Sabedoria é conhecimento aplicado. Quando eu era jovem aprendi muito com a experiência de pessoas mais velhas e cultas. Conversas muito instrutivas aconteceram naquela época. Durante os anos vindouros da minha vida continuei acumulando conhecimento e também sabedoria. Hoje mantenho conversas com pessoas contemporâneas minhas e também com algumas mais velhas. Noto que existem pessoas que permaneceram interessantes. Outras ficaram "obsoletas": como na música do Cazuza: "Suas idéias não correspondem aos fatos ". Existe gente que é um "porre", tacanha. Encontramos essas pessoas geralmente em ambientes como no trabalho e na família, pois são locais em que não podemos controlar os personagens. Já nossos amigos são escolhidos por alguma afinidade e obviamente com eles em geral a troca de idéias é produtiva. Entender as limitações é meio caminho andado para evitar problemas e discussões que não levam a nada.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Meios Escusos de Conseguir as Coisas
Eu já fui muito inocente quando mais jovem e acreditei que o bem sempre vencia, como vi muitas vezes no cinema (ver artigo sobre idealizações e fantasias na adolescência e juventude). Com o tempo, e vivendo no Brasil, descobri que o mal muitas vezes vence. O "esperto", o desonesto, muitas vezes logra obter sucesso, normalmente por se aproveitar de uma situação (oportunista) e por explorar as misérias e fraquezas humanas, que são todos os vícios que a humanidade possue, e que muitas vezes se confunde com os pecados capitais. Assim é que muitos se aproveitam de um chefe vaidoso, para lhe puxarem o saco e conseguirem benesses. Outras vezes percebem a fragilidade de um velho para lhe roubar as economias de uma vida (temos um caso desses na familia atualmente). Pode ser o caso de enganar uma criança ou jovem, que devido a sua inexperiência pode acreditar em promessas vãs. São muitos os exemplos, dentre os quais cito ainda as mazelas do nosso poder judiciário. Acho que essas coisas sempre aconteceram, desde que o mundo existe, e que o cinema da minha época tentou fazer a sua parte, procurando educar os expectadores, de forma a minimizar a supremacia do mal. Pena que muitos desses "malvados" não devem ter assistido os filmes . . .
Resolvem todos os problemas na casa dos outros
Muitas vezes converso com as pessoas e conto a elas sobre situações vividas por mim no intuito de sondar a opinião alheia. Pois é através da opinião das pessoas que podemos conhecê-las um pouco mais profundamente, além das superficialidades estabelecidas pelo convívio social. Existem pessoas que gostam de ficar apenas no "verniz" social e se entreteem consigo próprias. Eu, ao contrário, sempre fui um estudioso da natureza humana, de suas potencialidades e de suas mediocridades. Na idade em que estou acho que nada mais me surpreenderia, no entanto continuo sempre a me informar e a perscrutar todo o que está ao meu redor. Nisso muito colobora o fato de eu morar em São Paulo, que é a terceira maior cidade do mundo, onde muita coisa nova acontece todos os dias. Pois bem, voltando ao titulo do artigo de hoje, noto que poucas pessoas conseguem imaginar-se na situação do outro (ver artigo sobre empatia). Muitas imaginam soluções para os problemas alheios, muitas vezes de uma forma superficial e estereotipada. É mais ou menos assim: quem nunca ficou desempregado, acha que o desemprego não existe e que quem fica desempregado é por incompetência, já que deveria fazer outra coisa diferente até achar emprego. Quem nunca ficou doente acha que a doença do outro é frescura, coisa de gente fraca, que procura uma desculpa para não trabalhar. Quem nunca sentiu fome, acha que ninguém passa fome no mundo. Na realidade sabemos que quem bate esquece mas quem apanha não. Quem ofende também esquece, mas quem é ofendido pode guardar rancor para o resto da vida. Parece que a oração que o PAI nos ensinou é somente proferida da boca para fora: Perdoai-nos a quem ofendemos como perdoamos a quem nos ofendeu . . .
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
A Especialização do Trabalho
O trabalho na sociedade moderna é fundamentado na especialização do trabalho, pois essa condição permitiu o aumento da produtividade das indústrias e demais setores. Porém, uma consequência desagradável dessa especialização é a de termos pessoas que são ignorantes de qualquer coisa que não seja "sua especialidade". Assim temos médicos que podem tratar o dedão direito do pé do paciente e deixá-lo morrer de pneumonia, porque não eram especializados em doenças respiratórias. Outra consequência é a possibilidade de ser enganado, pois pode-se acreditar por exemplo em um "especialista em finanças", e este, percebendo o desconhecimento de sua vítima da matéria em questão, pode se aproveitar da ocasião, e, recomendar aplicações financeiras que sejam boas para ele, ou seja, que lhe paguem a maior comissão, em prejuizo do "cliente". Outra consequência negativa são as conversas: fica muito difícil ter assunto para conversar com quem só sabe um assunto, ou seja, sua "especialidade". Não vejo solução para essa situação, pois a sociedade se estruturou dessa maneira e generalistas não são bem vistos, pois são considerados "superficiais". Cada vez mais teremos gente sabendo muito de cada vez menos.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
A Força de Muitos no Reino Animal
Outro dia li que poucos animais são suficientemente grandes e fortes para sobreviver sozinhos sem a ajuda de outros da mesma espécie. Para a grande maioria dos animais, a associação com seus semelhantes é imperativa como forma de sobrevivência. Mesmo na espécie humana, o ostracismo, que era o afastamento de um indivíduo do grupo, por razões alheias a vontade deste, era o mesmo que uma sentença de morte. Vejo um pouco disso em familias que tem muitos filhos, não em todas, mas em algumas: São unidas quando os problemas surgem. O problema de um de seus membros é problema de todos. Interessante que em outras o "problema" é jogado de um lado para outro, todos se esquivando. Sempre teremos essas questões, basta ver um condomínio: cada um colabora com sua cota e todos podem usufruir de serviços que não poderiam pagar individualmente. Na outra ponta podemos ter parentes que são verdadeiros parasitas.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Idealizações e Fantasias na Adolescência e Juventude
A idade madura começa aos 40 e vai até os 60 anos de vida. Já a adolescência deve ir dos 12 ou 13 anos (puberdade) até os 18 anos e a juventude dos 18 aos 26 anos. Na minha época, em plena adolescência, ou seja, aos 15 anos, era necessário escolher um caminho com relação ao futuro profissional, pois o "colegial" já era dividido em exatas e biológicas (naquela tempo não existia a opção de humanas no Colégio Bandeirantes). Interessante notar que a decisão era tomada antes de se ter contato com física, química ou biologia. Hoje essa limitação foi parcialmente corrigida uma vez que os alunos escolhem sua "grande área" após o 1o ano do segundo grau, já tendo contato com essas matérias. Que maturidade tem um garoto de 15 anos para escolher sua profissão ? Sem nunca ter trabalhado ou mesmo visto o trabalho realizado por seu pai ? Hoje em dia, graças as informações disponíveis e aos contatos que os pais possuem essa maturidade pode ser melhor trabalhada. No meu tempo, muitas das minhas idéias eram inspiradas pelo que eu via no cinema e na televisão. Eram idealizações, fundamentadas muitas vezes em mitos como o do herói. Havia algo de verdade nos filmes, o que, no entanto, muitas vezes era distante da realidade brasileira. Hoje em dia podemos conhecer o presente e o passado com muita facilidade através da internet, de modo a podermos projetar o futuro de forma a errar menos. Existem teses de mestrado e doutorado ao alcance de um "click". Nossos filhos e filhas podem escolher sua profissão e sua companheira (o) com muito maior discernimento se assim o desejarem. Poderão assim enfrentar os desafios maiores que a vida lhes impõe com menor sofrimento, pelo menos em teoria.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Você é persistente ou teimoso ?
Costumo dizer que a diferença consiste na condição de quem faz a observação: caso seja seu amigo ele vai dizer que você é persistente, uma qualidade. Caso a pessoa seja seu desafeto vai dizer que que você é teimoso, um defeito. Dizem que você é persistente quando a causa é nobre e que você é teimoso quando não vale a pena. Digo mais: você pode começar uma situação sendo persistente e terminá-la como teimoso. Caso você tenha sucesso você foi persistente. No caso contrário, se seus esforços forem em vão, ou seja, se você fracassar, você terá sido teimoso. Percebe-se que a diferença é tênue. Aqui acho que entra um fator importante: idiossincrasias. São aquelas coisas que "pegam" para uma determindada pessoa. Elas farão a diferença em muitos casos: pessoas que ficam fazendo cursinho 5 anos para entrar em medicina. Outros que ficam namorando/noivando 10 anos com a mesma pessoa na esperança de se casarem. Gente que insiste em carreiras (como por exemplo na artística) sem ter o dom ou a habilidade necessária. Pessoas que levam casamentos falidos indefinidamente por conveniencia ou aparências. Pais que insistem em proteger filhos tranqueiras. Parece-me que essas situações tem por pano de fundo a vitória da emoção sobre a razão. São portanto irracionais na maioria das vezes. Talvez a persistência seja fruto da razão e a teimosia da emoção.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
As Crises e os Afetos
O que mais vivemos no Brasil foram crises. Nos ultimos anos, em virtude do crescimento do comercio mundial, em particular das compras de commodities brasileiras pela China, nos esquecemos um pouco das crises. As crises são como provações: colocam a prova relacionamentos afetivos e causam outros problemas emocionais. Teoricamente devemos nos proteger das ameaças nos nossos afetos. Aqui cabe uma ressalva: Nem todos os casais tem um relacionamento afetuoso. Escrevi sobre isso outras vezes. Nem todos nossos conhecidos são amigos. Muitos são apenas colegas (até ouvi um novo nome para colegas: "amigos profissionais"). Eu sou a favor da manutenção dos afetos. Por isso cuido bem dos meus e de vez em quando procuro revitalizar algum dos antigos. Muitas vezes não sou correspondido mas isso não importa. Aqueles que possuo são suficientes para manter-me feliz.
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