domingo, 11 de março de 2012

Pobres Revoltados

A primeira vez que tive contato com os "PRs" (pobres revoltados) foi na USP, na década de 80. Até ali eu tinha vivido em um bairro de classe média e tinha estudado em colégios particulares, que são para uma minoria, de maior poder aquisitivo. Quando entrei na USP, encontrei pessoas de todas as classes sociais e entre elas haviam os "PRs". Eram poucos no curso de engenharia. Meu contato com eles ocorreu porque eu morava longe e almoçava no restaurante universitário. Eles por serem pobres não tinham carro e também almoçavam lá. Na época o PT estava sendo criado. Eles eram todos petistas. Hoje quando vemos o mapa das eleições em SP percebemos que o PT sempre ganha na periferia, local de moradia dos "PRs". Minha impressão é que ser "PR" não é uma opção mas uma imposição ideológica a essa gente. Uma característica deles é ter inveja dos que são melhores que eles em qualquer aspecto. Inveja é uma mistura de humilhação+raiva. E eles colocam a culpa do seu estado no governo, nos capitalistas, nos ricos, na guerra dos sexos. Todos são culpados da infelicidade deles.

3 comentários:

Van der Camps disse...

Nas empresas em que trabalhei não tive contato direto com os pobres, pois trabalhei no escritório a maior parte do tempo. No escritório em geral estão pessoas mais educadas e civilizadas, que ganham melhor que os peões das empresas. São pessoas que usam o cérebro ao invés das mãos.

Van der Camps disse...

Encontrei muitos "PRs" na minha vida: no bairro pobre no qual fui morar depois de casado, em mulheres que conheci, em contatos no dia a dia ou em conflitos. A lógica mental de uma pessoa dessas em geral não permite argumentação. É igual a uma religião, ou ser torcedor de um time de futebol. Ser "PR" pode ser um destino.

Van der Camps disse...

Mais um pobre revoltado cruzou meu caminho, desta vez na rede social Facebook. Fiz um comentário sobre a política de cotas e um "PR" que trabalha no Tribunal de Justiça em um cargo de nível segundo grau mas que conseguiu entrar na São Francisco e se formar em direito não perdeu a oportunidade de se manifestar rosnando contra alguém que ele nem conhece e nem procurou ouvir antes de agredir. Eles são muitos !!!