domingo, 27 de junho de 2010

Aparências

Em sociedade só interessam as aparências. As vezes o pouco de informação que nos chega nos mostra uma situação ideal. Quando nem as aparências se salvam, aí é que a coisa fica clara e inequívoca e não existem dúvidas. As vezes, no entanto, imaginamos que tudo corre as mil maravilhas na vida de uma primo ou prima por exemplo. Quando temos intimidade suficiente podemos perguntar diretamente e então podemos nos surpreender. De perto ninguém parece normal mesmo. Com a morte dos avós, que são o elo comum entre os primos, os encontros ficam limitados a casamentos e enterros. Com o tempo os casamentos minguam e os enterros aumentam, de onde se torna muito mais comum encontrarmos os primos e tios e tias nos enterros. Felizmente temos amigos, cuja vida acompanhamos bem mais de perto que a dos parentes distantes. Com o tempo as mascaras, se existem, caem. Então podemos saber exatamente com quem estamos lidando.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Existe esperança ?

Li recentemente um trabalho (tese de mestrado) sobre a educação e desenvolvimento das nossas crianças. As conclusões são que os pais repetem os erros que seus pais cometeram na educação deles. Ou seja: punições, autoritarismo, ameaças de retirada do amor (chantagem emocional) são comuns com as crianças de 2 a 6 anos. Somente uma minoria educa seus filhos de forma elucidativa que seria a mais adequada. As escolas podem ajudar, quando possuem uma pedagocia adequada mas sempre será um trabalho dificil, caso não exista ressonância com o que os pais praticam em casa. Fiquei triste com essa constatação, pois nossas crianças não estão desenvolvendo todo o seu potencial de colaboração e autonomia, criando-se futuras pessoas infelizes, movidas por solicitações exteriores. E em uma situação extrema, esses futuros adultos infernizarão a minha vida, pois será invevitavel cruzar com eles no trabalho, no dia a dia, na familia.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Desejo de Ser Mais do Que se É . . .

O fascinio que os bens materiais exercem sobre a mente de algumas pessoas é notável. O pessoal de marketing sabe muito bem explorar essa fraqueza humana. As campanhas procuram mostrar que as pessoas serão mais felizes se tiverem o produto x, y ou z. Tudo ao alcance do cartão de crédito . . . existem pesquisas que mostram que até o cerébro das pessoas sofre alterações em lojas onde estão os objetos do seu desejo. Ou seja, a pessoa pode entrar num certo estado de insanidade mental temporária ao ser exposta a compras que ela deseja. Não se admira que todos nos compremos coisas que nunca usaremos e que se acumularão em nossas casas porque teremos dó de nós livrar delas depois. E assim o mundo gira e os negócios prosperam . . .

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lutar ou Mudar-se ?

Continuando a postagem anterior, uma vez conhecida a realidade e não satisfeito com ela, podemos lutar para mudá-la (e em geral nos cansaremos ou enlouqueceremos, caso ela seja cultural) ou então "nos mudamos". Esse era o "lema" daquela campanha da ditadura: Brasil: ame-o ou deixe-o !. Um jeito de mudar a realidade é através da politica: o poder que existe no estado brasileiro é muito grande, pois pagamos 40% em impostos. Outros meios de mudar a realidade é através das oportunidades, que aparecem ou não, na vida das pessoas. Um exemplo de oportunidade é o pré-sal. Outro foi a expansão do comercio mundial, puxado pela China. Assim, como já ouvi uma vez em uma situação distinta: É pegar ou largar ! (em relação ao Brasil)

Adaptar-se ou Lutar ?

Hoje em dia, com o volume de informações que temos, desde que saibamos discenir entre o que é confiável ou não, podemos afirmar que "conhecemos a realidade". Para isso temos pesquisas, estatisticas, estudos e a experiência propria e dos próximos. Uma vez conhecida a realidade, podemos buscar o porque as coisas são como são. Isso feito, temos duas opções: nos adaptamos ao mundo e até podemos tirar vantagem dessa situação, ou, então, podemos lutar para mudar o que existe. Mudar o que precisa ser mudado, em beneficio de todos, por exemplo. Aqueles que se beneficiam da situação atual não querem mudanças, pois estão ganhando. E qual a direção a seguir ? Aqui temos de novo a informação, que nos traz como são resolvidos os problemas nos demais países do mundo, em particular, nos mais avançados socialmente. Sim, porque devemos sempre nos comparar com os melhores e não com os piores, para que tenhamos um objetivo mais elevado a alcançar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Educação e Instrução

Uma pesquisa de doutorado da psicologia da USP mostrou que os pais não são coerentes quando educam seus filhos. As premissas "idealizadas" não são seguidas na prática, algo como: na teoria acho que ser democrático com os filhos "bonito", mas, na prática, quero que eles façam o que eu mando. Na média somente uns 15% dos pais são coerentes quando se trata de educar seus filhos, de forma madura, adulta e com enfase no seu potencial pessoal. Ou seja, minha ideia de criar filhos, voltada para o seu crescimento e desenvolvimento em todas as áreas e direções, é exceção. Junte-se a isso a instrução, que é dada pela escola e teremos um panorama de onde são formados os individuos que encontramos no dia a dia. Sabemos que a instrução publica é um fiasco. A instrução particular depende muito dos interesses dos pais, pois são eles que pagam a escola. Assim sendo existirão escolas particulares de todos os tipos, desde as mais "bitoladas" e preocupadas com o conteúdo e com o que é exigido no vestibular até as mais liberais e preocupadas com a formação geral do indivíduo. Toda essa constelação mostra como é dificil formarmos seres pensantes, com auto-critica, questionadores e donos do seu proprio destino. Nossas crianças são massacradas por pais ignorantes e incoerentes e encontram na escola um curriculo desafado, professores demotivados e cansados (isso na escola publica). Na escola particular, podem encontrar professores que reforçam as ideias dominantes na cabeça dos pais. Sobra pouco espaço para ser criativo. Acrescente-se a isso a mídia e a propaganda, cujo objetivo é massificar o consumo, tornando todos mais iguais e teremos o que encontramos no jovem de hoje em dia: passividade.