Uma das mentirinhas que procuram incutir em nossa mente é que, independente de nossa origem social, poderemos conseguir tudo o que desejarmos. A verdade é que, desde o nascimento, alguns terão a infelicidade de virem a este mundo com problemas os mais diversos possíveis, o que, salvo exceções (que aparecerão no noticiário, vide artigo sobre o que é notícia) condenará esses indivíduos a um lugar menor na sociedade e na vida. Quanto a mobilidade social, o Brasil foi no século passado o país de maior mobilidade social no mundo, pelo menos durante uns 70 anos. Depois disso tivemos muitos problemas e ficou muito mais difícil os filhos superarem os pais socialmente. Uma consequência disso foi que quem nasceu em condições de pobreza, teve, nos anos 80 e 90, uma grande chance de continuar pobre. Os salários foram perdendo valor de compra e os bons empregos foram desaparecendo. Somente os desfavorecidos muito talentosos conseguiram superar suas origens e transcender a um nível social superior. A classe média encolheu e há quem diga que a classe média brasileira deva ser considerada como sendo a classe C e não mais a B, já que a classe C é a classe mais significativa em número de indivíduos hoje em dia no Brasil. Os problemas são gigantescos e a nós, classe média em extinção, resta lutar para pelo menos manter nossa posição relativa, evitando, passar para a grande classe C em expansão.
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