguém na família terá uma Ferrari (pelo menos aqui no Brasil). Da mesma forma, acho que o próximo casamento nos jardins pode demorar até uma década, ou mais, uma vez que alguns parentes que tem $$$ para tanto não estão interessados em dar festa para os outros. Preferem ficar com seu rico dinheirinho rsrsrsrs. No entanto eu já fui convidado para dois casamentos anteriormente ao da Fernanda, nos jardins. Um na Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e outro na Igreja São José, da rua Dinamarca. Um deles continua até hoje, é o da Rossana, amiga de faculdade da minha irmã. O outro foi o da minha amiga Márcia, que se acabou em algum momento nos anos 2.000 . Gosto de casamentos, principalmente daqueles que são sinérgicos. Festa . . . amigos e parentes.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A Lição do Padre da Opus Dei
Tive um amigo na faculdade que era da Opus Dei (para quem não conhece, uma polêmica "prelazia pessoal do Papa") ou resumidamente, um braço de extrema direita da igreja católica. Pois bem, em 1987, numa crise pessoal, esse meu amigo me convenceu a conversar com um padre de lá. A conversa foi instrutiva, principalmante para um jovem como eu, que tinha 22 anos na época. Eu me lembro de que ele disse que na nossa vida temos quatro pilares: trabalho, familia, amigos e mulher/namorada/companheira. Ele me explicou que quando temos problemas em uma dessas áreas, estamos relativamente bem e sob controle. Quando temos problemas em duas das áreas, a coisa está ficando perigosa, e quando temos problemas em três, então precisamos de ajuda urgente, para não ficarmos doentes. A probabilidade de ter problemas nas quatro áreas nem foi cogitada, mas suspeito que se isso ocorrer, o sujeito se suicida. Quando tive problemas de saúde em 1998, as áreas do trabalho e da ex-mulher estavam "bombando". A familia não estava quande coisa, com os problemas crônicos do meu pai. Restavam os amigos . . .
Amigos de Novo
Minhas observações ao longo da vida me fazem acreditar que amigos verdadeiros são poucos. Não vejo as pessoas em geral ter amigos. Não acredito nessas pessoas que adicionam centenas de pessoas como "amigos" no ORKUT. Acho que fazem isso por espírito de emulação, para concorrer com os outros e se vangloriar: veja ! eu tenho mais "amigos" que você . . . sou mais popular . . . Meu pai dizia que temos 5 dedos em cada mão e não temos 10 amigos de verdade. Meus amigos são basicamente de infância. Eu tive a felicidade de conhecê-los numa época em que a competição era pequena e havia mais homogeneidade entre nós. Hoje em dia as crianças já são contaminadas com comparações desde o berço, pois são transformadas em "consumidores" pela mídia desde sempre. Voltando aos meus amigos de infância, nós seguimos caminhos semelhantes: estudamos engenharia (o que não estudou exerce a "profissão" na prática) e mantivemos o mesmo nível sócio-econômico (se alguém fica muito rico ou pobre as coisas podem mudar). Constituimos família (de novo, se alguém fica solteiro pode ter outros interesses). Na média da classe média dois (de quatro, ou seja, 50%) se divorciaram. Vários fatores contribuiram para essas amizades masculinas portanto. Minhas outras amizades são femininas. Nesse caso existe muita confusão entre as pessoas: muitas não acreditam em amizade entre homens e mulheres. Talvez por julgarem o mundo por elas mesmas. Essas amizades surgiram de um "querer bem a outra pessoa", mesmo que essa pessoa seja do sexo oposto. É um sentimento chamado as vezes de amor cristão, pois é desinteressado de outras naturezas como a erótica. Reservo tempo para cada um dos meus amigos e amigas. Com alguns converso todas semanas. Com outros uma vez por mês. Tenho todos em alta estima e é isso que acho importante.
Amigos "traira"
A primeira vez que ouvi a expressão amigos "trairas" não entendi. Foi preciso que o meu amigo, que era meu interlocutor, me explicasse que traira significava traidor. Outro fato referente a esse assunto aconteceu quando li um artigo onde havia uma declaração sobre as amizades entre homens: Ela seria mais difícil e rara do que entre mulheres e estaria fundamentada no interesse de conseguir alguma vantagem. Seguiu-se um programa do globo reporter sobre amizade onde apareceram somente amizades entre mulheres e uma explicação: um hormônio feminino, chamado ocitocina, seria o responsável pela amizade entre elas. Juntando todas essas informações me lembrei de dois momentos onde algo semelhante aconteceu comigo: "amigos" da faculdade, que eu considerava, fizeram esse papel ridículo de tentar obter informações privilegiadas de mim. Realmente não conseguiram nada. Apenas o meu desprezo e a perda da "amizade".
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Ser Jovem nos anos 80 no Brasil
Isso aconteceu comigo (jovem é aquele que tem de 18 a 26 anos, lembrem-se). Pois completei 18 anos em 1982 e consequentemente atingi os 26 anos em 1990. Temo muitas lembranças ruins dessa época . . . o Brasil era uma porcaria de pais, com problemas crônicos de inflação, consequentemente não havia crédito para comprar as coisas que eu necessitava, e, quando havia os juros eram estratosféricos. Parte desse tempo vivi na ditadura militar (Tancredo foi eleito em 1985 se não me engano). Nem opinião politica podia-se ter. Não havia importação de bens de consumo e o nosso comércio exterior também era fraco. Amigos que tinham acesso aos famosos tenis "All Star" eram o máximo (esses tenis eram uma porcaria para os americanos, coisa de pobre). Nossos índices de desenvolvimento deviam ser bem mais próximos da Africa que hoje em dia. Os empregos eram escassos, não havia concursos públicos como hoje em dia. Para quem estudou engenharia como eu era um fiasco. O Brasil não investiu em tecnologia e grandes obras nos últimos 25 anos. Consequentemente, quando não há investimento, não existem bons empregos para engenheiros. A informação não circulava (obviamente não existia internet). Mesmo o acesso a livros era restrito (eu pelo menos vivia perto de uma Biblioteca Municipal e li muito, livros e periódicos). Os carros eram uma porcaria. Todo mês o carro ia parar na oficina. Um horror ! Inventaram o carro a alcool mas a tecnologia teve de ser desenvolvida e é claro aconteceram problemas. Um ícone da época foi o resuscitamento do Fusca, por idéia de um presidente infeliz chamado Itamar Franco, que por incrível que pareça era engenheiro !!!
Para terminar nossa sociedade era arcaica: as mulheres ainda estavam nos anos 50 em termos de comportamento. Nem parecia que a pílula tinha sido inventada em 1960 !!! Resumindo: foi muito difícil viver naquela época. Sem o auxílio de muita cerveja, vodka e whisky não havia quem engulisse aquela realidade. Havia os mais radicais que partiam para as drogas pesadas como existe até hoje e acho que sempre existirão. Depois vieram os anos 90 e a situação do pais só piorou com a hiperinflação. O panorama só começou a mudar em 1994 com o advento do plano real, mas essa história vai ficar para um outro artigo . . .
Para terminar nossa sociedade era arcaica: as mulheres ainda estavam nos anos 50 em termos de comportamento. Nem parecia que a pílula tinha sido inventada em 1960 !!! Resumindo: foi muito difícil viver naquela época. Sem o auxílio de muita cerveja, vodka e whisky não havia quem engulisse aquela realidade. Havia os mais radicais que partiam para as drogas pesadas como existe até hoje e acho que sempre existirão. Depois vieram os anos 90 e a situação do pais só piorou com a hiperinflação. O panorama só começou a mudar em 1994 com o advento do plano real, mas essa história vai ficar para um outro artigo . . .
domingo, 5 de outubro de 2008
Bullying
O "bullying" sempre existiu nas escolas e eu fui vítima dessa violência. Essa prática consiste em hostilizar pessoas indefesas mormente por elas serem diferentes. Um grupo se une contra a vítima, passando a agredí-la verbalmente e/ou fisicamente. As agressões indiretas (ofensas, calúnias, injúrias e difamações) são perpetradas mais por mulheres. Já a agressão física direta é mais praticada pelos homens. Fui vítima da colocação de apelidos no ginásio. Esses apelidos procuravam ridicularizar-me e eram fundamentados na aparência física. Eu acho que a origem desses apelidos eram a invenja de muitos por eu ser bom aluno, querido pelos professores. Todos que se destacam de alguma maneira são em geral hostilizados. O bullying se repetiu no segundo grau, na terceira série, de novo por eu ser o primeiro aluno da classe. Existiram outras vítimas também. No meu caso as ofensas eram na forma de "musiquinhas". Como é típico nesses casos eu nada podia fazer para defender-me e a escola também nada fez, mesmo porque nem pensei em denunciar a direção o que se passava. Fiz o mesmo em casa, ou seja, meus pais nunca souberam dessas tentativas de humilhação por que passei. Felizmente com o termino do colegial essa página infeliz foi encerrada e nunca mais voltou.
sábado, 4 de outubro de 2008
Avaliações, Variavéis e "Ranking"
Um modo "matemático" de analisar qualquer situação mais complexa é dividir o "problema" em partes quantificáveis ou qualificáveis (variaveis). Na prática são quesitos. Para cada quesito damos uma nota e um peso. Depois multiplicamos a nota pelo peso e somamos para todos os quesitos. Fazemos isso para cada hipótese a ser testada. O peso de cada quesito variará conforme a necessidade da pessoa naquele momento da avaliação. Exemplo: Compra de uma casa. Quesitos: localização, preço, área construida, numero de quartos, numero de vagas na garagem, quarto de empregada e tudo mais que a pessoa desejar avaliar para tomar uma decisão racional. Os pesos variam conforme a pessoa naquele momento. Por exemplo: vagas na garagem: para uma familia com filhos em idade universitária pode ser muito importante. Nesse caso daríamos o peso 3 por exemplo. Para um velhinho de 80 anos que não dirige mais poderia ser peso 1 apenas. Após essa "ponderação" inicial partimos para as casas e após compará-las damos notas para os quesitos. Depois multiplicamos as notas pelos pesos e somamos, fazendo um ranking em ordem decrescente. Ai fica fácil ver porque uma escolha é melhor que a outra e decidir da forma mais racional possível. Este método é muito útil para finanças de uma forma em geral. Para assuntos sentimentais sua aplicabilidade é mais limitada . . .
O Tempo de Cada Um
Muito já escrevi sobre diferenças, modos de pensar e atitudes de grupos e pessoas. Esse assunto me fascina, pois permite um tipo de investigação da essência do pensamento das pessoas e até a especulação de porque elas são como são. Numa cidade do tamanho de São Paulo, quarta maior cidade do mundo, encontramos de tudo em termos de tudo: tribos, objetos, lugares. É um ótimo laboratório . . . O título de hoje me leva a refletir sobre a obsolescência de modos de pensar e das próprias pessoas. Existem pessoas que ficam paradas no tempo. Suas idéias não correspondem aos fatos como disse o Cazuza . . . Talvez isso tenha a ver com o envelhecimento embora possa ser visto em pessoas jovens também. Gente atrasada . . . cheia de manias e crendices. Pessoas que tem idéias que foram válidas em décadas passadas . . . que não estudaram estatística, que acreditam em premissas falsas e que, portanto, podem provar qualquer coisa. Os cientistas sociais falam em gerações . . . eu me lembro de como as coisas eram há 20 ou 30 anos atrás. A evolução tecnológica, as mudanças nos costumes. Também acompanhei as soluções adotadas por uma sociedade diferente da nossa (a americana). Sempre mantive-me atualizado e atento ao que acontecia. Sempre tive interesse em conhecer mais e mais. Concordo que algumas coisas nunca mudam. Essas coisas são poucas, felizmente ou infelizmente para alguns.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Filhos Emocionalmente Saudáveis
Esse é o título do livro que estou lendo atualmente. O título completo é ainda mais animador: Filhos emocionalmente saudáveis - íntegros, felizes, inteligentes. Não parece uma maravilha ? Com um título desses deveria ser entregue a cada pai/mãe na hora de retirar o filho da maternidade. Confesso que fui atraído pelo título. Nunca tinha ouvido falar nesse livro, nem no seu autor, o Sr. Stanley Greenspan. O autor tem um currículo respeitável: Ele é psiquiatra infantil e psicanalista infantil entre outras coisas. Estou lendo o livro e ele só fala no desenvolvimento do recém nascido até 4 anos. Compara as interações e progressos que a criança tem nessa fase com o mais óbvio e facilmente reconhecível desenvolvimento físico e motor. O autor afirma que todas aquelas qualidades descritas no título dependem da atenção, tempo e dedicação da mãe/pai/cuidador da criança nessa fase. Caso as afirmações sejam verdadeiras (e o autor parece ter cacife para acreditarmos nisso) pode ser a explicação do porque encontramos tantos incompetentes em relacionamento humano na idade adulta . . .
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