Os meios mais fáceis de ficar rico ilicitamente é ganhando muito de um só (em geral o governo) ou então ganhar pouco de muitos (em geral do povo). Para combater essas mazelas, temos as concorrências no serviço público e agências regulatórias diversas, além de orgãos fiscalizadores como o IPEM (Instituto de Pesos e Medidas). O ideal seria ganhar muito de muitos. Isso, no entanto, é muito díficil, e, em geral, só acontece com leis que o governo emite em benefício seu mesmo (aumento de impostos).
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Como ser esperto
A fórmula da esperteza é simples: adule os ricos e poderosos para cair em suas graças e explore a ignorância dos mais humildes. Com essa estratégia o esperto maximilizará seus lucros financeiros. Conseguirá negocios com os ricos e poderosos, que pela sua situação natural, podem pagar mais e portanto gerar mais lucros para o esperto. E dos humildes e ignorantes, através da sua esperteza, o esperto pode subtrair o dinheiro que eles juntaram com sacrifício, as vezes de uma vida inteira.
Poucos lêem os papeis que assinam
Pois é, estamos no Brasil. Poucos sabem ler. Muito menos ainda entendem o que leram. E do outro lado temos empresas e departamentos jurídicos que fazem questão de colocar todas as cláusulas possíveis e imagináveis a seu favor. Existem contratos que uma pessoa de bom senso nunca assinaria, tais como consórcios e planos de previdência privada. Mesmo contratos de financiamento podem incluir armadilhas. Por isso que sempre ouvimos o conselho: antes de assinar, consulte o seu advogado de confiança, e, que, de preferência, tenha conhecimentos sobre a matéria em questão, além de estar atualizado.
domingo, 27 de setembro de 2009
Tradição, Força e Mercado
As vezes acesso blogs diversos, em geral devido a pesquisas que faço no "google", com frases ou palavras inspiradoras. Alguns são pura bobagem. Outros são interessantes. O presente artigo foi "copiado" de um desses blogs. Nele o autor dizia que as forças sociais eram a Tradição, a Força e o Mercado. Achei interessante. O item mais óbvio é a força: o poder de polícia que já comentei em um artigo anterior. A tradição é um pouco mais sutil: passa de pai para filho, principalmente em termos profissionais. Até Jesus Cristo foi carpinteiro, como seu pai era. Familias tradicionais. Empresas tradicionais. Escolas tradicionais. Igrejas tradicionais. Costumes tradicionais. Restaurantes tradicionais. Industrias tradicionais. Realmente parece que TUDO pode ser tradicional . . . Resta comentar sobre o MERCADO. O mercado pode ser considerado a força do novo. O que o mercado compra, ou está disposto a comprar, moverá o comercio, por consequência a indústria e por fim o dinheiro. Aqui temos todo o arsenal da administração moderna: colocar uma idéia na cabeça das pessoas ou uma marca. Com isso a indústria procura vender e obter seu lucro.
Observação de Jung sobre as pessoas (fragmento)
Sou fã de Jung. Poderia escrever sobre ele e porque gosto de seus livros e conceitos. No entanto, vou comentar uma observação feita no programa do Flavio Gikovate de hoje: Ele disse que Jung mencionou que certas pessoas atingem seu "ápice" na adolescência e início da vida adulta, por volta de 20 anos, decaindo progressivamente no tempo, chegando ao fundo do poço por volta dos 40 ou 45 anos. Outras, começam de forma tímida, claudicando, e vão aprimorando-se e melhorando com o tempo, atingindo seu ápice e exuberância por volta dos 40/45 anos, momento em que os citados inicialmente estão justamente no "fundo do poço". Interessante essa observação. Conheço pessoas que se adaptam a essa teoria. Uma, em particular, foi exuberante e foi invejada na sua juventude. No entanto, não conseguiu reter esse momento. Hoje é uma sombra do que foi naqueles tempos de glória. Eu mesmo tive meus momentos. No entanto, os percalços foram muitos, alguns julgamentos errados (por falta de informações e por falsas crenças) e a doença se fez presente. Consequentemente, em alguns aspectos o auge foi alcançado no passado e em outros continuo em evolução. Profissionalmente, emocionalmente, intelectualmente, fisicamente: são muitas as facetas a serem avaliadas . . .
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A minha imagem e semelhança
Contatos próximos mostraram-me como certos pais se acham o supra sumo da sabedoria, sabedores de todo conhecimento do mundo de como educar seus filhos. Criam robozinhos, inculcando suas ideias nos mesmos, que as repetem como papagaios. Que tristeza ! Passam seus preconceitos e, como não estão atualizados, seus defeitos também. Agora entendo porque existem tantas pessoas idiotas no mundo: vai ver que foi isso que aprenderam como certo em termos de idéias e comportamento de seus pais. Esses indivíduos não se dão o direito de pensar livremente, de explorar outros ângulos das questões em pauta, enfim, de crescerem como indivíduos. A mim parece que a religião tem esse mesmo efeito para muitos, fazendo com que todos sejam vaquinhas de presépio na mão de pastores e assemelhados. Outros são vítimas de seus analistas: não tomam nenhuma atitude sem consultá-los. Max já dizia: a religião é o ópio do povo ! E os pais castradores e represivos são a desgraça do mundo . . .
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Carros
Qual o lugar do carro na sua família ? Quanto representa o valor do seu carro, em relação ao valor da sua casa ? Qual é o carro que você necessita e qual é o que você deseja ? Perguntas interessantes, que podem ser respondidas pela observação do ranking de veículos vendidos no Brasil e pelo pátio de estacionamento do condomínio em que você vive. Gosto de carros. Na verdade sou apaixonado pelo assunto. Infelizmente os carros não são um investimento, muito pelo contrário, são uma despesa, e, uma despesa de valor elevado aqui no Brasil. Assim sendo, é normal um carro novo representar parte significativa do seu patrimônio. No entanto, como o carro deprecia rapidamente, e, ao contrário, o imóvel em que você vive valoriza-se com o tempo, é normal que o percentual de capital empatado mude com rapidez ao longo dos anos. O carro está ligado a idéia de liberdade: liberdade de ir e vir. Liberdade de deslocar-se em qualquer horário e para qualquer lugar. Está ligado a idéia de poder: velocidade e arrancadas. Está ligado a idéia de sofisticação e exclusividade (estas determinadas pelo seu preço, obviamente). Observando-se as vendas de veículos, verificamos que o que determina a maioria das compras é a racionalidade e o preço, devido, em grande parte, ao baixo poder aquisitivo do brasileiro em geral e aos altos preços dos automóveis, devido aos impostos cobrados, principalmente. A lei da oferta e da procura é válida neste mercado: quanto mais caro, menos pessoas podem se dar ao luxo de adquirir um carro. Por outro lado, observando o estacionamento do condomínio, verificamos novamente que o carro não é prioridade para a maioria das pessoas. Nos três condomínios que tenho acesso, carros acima de R$ 100.000,00 são raridades. Mesmo no mais caro deles, onde o preço dos apartamentos chega a R$ 440.000,00. Talvez a resposta esteja no que me disse um amigo que viveu nos Estados Unidos, onde os carros são baratos, as opções são muitas e a renda é alta, e, no entanto, os carros mais vendidos estão na faixa de US$ 20,000.00: Se eu posso ter um carro bom por esse preço, por que gastaria mais ?
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
A Incapacidade de Ouvir e Entender
Deparei-me com essa situação muitas vezes. Você conversa com alguém que tem um ponto de vista divergente que o seu. Isso é muito comum, porque as origens, as experiências de vida e a própria quimica cerebral e as ligações dos neurônios das pessoas são, em geral, diferentes. Daí que suas necessidades e desejos também sejam, assim como sua visão de mundo. Pois bem, ao dialogar com essas pessoas, numa situação onde não existe subordinação (pessoas adultas, sem relação hierárquica) percebo que muitas são "surdas" aos argumentos contrários. Essa incapacidade deve ter origem nas ligações entre os neurônios, tamanha é a obstinação com que essas pessoas defendem seus pontos de vista. Muitas estão interessadas apenas em si mesmas, não conseguindo se colocar no lugar do outro (empatia). Acho que essa atitude é muito comum hoje em dia e quiça terá sido assim também no passado, não sei dizer. Para usar uma expresão da minha namorada: a pessoa não consegue "absorver" o que está sendo falado. Fico triste com essa constatação, pois a mim parece que essas pessoas são limitadas intelectualmente. E não será com pessoas limitadas intelectualmente que faremos da nossa sociedade e do nosso país um lugar melhor para se viver.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Descobertas e surpresas
Todos nós algumas vezes fomos surpreendidos em nossas vidas. Quando somos jovens podemos nos envolver em situações que evitaríamos facilmente em idade mais avançada. Descobrimos muitas vezes que o "amigo" não é tão amigo assim. Que o "outro" pode ser nosso "verdugo". Que certos familiares podem ser nocivos. Muitas vezes nossa inexperiência é fruto de termos sido abandonados na prática por pais omissos. Outras vezes fomos avisados mas não esclarecidos adequadamente. E, finalmente, podemos ser desafiadores e rebeldes, testando limites e "pagando para ver".
Questionador, ponderado e reflexivo
As qualidades da pessoa "adulta" são as de ser questionador, ponderado e reflexivo. Muitas pessoas nunca atingem essas qualidades: fazem coisas sem pensar, por que "todo mundo faz", não pesam suas atitudes e reações, causando conflitos e problemas os mais diversos. Por fim, muitos não refletem, ou seja, não aprendem com os erros passados, não "se lembram" e repetem os mesmos erros. Logo, não evoluem. Questionar é fundamental para compreender. Ponderar, para escolher como agir. E, finalmente, refletir é necessario para não cair nos mesmos erros. É isso.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Incoerências, não confiabilidade e decepção
Mais uma vez fomos contemplados com as incoerências das pessoas. Já haviamos visto isso no condomínio. Agora vimos na família. A opinião a respeito da mesma pessoa em análise muda da água para o vinho (ou do vinho para a água) em questão de dias. Antes a pessoa era o "diabo". Logo depois vira "Deus". Quanta falsidade e hipocrisia ! Cansei de ver isso quando era auditor. Antes de ser "nomeado" as pessoas não me viam como uma "ameaça" e metiam o pau, as vezes com razão e outras vezes sem . . . depois que virei auditor me lembrava do que elas tinham dito. Na familia isso é muito comum no lado paterno: tias e tios, primos e primas, brigam e falam mal uns dos outros. Passado algum tempo, estão aos beijos e abraços . . . Já vi casais assim também . . .virou até música: "Entre tapas e beijos . . ."
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Escala e tecnologia na indústria
Escala e tecnologia definem praticamente tudo em termos de investimento industrial. Existem industrias que são tão tecnologicas (como a aeronautica) que o mundo só comporta duas: boing e arbus. Em outros casos o pais em questão (a maturidade de seu mercado, por exemplo) só tem escala para produzir determinado produto. Caso de carros populares no Brasil. Carros muito sofisticados serão importados se não "ad eternum" pelo menos por muitos anos ainda. O mesmo vale para cidades dentro de um mesmo país: o mercado de São Paulo é com certeza o maior do Brasil, pois São Paulo é a quarta ou quinta maior cidade do mundo. Assim sendo, se você não encontrar em São Paulo, provavelmente não encontrará em nenhum outro lugar do Brasil. São Paulo concentra 50% da industria do Brasil. Muitas migraram em busca de mão de obra mais barata, por exemplo. Na industria existe o conceito de "cluster". Não é possível instalar uma industria no meio do nada: ela provavelmente não seria viável economicamente, devido aos custos de logística. Carros são o ativo mais caro e sofisticado que a maioria pode almejar possuir. Eletrônicos são mais baratos e tem vida útil menor. Eletrodomésticos podem ser importados, exceção aos de grande porte e grande demanda (televisões e geladeiras por exemplo). Bens de capital podem ser feitos no país ou importados. É um mercado sofisticado: são as máquinas e equipamentos que a indústria compra. São a indústria da indústria . . . parecido com a metalinguagem: escrever sobre o ato de escrever.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Ser Polivalente
Muitas vezes ao pedir a opinião de uma pessoa sobre um assunto qualquer recebi a resposta:
- Não é a minha especialidade ou a minha área de atuação.
Já escrevi sobre isso antes. No entanto, com o advento da internet, podemos "adentrar" em qualquer área, e, sabendo o português, poderemos encontrar matérias que nos ilustrem e esclareçam sobre o tema desejado. No entanto, é necessária a vontade de fazer essa pesquisa, muitas vezes movida pela curiosidade sobre o assunto em pauta. E isso falta a muitas pessoas. A isso acho que os franceses chamam de "elan". Tendo essa atitude, podemos convesar com qualquer profissional e fazer perguntas pertinentes e oportunas. Não precisamos ficar apáticos na frente de um médico por exemplo. Os próprios profissionais,quando são bons, gostam do interesse despertado pelas perguntas, desde que as mesmas sejam inteligentes e pertinentes. Todo professor gosta de responder perguntas inteligentes. Ele se sente valorizado e prestigiado. Existem, no entanto, pessoas que não tem a mínima condição de argumentar com seu interloculor. É aqui que a maioria dos problemas surgem, devido a assimetria de conhecimento entre as partes envolvidas. Para ser "polivalente" é necessário esforço e empenho. E como vimos no artigo anterior, a maior parte da humanidade é preguiçosa e covarde. Por isso, os polivalentes serão sempre poucos, até que a humanidade mude.
- Não é a minha especialidade ou a minha área de atuação.
Já escrevi sobre isso antes. No entanto, com o advento da internet, podemos "adentrar" em qualquer área, e, sabendo o português, poderemos encontrar matérias que nos ilustrem e esclareçam sobre o tema desejado. No entanto, é necessária a vontade de fazer essa pesquisa, muitas vezes movida pela curiosidade sobre o assunto em pauta. E isso falta a muitas pessoas. A isso acho que os franceses chamam de "elan". Tendo essa atitude, podemos convesar com qualquer profissional e fazer perguntas pertinentes e oportunas. Não precisamos ficar apáticos na frente de um médico por exemplo. Os próprios profissionais,quando são bons, gostam do interesse despertado pelas perguntas, desde que as mesmas sejam inteligentes e pertinentes. Todo professor gosta de responder perguntas inteligentes. Ele se sente valorizado e prestigiado. Existem, no entanto, pessoas que não tem a mínima condição de argumentar com seu interloculor. É aqui que a maioria dos problemas surgem, devido a assimetria de conhecimento entre as partes envolvidas. Para ser "polivalente" é necessário esforço e empenho. E como vimos no artigo anterior, a maior parte da humanidade é preguiçosa e covarde. Por isso, os polivalentes serão sempre poucos, até que a humanidade mude.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Os Covardes
Sabemos por experiência que a maioria das pessoas é covarde e preguiçosa. Tenho o exemplo do condomínio onde moro. Uma vez sondei a síndica sobre comprar uma moto e colocá-la em um lugar que não atrapalhasse o condomínio. Sua reação foi de quase pânico e sua resposta foi: preciso consultar o conselho ! Mais tarde, eu mesmo me tornei síndico, e, como o prédio é pequeno, em poucos meses consegui conhecer todos os moradores e pude presenciar suas reações (que valem mais do que mil palavras) ao vivo. Constatei, infelizmente, que a maioria era composta de covardes, mentirosos e omissos. Situação vivida anteriormente em ambientes profissionais também. Cheguei a conclusão que essa deva ser uma regra aqui no Brasil e que lutar contra ela pode ser inglório e ineficaz.
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