A frase acima foi dita pelo Diniz do grupo Pão de Açucar e é parecida com aquela velha conhecida: O olho do dono é que engorda o boi. Entramos aqui no ambito das empresas que "tem dono", ou seja, empresas familiares. Sabemos que 90% das empresas são familiares. No entanto, entre as grandes empresas, muitas são de donos "pulverizados", já que abriram seu capital nas bolsas de valores. Poderia falar da bolsa de valores também mas prefiro neste momento falar das empresas que não tem dono. Essas empresas são em geral muito melhores para trabalhar do que as que tem dono, pois são mais igualitárias e transparentes. É claro que nelas também existem problemas mas não existe uma vontade única e onipresente nelas. As grandes questões são discutidas e em geral resolvidas de forma mais racional e menos pessoal (existem exceções). São muito mais democráticas em geral e mais generosas com seus funcionários. O lucro é dos seus acionistas, os quais esperam a distribuição dos dividendos para complementar sua renda ou até mesmo para sobreviver no caso de aposentadorias. Sua formação permite em geral que a empresa dure muito mais anos que as familiares, já que os problemas de sucessão são em geral resolvidos (sabemos que as empresas familiares em geral não passam da segunda ou terceira geração). Algumas das empresas que não tem dono são do governo. Essas então são mais generosas ainda com seus empregados. Uma caracteristica das empresas que não tem dono é terem uma auditoria forte e atuante (exceto as do governo). Justamente porque os acionistas querem que suas diretrizes sejam cumpridas e se possível que os desfalques e furtos sejam minimizados. Para acorrer uma fraude são necessários três ingredientes: oportunidade, vontade e certeza da impunidade. Em empresas com auditoria atuante a certeza da impunidade nunca ocorrerá.
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